Privado de jogadores fulcrais na execução do plano de jogo, como Marega, Soares e Herrera, três das mais recentes baixas, o momento poderia ser propício à implementação de um plano B, uma qualquer adaptação táctica e de abordagem, sendo evidente que André André não possui as características de Herrera, tão pouco Waris as de Marega ou Soares. Contando com Paulinho, Otávio, Óliver, Paciência
certamente havia elementos suficientes para aplicar uma estratégia alternativa, baseada nas capacidades desses jogadores. Entre essa hipótese e a substituição directa dos indisponíveis por André André inferior a atletas que foram preteridos e Waris
Fica a sensação de que jogo não foi totalmente bem-preparado, considerando a atitude da equipa na primeira parte, em muito distinta da que possibilitou a vitória frente ao Estoril. O perigo era evidente: deslocação ao terreno de um aflito, noite de temporal, campo empapado, árbitro habilidoso,
entrar com intensidade máxima era uma obrigatoriedade, algo que não aconteceu. Responsabilidade repartida entre treinador e jogadores, incapazes de compreenderem as circunstâncias deste encontro ou de actuarem conforme a natureza do desafio.
A questão do marcador de grandes penalidades merece uma ou duas considerações. Trata-se de uma decisão pré-jogo, que deve ter aceitação e força inquestionável junto dos jogadores. Não é admissível que o jogador designado especificamente para esse fim se recuse a cumpri-lo. Ou é o marcador principal ou não é. Que raio de batedor de grandes penalidades treme sob pressão ao ponto de se furtar à responsabilidade?! SC terá de confrontar Oliveira e emendar a decisão, se lhe parecer necessário. Mas que não escolha Brahimi. Aliás, pecou ao permitir que o argelino batesse o penálti. Escolhia outro
E creio que a opção por Hernâni começa a ser indefensável. Antes Corona até ao fim, por muito mal que o mexicano esteja, pois dele ainda pode surgir alguma coisa
agora de Hernâni
muito pouco provável.
Conceição tem aqui muita matéria para analisar.