No fundo, creio que o Sérgio já saberia que não teria assim tanto mercado. Não a este ponto mas não teria assim tanto.
Daí a história da "traição". O "adjunto" roubou-lhe o lugar e ele ficou mal na fotografia porque agora não arranja para onde ir. Milan, Inter, Lazio, Marselha... Todos de vela.
E tudo porquê? Porque quis apoiar o PdC, alguém mais que caducado para o futebol enquanto se poderia ter colocado no seu lugar, conversava com AVB, alinhavam discursos e o Porto sairía a ganhar, tal como os dois. O AVB teria um treinador adorado pelos adeptos e alguém de garantia de competitividade e o Conceição poderia, ao final de 7 anos, apenas treinar.
Fez mal as contas.
SC queria continuar no FCP, só que queria continuar com o estatuto que tinha com PC, ou seja quem manda sou eu. Ser ele a dicidir, ser ele a marcar posição.
Só que AVB fez-lhe lembrar quem era o presidente, e que em qualquer clube saudável, quem manda, é normalmente o presidente.
SC vinha habituado a fazer o que queria pois tinhas as costas quentes do presidente.
Afrontava tudo e todos.
Era o maior, escudado em alguns titulos que foi ganhando (com mérito, sem dúvida), mas essencialmente na incapacidade que a direção anterior tinha em construir o que quer que fosse como alternativa vencedora.
Em mais lado nenhum, algum treinador, fazia o que fez SC, para que houvesse a tal reunião.
Em qualquer clube saudável, se um presidente pretendesse fazer uma reunião com o treinador, mesmo que este estivesse a dar um treino, os adjuntos iriam-no substituir e o treinador iria rápidamente à reunião com o presidente.
Alguém imagina um lider de qualquer grande empresa estar à espera que um subalterno tivesse agenda para marcar uma reunião?
Só mesmo no nosso FCP e no estado em que o deixaram.