A não ser que se chegue a um ponto de não retorno, que seria não nos qualificarmos hoje, ir de vela da Taça e ficar a sete ou mais pontos dos lampiões, não acredito que a melhor solução seja dispensar o Sérgio. Historicamente, e infelizmente temos vários exemplos recentes, a troca não resulta. Com a atual administração, completamente à nora quanto a todo e qualquer assunto, a solução seria promover o Rui Barros e ir buscar um qualquer treinador português tipo Carvalhal, que duraria até maio. Com isto, poderíamos ainda correr o risco de nem nos qualificarmos para a Liga dos Campeões do próximo ano, os jogadores desvalorizar-se-iam e seria colocado mais um prego no caixão.
Para mim, seria apenas uma solução aceitável se se decidisse, e se se tivesse a coragem de assumir um ano zero na(s) próxima(s) época(s). Este ano zero passaria por vender os jogadores ainda com algum cartel como o Danilo, Alex, Marega. Vender pelo melhor preço Soares, Marcano e outros do mesmo nível. Apostar a sério nos miúdos e apostar tudíssimo no Vilas-Boas. Que lhe oferecessem a Alameda, o Shopping, a Ponte do Freixo, a Estação de Campanhã, ou quinze dias de férias para ir ao Dakar. Atualmente acho que seria o único, e com consciência do que significaria um ano zero, que poderia apostar um projeto a longo prazo.
Este projeto teria como objetivo colocar o clube financeiramente nos eixos, custasse o que custasse; despachar todo o lodo e mofo da administração; apostar em miúdos com potencial (nacionais e estrangeiros) para crescerem e evoluírem cá; definir uma estratégia agressiva de comunicação/marketing externo - não confundir com circo mediático contra os lampiões; profissionalizar infinitamente toda a administração. Este projeto custaria muito: provavelmente custar-nos-ia três ou quatro anos sem ganhar nada, ferir-nos-ia o orgulho, crescer-nos-iam úlceras nervosas e etc. Ainda assim, subscreveria este projeto. Dar três ou quatro passos atrás, para nos podermos limpar e revitalizar, vide Ajax.
A questão é: teriam as sumidades da exigência a paciência necessária para este tipo de aposta? Eu teria. E com um amor tão ao maior ao que tenho neste momento.
Racional e irracionalmente, e por paradoxal que seja, e por mais catastrofista e fuliginoso que seja este cenário, acho que passaria por aqui o nosso futuro.