O pessoal vê o Vasco Sousa a jogar mas ainda não percebeu minimamente as suas características.
O Vasco é um jogador que dá muita dinâmica, protege bem a bola, protege a equipa nas transições defensivas ou seja é um jogador indicado sobretudo para jogos em que o adversário é forte para assim equilibrar mais o meio campo.
Dito isto gostava de perceber que sentido faz o Porto jogar com 3 jogadores no meio campo contra o último classificado.
O problema ontem não foi a ausência do Vasco, o problema foi a falta de eficácia. A não ser que o Vasco tenha de jogar sempre por decreto por ser da formação.
Ontem quem poderia ter ajudado seria sobretudo o Fábio com a qualidade do último passe e até a qualidade com que finaliza. Esse sim fez falta ontem.
Concordo, e ao mesmo tempo não concordo.
Porque nos jogos em que estás a "carregar" em cima do adversário, em que projetas os dois laterais ao mesmo tempo e sobrecarregas os espaços entre-linhas com vários jogadores, precisas de ter alguém que seja capaz de recuperar bolas alto. E para isso tens o Vasco, e o Eustáquio.
E, até acho, que nos jogos em casa como agora contra o Farense, o melhor LE que temos é o Galeno. Porque passa 90% do tempo a atacar, especialmente se tiveres uma carraça pronta a saltar e a recuperar bolas.
Depois, o facto de se jogar com um Pepê que é muito bom em condução de bola e em quebrar linhas mas que acabam em jogadas estéreis ou perdas de bola que originam contra-ataques, não ajuda. Por isso é que acho que ali atrás do avançado e nas alas é que está a chave. Se o Nico e o Galeno me parecem bastante óbvios (a menos que "desça" no terreno para "lateral"), na ala direita é que está mais difícil.
Temos o Pepê que, como disse, é muito forte em condução e quebrar linhas, mas um infantil a decidir o que depois fazer, e temos o Iván Jaime e o Fábio, que são jogadores com características similares mas em níveis diferentes (pelo menos a acreditar que o Fábio mantém o nível que apresentou cá)