Eu estive a ver o abstract dos 3 e em nenhum vi essa prevalência relativa. Mas não li os artigos completos.
E esses estudos são sobre atletas de alta competição? É que única coisa que li sobre maior prevalência nos mais jovens foi em pessoas normais e a justificação era essa - maior atividade física (o que é perfeitamente lógico quando em comparação com pessas de 40/50 anos...).
Tens um feito com atletas das Primeiras Ligas Femininas e Masculinas da Suécia, outro de atletas das principais Ligas do Futebol Europeu seguidos durante vários anos e a revisão sistemática.
A lógica é a mesma, há mais variáveis para além da envelhecimento dos tendões que em atletas de 35 anos deve ser praticamente insignificante em comparação com atletas de 20/25 anos. Estamos a falar de atletas que treinam diariamente e fazem trabalho de fortalecimento muscular, flexibilidade, mobilidade, etc. O pico de atividade da maioria dos atletas é ali entre os 20-27/28 anos, altura em que também há um maior foco no desenvolvimento de capacidades como a força, potência muscular, flexibilidade numa altura em que o sistema musculoesquelético está perto de atingir o máximo de desenvolvimento. Mas como disse anteriormente o máximo que se pode fazer é estabelecer associações, isto são apenas suposições de quem investiga.
Se a única variável fosse a idade e o consequente envelhecimento, obviamente a probabilidade de lesão seria maior em indivíduos mais velhos, mas não é a única variável.
É muito mais provável que um futebolista com 25 anos tenha uma rotura do ligamento anterior cruzado do que um indivíduo de 50 anos saudável.
Neste momento, como já disse atrás, fala-se numa epidemia de rotura do ACL no futebol feminino porque a frequência de lesão é muito maior do que no futebol masculino e em atletas muito mais jovens que no futebol masculino. Porquê, ainda não se sabe.