Desconheço a fonte da foto.
Mas está genial
Mas está genial
Sérgio Conceição - Ex Treinador
- Iniciador de Tópicos administrador
- Data de início
Performance da Época
16-17 era nosso, não duvido.RGalego disse:
A obra completa de Conceição
Há três anos, numa entrevista de Pinto da Costa ao El País, uma agora célebre frase ficou marcada. «Quando se tem Hulk, Falcao ou James, é-me indiferente quem é o treinador. Com eles é difícil não ganhar». Uma declaração na altura infeliz, por desvalorizar aquilo que foi o trabalho dos últimos treinadores campeões pelo FC Porto (AVB e Vítor Pereira), mas que agora pode ser parafraseada face àquele que é o desfecho da época 2017-18.
Com Sérgio Conceição como treinador, foi o contrário: foi indiferente o plantel que lhe calhou em mãos. Não tinha um Hulk, não tinha um James, não tinha um Falcao. Herdou um grupo de jogadores sem cultura de campeão, a lista de dispensas da época passada, não teve um único reforço na pré-época e nem sequer pôde ter o requisito básico de ter dois jogadores por posição. Sérgio Conceição pegou em tudo isto... e fez uma equipa. Uma equipa que acaba de conquistar um dos títulos mais marcantes da história do FC Porto. Não por marcar o fim de um jejum ao qual as últimas gerações não estão habituadas, mas pelas circunstâncias que rodearam o futebol português nos últimos anos.
O que acontece nas últimas jornadas tem sempre o poder de mudar a perspetiva sobre como os adeptos olham para o resto da época, mas insiste-se no que foi dito no início da época: esta não foi uma época preparada para ganhar o Campeonato. Não foi. A administração do FC Porto foi a única a ser alvo de uma punição por parte da UEFA por ter violado o fair-play financeiro em 2016-17. Logo, a prioridade ficou clara, embora nunca assumida pela administração: não havia margem para investir, havia que capitalizar os recursos já existentes e a prioridade seria cumprir com as metas da UEFA para evitar males maiores.
E Sérgio Conceição escolheu encarar isso como o maior desafio. Não chegou ao FC Porto trazendo com ele uma ideia de jogo particularmente sedutora nos clubes por onde passou. Cumpriu objetivos por onde andou, mas sem nunca mostrar um futebol condizente com quem tem que assumir jogos e que não pode jogar para o pontinho. Mas tudo isso ficou à porta do Olival.
O treinador olhou para o plantel a aplicou-lhe o conceito de jogo possível. Temos bons laterais? Então vamos aproveitar a sua profundidade e projeção ofensiva. Brahimi é o que mais se aproxima de um match-winner no plantel? Tudo bem, vamos metê-lo a tirar um, dois, três do caminho e a tentar o último passe. Herrera não se adapta a jogar em posse? Não faz mal, vai ser box-to-box. Corona, Hernâni ou Otávio são demasiado intermitentes para garantir um 4x3x3? Sem problema, temos avançados fortes e velozes, vamos metê-los a cair em cima da linha defensiva adversária, a massacrar os defesas e a jogar em profundidade.
Sérgio Conceição não fez ometeles sem ovos. Fez bolos, fez o banquete inteiro. Cometeu erros? Certamente, mas teve a sensibilidade e inteligência de saber quando ou como os podia ou devia corrigir. Iker voltou à baliza; Felipe saiu do 11 quando tinha que sair e voltou quando estava bem para regressar; mudou o meio-campo e a forma de jogar em vez de tentar descobrir um novo Danilo - que não havia - no plantel; pegou em Marega, que pouco mais oferecia do que força e velocidade, e fez com que não precisasse de mais do que força e velocidade para ser o melhor marcador portista na Liga; Soares, que podia ter ido para a China em ruptura com o treinador, foi transformado no melhor «reforço» de inverno. E podíamos continuar a enumerar exemplos que só reforçam um treinador que, perante uma enxurrada de problemas, respondeu sempre com soluções.
É um título de Sérgio Conceição, do grupo liderado por Sérgio Conceição e de constantes provas de superação. Cumpriu os objetivos na Liga dos Campeões, ficou às portas das finais da Taça de Portugal e Taça da Liga devido às grandes penalidades e garantiu matematicamente a conquista do título de campeão nacional quando ainda faltavam disputar dois jogos. E agora está a uma vitória de bater o recorde de pontos do FC Porto numa Liga a 34 jornadas. Sem exigências, sem queixas, sem desculpas, mas com muito trabalho.
