Já eu fui sempre um acerrimo defensor da sua vinda especialmente quando se falava em Pedro Martins(até batia o dente) mas esperei que evoluisse que quisesse jogar de forma diferente que assumisse mais riscos.
Isso nunca aconteceu.
Trouxe atitude competitiva e especialmente crença, foi prejudicado por ter executantes de menor qualidade e foi bafejado como declinio do adversario direto.
Quando dizes que é o melhor treinador disponivel para o FCP neste contexto convem especificar que contexto.
- Incapacidade financeira para trazer jogadores de calibre e ter que apresentar resultados com calibre inferior?Concerteza.
SC é perfeito para os Maregas, Soares, Manafás Loums e Otavios.
- Em dar condições para potenciar a formação?Não tem.SC não é um formador não tem perfil para dar margem de erro aos mais jovens(nem a jogadores com determinado perfil) como se tem visto.Dar minutos não significa formar.
- Arma contra o dominio dos bastidores do SLB?Perfeito a sua personalidade agressiva, truculenta e conflituosa é o ideal para o contraditorio na CS e ajudar o clube a desgastar o adversario.
- Capacidade de projecção internacional? Desadequado o seu discurso e a sua atitude não é de quem quer recuperar o elan de clube de craveira europeia.Sempre teve mais focado em questões domesticas.
O nosso clube está hoje numa encruzilhada de rumo a seguir entre a recuperação do prestigio internacional e a guerrilha domestica a boa maneira das historias de Asterix(qual resistencia gaulesa).
Sobre o Vitor Pereira compreendo o trauma.Eu fui dos que defendi a saida do mesmo.Não por o achar incompetente mas porque a esmagadora maioria dos adeptos não o queria cá.
E tu não deves ficar num lugar onde não és desejado.
E ele foi sempre mais inocente que culpado
Quando falo do contexto, refiro-me ao
EOS (environment, organization, strategy).
Neste
ambiente "lampiónico" é necessário que alguém com responsabilidade na estrutura vá além do dever, e que esteja disponível para "sujar as mãos", sem estar demasiado preocupado com a carreira futura. O ambiente do futebol português está irrespirável. A narrativa da hegemonia dos lampiões não é hoje uma realidade porque houve uma aldeia de gauleses irredutíveis, que se recusou - muito por culta do seu general mal disposto - a vergar-se à ditadura do destino. Há 3 anos não era suposto que uma equipa de remendos, treinada por um técnico complicado e sem provas, fosse campeã. Esse ambiente mantém-se. Basta ver como está a ser lavada a personagem antes desprezada, e agora retornada em toda a sua glória e esplendor. Basta ler que não foi o NGC que ganhou (com melhor ataque, melhor defesa, mais vitórias, menos derrotas e score 4-0!! aos rivais), mas sim os encornados que perderam.
A
organização (interna) que se espera esteja a ser melhorada neste momento, mas que vem demonstrando claros sinais de decadência. E que jeito deram FJM e SC (+ Rui Pinto, Pedro Faria, Pedro Bragança e pouco mais) a esta organização (!), que com os seus "defeitos" esconderam os "defeitos" da organização. Infelizmente, como ainda ontem vimos nas imagens do título, pode haver algumas mudanças pontuais, mas os parasitas ainda andam por lá.
E, finalmente, a
estratégia que é claramente de curto prazo. Ou seja, esta direção desperdiçou anos de bonança para agora viver apenas do curto prazo, dos adiantamentos de tranches da Altice, dos adiamentos dos pagamentos de obrigações, de refinanciamentos... Neste momento, a estratégia é de sobrevivência ao mais alto nível, e para isso, "basta" ganhar, ser campeão. Seja com estrangeiros, ou com a formação, ou com regressos de antigos jogadores. No contexto do futebol português, se não formos campeões, já sabemos quem será. No curto prazo - ano a ano - estratégia boa é aquela que nos leva mais facilmente ao sucesso.
E por tudo isto, considero que um treinador consolidado, campeão, deve ficar. Como diz um amigo meu "puta por puta, prefiro esta que já lhe conheço as manhas".
Sosseguem o pipi, porque a expressão não visa -
sublinho, não visa - chamar puta a seja quem for, muito menos ao SC. É apenas uma expressão.