Lá está, mas imagina tu que num lado da balança e custa-me imenso a acreditar que essa fosse a vontade do Rodrigo mesmo com a tenra idade que tenha, ou que pelo menos permitisse isso.
Mas imagina tu que o lado do R.Mora entrava nas negociações sem qualquer tipo de flexividade no que diz respeito à clasula de rescisão, coisa que parece que aconteceu e não é normal acontecer, aceitavas este tipo de exigências, este tipo de chantagem?
Qual é a alternativa? Fica estabelecido que todos nós aqui queremos uma cláusula com um valor de 9 dígitos. Como é que propões que isso se materialize no novo contrato?
O Porto senta-se à mesa com o Rodrigo Mora e com o Jorge Mendes para negociar a renovação do contrato.
São discutidos os termos salariais, os prémios e a duração do vínculo contratual. Fica tudo acertado, entendimento pleno.
Discute-se depois a cláusula de rescisão. O presidente propõe 100M, cláusula igual à do Samu e por isso nenhuma novidade no clube.
O agente contrapõe com uma cláusula de 70M.
O presidente aceita baixar o valor da pretensão inicial, mas quer que a cláusula se situe pelo menos nos 85M.
O agente recusa e mantém que o cliente não aceita uma cláusula superior ao montante de 70M.
O Rodrigo Mora é um menino de 17 anos que gosta muito do clube, mas naturalmente não percebe um corno destes assuntos e por isso arranjou aconselhamento profissional com um agente que fez movimentar milhares de milhões de euros ao longo das últimas duas décadas e deixa que ele trate de tudo porque o menino só quer jogar à bola.
Como é que procedes a partir daqui? O jogador, através dos seus representantes, fez-nos saber que não aceita o valor da cláusula que queríamos impor, sendo que essa é a única alínea a impedir a assinatura do contrato. E agora, fazemos o quê?
Aceitamos os 70M e assinamos o contrato? Abortamos a negociação?