Haverá muito mais a discutir sobre a construção do plantel e sobre o trabalho de Sérgio Conceição no final da temporada, mas para já é tempo de celebrar o feito deste grande grupo de trabalho, responsável pela alegria de milhões de portistas nas últimas horas. Nem padres, nem missas, nem afins: 2017-18 será sempre a época do FC Porto de Conceição.
By Tribunal do Dragão
Há três anos, numa entrevista de Pinto da Costa ao El País, uma agora célebre frase ficou marcada. «Quando se tem Hulk, Falcao ou James, é-me indiferente quem é o treinador. Com eles é difícil não ganhar». Uma declaração na altura infeliz, por desvalorizar aquilo que foi o trabalho dos últimos treinadores campeões pelo FC Porto (AVB e Vítor Pereira), mas que agora pode ser parafraseada face àquele que é o desfecho da época 2017-18.
Com Sérgio Conceição como treinador, foi o contrário: foi indiferente o plantel que lhe calhou em mãos. Não tinha um Hulk, não tinha um James, não tinha um Falcao. Herdou um grupo de jogadores sem cultura de campeão, a lista de dispensas da época passada, não teve um único reforço na pré-época e nem sequer pôde ter o requisito básico de ter dois jogadores por posição. Sérgio Conceição pegou em tudo isto... e fez uma equipa. Uma equipa que acaba de conquistar um dos títulos mais marcantes da história do FC Porto. Não por marcar o fim de um jejum ao qual as últimas gerações não estão habituadas, mas pelas circunstâncias que rodearam o futebol português nos últimos anos.
O que acontece nas últimas jornadas tem sempre o poder de mudar a perspetiva sobre como os adeptos olham para o resto da época, mas insiste-se no que foi dito no início da época: esta não foi uma época preparada para ganhar o Campeonato. Não foi. A administração do FC Porto foi a única a ser alvo de uma punição por parte da UEFA por ter violado o fair-play financeiro em 2016-17. Logo, a prioridade ficou clara, embora nunca assumida pela administração: não havia margem para investir, havia que capitalizar os recursos já existentes e a prioridade seria cumprir com as metas da UEFA para evitar males maiores.
E Sérgio Conceição escolheu encarar isso como o maior desafio. Não chegou ao FC Porto trazendo com ele uma ideia de jogo particularmente sedutora nos clubes por onde passou. Cumpriu objetivos por onde andou, mas sem nunca mostrar um futebol condizente com quem tem que assumir jogos e que não pode jogar para o pontinho. Mas tudo isso ficou à porta do Olival.
O treinador olhou para o plantel a aplicou-lhe o conceito de jogo possível. Temos bons laterais? Então vamos aproveitar a sua profundidade e projeção ofensiva. Brahimi é o que mais se aproxima de um match-winner no plantel? Tudo bem, vamos metê-lo a tirar um, dois, três do caminho e a tentar o último passe. Herrera não se adapta a jogar em posse? Não faz mal, vai ser box-to-box. Corona, Hernâni ou Otávio são demasiado intermitentes para garantir um 4x3x3? Sem problema, temos avançados fortes e velozes, vamos metê-los a cair em cima da linha defensiva adversária, a massacrar os defesas e a jogar em profundidade.
Sérgio Conceição não fez ometeles sem ovos. Fez bolos, fez o banquete inteiro. Cometeu erros? Certamente, mas teve a sensibilidade e inteligência de saber quando ou como os podia ou devia corrigir. Iker voltou à baliza; Felipe saiu do 11 quando tinha que sair e voltou quando estava bem para regressar; mudou o meio-campo e a forma de jogar em vez de tentar descobrir um novo Danilo - que não havia - no plantel; pegou em Marega, que pouco mais oferecia do que força e velocidade, e fez com que não precisasse de mais do que força e velocidade para ser o melhor marcador portista na Liga; Soares, que podia ter ido para a China em ruptura com o treinador, foi transformado no melhor «reforço» de inverno. E podíamos continuar a enumerar exemplos que só reforçam um treinador que, perante uma enxurrada de problemas, respondeu sempre com soluções.
É um título de Sérgio Conceição, do grupo liderado por Sérgio Conceição e de constantes provas de superação. Cumpriu os objetivos na Liga dos Campeões, ficou às portas das finais da Taça de Portugal e Taça da Liga devido às grandes penalidades e garantiu matematicamente a conquista do título de campeão nacional quando ainda faltavam disputar dois jogos. E agora está a uma vitória de bater o recorde de pontos do FC Porto numa Liga a 34 jornadas. Sem exigências, sem queixas, sem desculpas, mas com muito trabalho.
