Os últimos seis anos de presidência PC são, em termos futebolísticos, uma autêntica aberração, comparados com os anteriores 31 anos.
Estes últimos 6 anos, como os 3 anos de Fernando Santos, os 4 anos de Jesualdo Ferreira, o regresso de Ivic e o facto de não ter ido buscar Jorge Jesus ao Braga, quando renovou com Jesualdo - o Benfica nunca se teria reerguido e seria hoje uma sombra de si mesmo: teria sido ultrapassado pelo FC Porto a nível nacional - comprovam que PC pouco entende o futebol jogado e dependeu sempre das escolhas dos directores de futebol e dos treinadores.
Para um Presidente, que ter Marega é a mesma coisa que ter Gomes, Oliveira, Seninho, Costa, Domingos, Kostadinov, Madjer, Artur, Falcão, Derlei, Lisandro, Futre, Jardel, Edmilson, Drulovic, Varela, Hulk, Quaresma, McCarthy, Folha, Jorge Couto, Sérgio Conceição, etc
e que ter Herrera é mais do que ter Custódio Pinto, Pavão, Rodolfo, Otávio Machado, Frasco, André, Jaime Magalhães, Sousa, Rui Filipe, Semedo, Emerson, Anderson, Fernando, Doriva, Paulinho Santos, Deco, Maniche, Alenichev, Moutinho, Belluschi, Zahovic, James Rodriguez, Costinha, Guarin, Timofty, etc. etc
, é óbvio que estes últimos seis anos nunca poderiam ser diferentes.
Seis anos de uma mediocridade sem paralelo na anterior história do FCP e completamente distorcidos da realidade e da matriz futebolística herdada de Pedroto que se manteve, apesar de alguns sismos, até ao último ano de Vítor Pereira.
Não se esqueçam: são seis anos.
Seis anos de catástrofe, que têm um rosto e um ponto em comum: Herrera.
Quem vê e não ouve ou não lê futebol, percebe muito bem que Herrera é um médio medíocre, que erra opções e passes que não se erram nos regionais e que com as suas desmarcações anárquicas, gera desequilíbrios e buracos no meio campo insanáveis, mesmo contra equipas mais fracas. Essas desmarcações anárquicas, numa perspectiva de que todas as opções atacantes têm Marega como objectivo único, então, são mesmo fatais, porque Marega em 20 bolas que receba entrega 18 ao adversário. É impensável tabelar com Marega e tentar ir receber mais à frente. É o descalabro que, até hoje, Sérgio Conceição nunca entendeu. Todos são substituídos - este ou aquele porque há que gerir o esforço mas nunca Marega, nunca Herrera, como se ambos fossem o destino que marca a hora. Até o são, pois neste últimos seis anos a mediocridade colectiva tem sido uma constante e, a mediocridade de ambos, é marca sem paralelo nas históricas épocas de domínio dragoniano.
Abram os olhos e nunca esqueçam Liverpool, Benfica, Besiktas, Rio Ave, Vitória Guimarães, Moreirense e
muitos mais.
Curioso que Sérgio Conceição até conseguiu que a equipa jogasse aquele futebol colectivo, com domínio completo do meio campo e um futebol atacante de excelente envolvimento, bem marcado no ADN portista: sempre com um factor comum
sempre que, sem Marega e sem Herrera.
Desde Pedroto, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Robson, Oliveira, Mourinho, André Villas Boas e até Vitor Pereira, todos sabiam que só com o futebol apoiado e de posse de bola, as equipas portuguesas poderiam discutir o resultado com as equipas inglesas e alemãs. Sérgio Conceição, decidiu jogar com o Liverpool, com linhas recuadas, meio campo anárquico e biqueirada para frente, com imensa fé no intragável Marega tenho a certeza de que Usain Bolt é muito mais rápido e melhor jogador do que Marega, para além de uma visibilidade incrível a nível mundial. Porque Sérgio Conceição nunca quis Usain Bolt? e os resultados já se sabe quais foram e qual foi, também, o resultado com Benfica no Dragão, em jogo de capital importância para a conquista do título.
Não me venham com o XauPenta, porque o ano passado não foi diferente deste ano. O XauPenta só foi possível por milagre, porque pela competência de Sérgio Conceição ele nunca teria existido e o Benfica iria comemorar, este ano, o recorde dos recordes
o hexa.
Sérgio Conceição nunca será o leader da nossa revolução, na reconquista do nosso ADN futebolístico.
Sérgio Conceição que, com António Oliveira, deu 5 limpos em pleno estádio da Luz, não sabe e nunca soube como tal foi possível. Não aprendeu nada. Eu tenho uma certeza: com Marega e Herrera, esse resultado seria eternamente impossível.
E os nossos putos? E os nossos outros putos, que por haver Maregas e Herreras se foram e nos deixaram (incluindo João Félix)? Acham que são piores do que as estrelas que hoje brilham no Ajax? O que seria de todos esses nossos putos, o que seria do nosso FC Porto se o nosso treinador, destes últimos seis anos, se chamasse Erik ten Hag?
Com todos esses nossos putos, eu reafirmo que já disse há 2 anos. Eu escolheria para treinador o Xavi (ex-Barcelona), independente do seu currículo. Porquê? Porque penso que Xavi, como jogador, era muito inteligente e que, por isso, não teria dificuldade alguma para impor no FC Porto o ADN do barça de Guardiola (não muito diferente do nosso ADN, que parece esquecido de todos, mesmo daqueles que tinham obrigação de nunca dele se esquecerem).
A questão é que muitos desses putos alguns muito brilhantes já se foram e não foi por culpa minha.
Não haja dúvidas: ou a REVOLUÇÃO ou a mediocridade, aqui e ali remendada e sempre ao sabor dos acontecimentos.
Que saudades eu tenho de ti, senhor José Maria PEDROTO!!!