Ainda não disseram as percentagens de in ou out. Eu começo.
Sérgio 85% in 15%out.
Sérgio 65% in e 35% out, representando isto a preferência pessoal.
Quanto ao que perspectivo ou acredito... 50% in, 50% out. Se tivesse de arriscar, diria que sai.
Há vários argumentos a favor da saída e nem todos relacionados com deméritos próprios. O próprio contexto é delicado, para não escrever adverso.
Contras mais óbvios:
A qualidade do futebol jogado e ausência de uma melhoria contínua, uma evolução clara... é o que de mais preocupa. O Porto de Conceição chegou a jogar bem, e com alguma consistência!... em tempos idos.
O treinador é excessivamente conservador e revela teimosia. Nem sempre é mau. Nem sempre é bom. Isto manifesta-se, entre outras coisas, numa gestão de recursos questionável.
O momento é péssimo. Nada se venceu se muito relevante e não é qualquer treinador que resiste a uma época assim. A margem de manobra reduz-se, naturalmente. E o tempo de permanência... 5 épocas ao comando da equipa? Seria uma anormalidade. As quatro já são incomuns.
Argumentos a favor, ainda que pouco apreciados:
A equipa é muito competitiva, ganhando ou não. Dois campeonatos, dois segundos lugares dando luta até às últimas. Um par de taças conquistadas e várias finais e semifinais. Duas participações nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. O Porto de Conceição habilita-se a vencer. É pouco?... é alguma coisa e tem o seu valor.
O balanço é positivo quanto ao principal objectivo do clube. Dois campeonatos em quatro possíveis, numa liga com 3 candidatos (dois e meio, vá). Positivo. Quebrou ciclo de quatro anos sem vencer.
Vê-se em campo um empenho digno da mística portista. Isso aprecio, mesmo quando se joga mal e porcamente. Recuperou-se alguma coisa de intangível com este treinador.
Não estando relacionado com o treinador: pouquíssima confiança na direcção quanto à escolha do próximo técnico.
O que não é assim tão relevante:
A forma como Conceição obtém os seus sucessos. Pouco me importa que jogue Marega e Manafá ou Fábio Silva e Tomás Esteves, desde que os objectivos sejam cumpridos. Que se jogue com dois avançados, três trincos, cinco líberos, quatro guarda-redes... é-me igual ao litro. A forma de jogar tem de ser eficaz, acima de tudo. A direcção que se preocupe com a sustentabilidade financeira do clube e implemente o seu plano desportivo. Conceição não tem de zelar pela saúde financeira do clube ou a valorização dos seus activos, tem de treinar.
Contratações falhadas. Acontece com todos os treinador, a uns mais, a outros menos. Chegaram jogadores que renderam, chegaram jogadores que floparam à grande. A estrutura tem de assumir responsabilidades neste capítulo.
Questão para quem tem menor simpatia pelo trabalho de SC e ambições maiores:
Deve o clube despedir o seu treinador sempre que não termine a temporada em primeiro lugar? Ou numa época em que nada conquiste?... Sei que para alguns adeptos o trabalho de SC é insuficiente e devemos procurar melhor. ... não digo que não. Mas um cenário em que venhamos a sentir falta de Conceição não é assim tão irrealista. Das conquistas, sobretudo, não tanto do futebol.
Egal?
Oh valha-me... pelo menos ainda ninguém se lembrou de Paulo Bento.