Haverá muito mais a discutir sobre a construção do plantel e sobre o trabalho de Sérgio Conceição no final da temporada, mas para já é tempo de celebrar o feito deste grande grupo de trabalho, responsável pela alegria de milhões de portistas nas últimas horas. Nem padres, nem missas, nem afins: 2017-18 será sempre a época do FC Porto de Conceição.
By Tribunal do Dragão
https://twitter.com/MoissConceicao/status/993624464423256064
Muito bom...cgmmagalhaes disse:
Petit: mais um que nao é mais convidado para o camarote da Luz!
Petit celebra com ConceiçãoFernando Resende disse:
Se isto chega aos lampiões não se calam...
N
nelsonfnq
Guest
Na tua análise técnica só viste um futebol mais "pimba"??? Vai-se lá saber o que é isso de pimba. E o que é que tem a ver o carácter do SC com a parte técnica do futebol dele?kal-el disse:
Claro que vai chegarBlue disse:
Nao me parece que o Petit seja portista (nem nada que se pareca), mas como amigo do SC está a celebrar o feito do amigo. Nada de anormal...
Percebo o que dizes, mas julgo que este ano a única coisa que era imprescindível era ganhar. E face às limitações que teve na construção do plantel diria que fez um enorme trabalho. Agora espero para 18/19 uma época ainda melhor e tenho a certeza que veremos uma evolução qualitativa ao já excelente trabalho feito.
kal-el disse:
nunca o sabemos mas talvez nao.RGalego disse:
uma coisa é pegares numa equipa no inicio da epoca , trabalhas uma ideias de jogo , trabalhas a componente fisica , moldas o plantel à tua imagem.
chegar a meio da epoca requer tempo para moldares esse modelo de jogo , porque uma semana depois do tecnico assumir o plantel já têm um jogo para disputar.
os meritos de SC
1 ) Aumento da capacidade ofensiva da equipa em bolas paradas
Os jogos nao se decidem apenas em lances de bola corrida , muitos jogos sao decididos em bola parada e este ano o Porto aproveitou isso muito bem ... a linha defensiva da equipa ( reyes , maxi , marcano , felipe , telles e ricardo ) marcaram 14 golos !!
2 ) Todos os jogadores contam
A grande diferença para 95% dos restantes planteís !
De que vale ter 25 / 30 jogadores se depois jogam sempre os mesmo 11 ?
SC foi diferente ... fez pequenas rotações no plantel , deu chance e todos e a correspondencia foi enorme.
Soares , Otavio , Sergio Oliveira ou Herrera nao foram opçoes iniciais ( por diversos motivos ) numa fase inicial da epoca mas a partir do momento que foram chamados ao 11 corresponderam e de que maneira !
Outros jogadores como Maxi , Reyes ou Oliver que nao fizeram parte do nucleo do "onze indiscutivel" demonstraram sempre enorme entrega para com o clube.
Isto nao é obra do acaso ... obra de um treinador com uma capacidade motivacional e de uniao muito acima da media
3 ) Tirar o maximo de todos.
A frase que demonstra que qualquer jogador da bola tem o seu valor se for devidamente trabalhado.
Ver em campo herrera , moussa , aboubakar , marcano , brahimi ou sergio oliveira nos dias de hoje é muito diferente daquilo que os mesmos fizeram por cá nos ultimos 3 / 4 anos.
Parabens ao SC !
O obreiro disto tudo !
1 ) Aumento da capacidade ofensiva da equipa em bolas paradas
Os jogos nao se decidem apenas em lances de bola corrida , muitos jogos sao decididos em bola parada e este ano o Porto aproveitou isso muito bem ... a linha defensiva da equipa ( reyes , maxi , marcano , felipe , telles e ricardo ) marcaram 14 golos !!
2 ) Todos os jogadores contam
A grande diferença para 95% dos restantes planteís !
De que vale ter 25 / 30 jogadores se depois jogam sempre os mesmo 11 ?
SC foi diferente ... fez pequenas rotações no plantel , deu chance e todos e a correspondencia foi enorme.
Soares , Otavio , Sergio Oliveira ou Herrera nao foram opçoes iniciais ( por diversos motivos ) numa fase inicial da epoca mas a partir do momento que foram chamados ao 11 corresponderam e de que maneira !
