Portoallez2 disse:
Não, não é pior que o Manafá..É muito melhor..De todos os que vieram até agora é o melhor.. O Manafá foi contratado para ser suplente do Telles mas é um gajo destro, e já são oportunidades a mais para um gajo que só mesmo na B, a equipa A é demasiada boa para um jogador como ele. Sinceramente acho que até um Braga ou Guimarães é demais para ele...
Em Julho
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Velocidade e fantasia
com exageros
Tratando-se o FC Porto de um grande português, é natural olhar primeiramente para as características do jogador com bola. Aí, o argentino mostra ser fora do comum.
Saravia denota grande aptidão para chegar a zonas de cruzamento, onde o faz com frequência (3,0 por 90 minutos) e razoável eficácia (20%). Números similares aos que Ricardo Pereira exibia no Dragão, por exemplo. Apesar disso, fez apenas duas assistências nas últimas quatro temporadas na primeira divisão argentina e tem um volume muito baixo de passes para finalização de bola corrida (0,7 p/ 90m) cerca de metade dos de Ricardo, e menos que Maxi Pereira ou Manafá , não tendo depois responsabilidade sobre bolas paradas para poder compensar através das mesmas como faz Alex Telles. É natural que, inserido num conjunto com avançados que gostam de finalizar a partir de cruzamentos, esta sua estatística suba ligeiramente, mas mostra um pouco da falta de diversidade que o jogador tem no último passe.
No momento de construção torna-se muitas vezes um problema para o seu conjunto, particularmente quando pressionado. É que o argentino soma muitos maus controlos de bola (2,3). números mais negativos até que os de Manafá o lateral com mais maus controlos de bola na Liga NOS (2,0) , falha uma enorme quantidade dos passes que faz para a frente (50% de eficácia, com as outras opções do plantel a somarem mais de 60%) e peca ainda bastante no que toca ao passe longo. Com eficácia de 30%, Saravia fica longe dos números de Maxi (40%) e Manafá (59%). Na Liga NOS só dois laterais acertam menos passes longos e só seis concluem passes verticais com menor eficácia.
Ainda em posse, Saravia revela-se pela sua combinação de velocidade e capacidade técnica. O lateral é mesmo muito rápido, e em progressão tem grande capacidade de ganhar faltas (2,6 no total, 0,4 no último terço), o que será extremamente útil para o conjunto de Sérgio Conceição, um dos que mais tira partido estes lances em toda a Europa. No entanto, a sua capacidade de drible, somada à tomada de decisão, deixa um pouco a desejar. Apesar de procurar estas situações com muita frequência, apenas 35% das suas 2,7 tentativas de drible são eficazes, e acaba por ser muitas vezes desarmado (1,2 por jogo), mesmo em zonas proibidas 1,9 perdas de posse no primeiro terço e 0,5 desarmes sofridos no próprio meio-campo. O argentino vai precisar de muito trabalho para deixar de ser um autêntico perigo para a sua equipa em zonas recuadas.
Dificuldades perante dribladores
No contributo defensivo, a tomada de decisão volta a ter um papel de peso, principalmente em lances de um-para-um. Apesar de somar um número elevado de tentativas de desarme (4,4) algo normal em laterais argentinos , é muito intempestivo na sua abordagem e acaba por falhar uma grande porção dos mesmos (31%). Assim, é ultrapassado em drible com enorme frequência (1,4), mais do que qualquer lateral no campeonato português e muito mais que Manafá (0,5) ou Maxi (0,6).
Saravia é o tipo de lateral que se dará bem a defender extremos mais clássicos, pela agressividade no desarme e boa quantidade de cruzamento bloqueados (0,6), mas que terá muitas dificuldades a defender extremos de drible, com movimentos mais imprevisíveis. É bastante mais activo que as outras opções do Porto no que toca à defesa de zonas recuadas, somando mais alívios (2,6) e alívios na área (1,5) que as outras opções para a posição, mas não mostra tanta robustez física quanto os seus homólogos. Sendo esta uma faceta que Sérgio Conceição tende a valorizar, Saravia vence menos duelos aéreos defensivos (48%) que as outras opções dos dragões para a mesma posição.