Ao fim destes meses de trabalho de VB com a equipa "falta" tudo isto que referes.
Por isso o mais logico, o mais racional seria trocar de imediato o treinador.
Se até aqui não conseguiu evoluir o sistema de jogo, corrigindo deficiências bem aproveitadas pelos adversários vai corrigir quando?
Quando se ira notar a necessária evolução e crescimento da equipa?
Mais reforços? são necessários mas a base está lá toda, nas mãos de VB que até ao momento demonstrou, em momentos chave, não estar preparado para tal.
Não querendo repisar o assunto, já bem basta os "comentadeiros desportivos diários", mas a exibição de domingo foi demasiada má, horrivel, para se dar mais algum credito a VB.
A continuidade de VB à frente da equipa do FCPorto será tempo perdido, tempo esse que o FCPorto não se devia permitir porque será crucial para a sua reorganização.
Faco força para que o nosso Presidente saia da reflexão desde domingo e ponha em marcha a mudança que desejamos ao nivel do técnico principal.
Para tal é fundamental encontrar o Tecnico indicado e disponivel para assumir a liderança do NGC.
O Presidente, como antigo treinador, compreende certamente a necessidade de mudanças táticas e estratégicas, provavelmente até mais do que qualquer um de nós. Ele conhece bem o peso de manter a estabilidade num clube como o nosso, e é compreensível que tenha optado por dar um voto de confiança ao treinador – especialmente sendo o primeiro treinador efetivo da "era pós-PdC", com a carga emocional e institucional que isso acarreta. No entanto, há riscos evidentes nesta decisão de manter a equipa técnica, e um deles pode custar-nos a Taça de Portugal se não conseguirmos vencer o Moreirense.
Estamos num momento em que a nossa margem de erro se esgotou, e a responsabilidade pela continuidade deste treinador começa a pesar mais. É um voto de confiança que se compreende, mas que traz riscos: falhar no jogo da Taça deixaria a equipa, e o clube, numa posição muito mais frágil. É possível que ainda tenhamos mais dificuldades no jogo da Bélgica do que frente ao Moreirense, especialmente pela intensidade física e pelo ritmo de jogo que essas competições internacionais exigem – mas a nossa realidade está em constante pressão. Precisamos de resultados imediatos para não aumentar a contestação e a descrença em torno do treinador.
Olhando para o cenário de uma possível mudança, é verdade que despedir o VB neste momento, sem ter uma alternativa viável e pronta para assumir a equipa de imediato, também não acrescentaria muito ao que temos agora. Esse tempo que o Presidente e a direção estão a dar ao treinador pode permitir uma análise mais ponderada e um trabalho de bastidores para encontrar uma solução sólida para o futuro. Talvez até, com esta pressão sobre ele, o VB consiga encontrar soluções, reagir e melhorar o desempenho da equipa – ainda que seja muito difícil de acreditar, o futebol já nos mostrou que reviravoltas são possíveis, e por vezes acontecem quando menos se espera.
Na minha perspectiva (e desejo), a curto prazo o cenário parece este: vamos provavelmente conseguir vencer o Moreirense e arrancar um empate sofrido na Bélgica.
Serão dois jogos de grande tensão para a equipa e para o treinador - que não parecesse dar-se bem com a pressão. A nível interno, com a qualidade individual e com a experiência que temos dos jogos que fomos realizando, acredito que vamos conseguir ir vencendo os jogos seguintes no campeonato, ainda que talvez sem grandes exibições. Teremos também um jogo contra os dinamarqueses em casa, uma equipa acessível, mas que pode criar problemas e se não vencermos colocamos em causa a passagem à próxima fase da Liga Europa.
A questão, é que, mesmo vencendo todos os próximos jogos mesmo não perdendo na Bélgica, dependendo da forma dos nossos rivais e da transição de treinador nos Largatos, é bem possível que, quando nos encontrarmos com eles para a Taça da Liga, voltemos a estar nesta mesma conversa.
O que me preocupa é que, ao deixar o problema arrastar-se, podemos ficar numa posição ainda mais complicada se escorregarmos num dos próximos 2 jogos. Continuar assim, em modo de sobrevivência é sempre complicado para o treinador e para o plantel.