Outros jogadores como Maxi , Reyes ou Oliver que nao fizeram parte do nucleo do "onze indiscutivel" demonstraram sempre enorme entrega para com o clube.
Isto nao é obra do acaso ... obra de um treinador com uma capacidade motivacional e de uniao muito acima da media
3 ) Tirar o maximo de todos.
A frase que demonstra que qualquer jogador da bola tem o seu valor se for devidamente trabalhado.
Ver em campo herrera , moussa , aboubakar , marcano , brahimi ou sergio oliveira nos dias de hoje é muito diferente daquilo que os mesmos fizeram por cá nos ultimos 3 / 4 anos.
Parabens ao SC !
O obreiro disto tudo !
Que grande trabalho.
Apesar de alguns erros tácticos, teimosias e uma ou outro frase menos feliz, foi sem dúvida o grande obreiro do título. Conseguiu fazer o inimaginavel, contra uma direcção que não lhe deu reforços, contra um polvo que tudo fez para ganhar o Penta, contra uma onda de lesões como nunca vi no clube, conseguiu o título e além disso recuperou meia dúzia de jogadores que não tinham qualquer tipo de futuro no clube.
Obrigado Sérgio por tudo, a ti se deve esta festa que tivemos Domingo.
Apesar de alguns erros tácticos, teimosias e uma ou outro frase menos feliz, foi sem dúvida o grande obreiro do título. Conseguiu fazer o inimaginavel, contra uma direcção que não lhe deu reforços, contra um polvo que tudo fez para ganhar o Penta, contra uma onda de lesões como nunca vi no clube, conseguiu o título e além disso recuperou meia dúzia de jogadores que não tinham qualquer tipo de futuro no clube.
Obrigado Sérgio por tudo, a ti se deve esta festa que tivemos Domingo.
Quando ouvi pela primeira vez que o Sérgio seria o nosso treinador fiquei um pouco apreensivo, mas a forma como ele largou tudo para abraçar este projeto e a primeira conferência de imprensa deixou-me com esperança, mas esta época deixou-me estupefacto.
Sei que vamos ter de vender mas o nosso treinador é absolutamente imprescindível, sendo que, merece que a estrutura lhe dê mais apoio e faça um maior investimento no plantel, pois este senhor tem o espirito certo para levar o Porto a fazer, novamente, grandes feitos!
Sei que vamos ter de vender mas o nosso treinador é absolutamente imprescindível, sendo que, merece que a estrutura lhe dê mais apoio e faça um maior investimento no plantel, pois este senhor tem o espirito certo para levar o Porto a fazer, novamente, grandes feitos!
o Sergio evoluiu bastante no Nantes... tornou-se mais "diplomata", mais maduroryback disse:
mesmo !devil may cry disse:
deixou aquele "espirito rebelde" que facilmente explodia e isso ate podia ter prejudicado o porto
no entanto esteve sempre calmo ... tranquilo e muito confiante
Apenas o início de um bonito legado. Espero. Que resista à tentação de outros campeonatos e outras folhas de vencimento. Para ficar uns muitos e bons anos.
Meus caros, por motivos familiares tenho estado afastado do forum. De qualquer forma, após esta semana épica, tenho de vir aqui dar os parabéns ao SC. Como disse aqui diversas vezes, se ele fosse campeão merecia uma estátua. Alguém tem o contacto do tipo que fez a estátua do CR7?
Agora fora de brincadeiras, o SC foi a estrela da equipa. Contudo, ainda tem de evoluir bastante. A equipa vacilou de forma quase fatal em dois jogos fora seguidos. As meias finais contra os lagartos também foram preocupados. Ficou a ideia que era um pé frio. A vitória na luz foi quase o ressuscitar do morto e mostrou que estávamos ali para ser campeões. Perdeu, assim, o karma de pé frio. Deste modo, com mais meios espero que o SC possa iniciar um novo período de sucesso no NGC. PARABÉNS, Ségio!
Agora fora de brincadeiras, o SC foi a estrela da equipa. Contudo, ainda tem de evoluir bastante. A equipa vacilou de forma quase fatal em dois jogos fora seguidos. As meias finais contra os lagartos também foram preocupados. Ficou a ideia que era um pé frio. A vitória na luz foi quase o ressuscitar do morto e mostrou que estávamos ali para ser campeões. Perdeu, assim, o karma de pé frio. Deste modo, com mais meios espero que o SC possa iniciar um novo período de sucesso no NGC. PARABÉNS, Ségio!
https://twitter.com/FCPortoVE1/status/993814273129410565