Fui membro dos Super Dragões por um bom número de anos, há muitos também que não ponho os pés na Curva.
O que é ser ultra?
Um adepto apaixonado, mais do que, disposto a esforços, sacrifícios extra pelo seu amor.
Disposto a fazer festa, cantar, saltar, gritar, percorrer país e países, zerar a conta se necessário. Por um amor.
Empurrar para a vitória, estar ao lado do clube. Dos interesses do clube. Sempre.
Todos os que lá estavam, bem presentes, sabem que alterações se verificaram nos Super.
Como Macaco chegou ao poder e como se tornou líder absoluto.
As coisas pioraram com ele, mas o conceito comercial já tinha arrancado, tal como práticas proibitivas com a direcção do clube.
O FC Porto actual, que só hoje muitos começam a ver com a dura realidade e muitos o catalogam como à beira do precipício, começou o seu caminho auto-destrutivo há muito tempo.
Ainda as Antas eram o nosso santuário.
Depois veio o fenómeno Mourinho , o apogeu Mendes que se catapultou connosco em estreita colaboração, etc etc.
Mas as bases da auto-destruição já estavam lançadas.
Esses fenómenos só permitiram camuflar e trazer-nos até um hoje, que não se saberá quando terá fim, que fim.
Os Super sempre foram uma força poderosa, éramos nós quem estava sempre presente, à chuva e ao sol. Longe ou perto. E em tempos em que não se ganhava.
MAs estávamos todos juntos.
HAvia um sentimento geral que estávamos todos a dar o máximo pelo mesmo objectivo.
Na bancada, no campo, nos gabinetes.
Havia mentalidade, paixão, devoção.
Tudo se perdeu, os gabinetes mostraram-se pútridos, o líder da bancada tornou-se totalmente súbdito.
Calou-se e manipulou-se a critica.
Perdeu-se a magia, a devoção pura, a mentalidade.
Aguentei-me uns tempos, mais do que imaginei, mas não muito mais.
Não conseguia fazer parte daquilo.
O amor ao clube é eterno, inquestionável.
Mas não faço parte do triste mundo em que se tornaram os Super.
Uma fraude e uma traição a um grupo que foi criado e mantido por muitos com real mentalidade.
Tal como às pessoas que tÊm atraiçoado o clube.
Amamos o clube, não as pessoas, temos de defender os interesses do clube.
Não de pessoas que se servem dele.
É um mistério como o líder, este líder, permanece sem ir para Custóias ou Paços de Ferreira nas últimas duas décadas.
Agora pavoneia-se mais do que nunca, parece uma pop.star, como se estivessemos numa colombia dos 90´s.
Portugal tem pouco de primeiro mundo.
Infelizmente.
Há pouco de bom a esperar dos Super no futuro do clube.