Para o jogador, em termos fiscais penso que será o mesmo. Para o clube, sinceramente não tenho a certeza absoluta.Ok. Mas a questão é: não sai mais caro ao clube dar um prémio de assinatura do que diluir isso no salário?
Mas a questão não é essa. O clube tem de ter um limite acima do qual não está disposto a passar. Pode até fazer um esforço por um jogador indispensável e que faça a diferença mas não poderá nunca ir muito além do limite estabelecido.
1º Ainda somos um clube com contas muito complicadas e não nadamos propriamente em dinheiro. É certo e sabido, desde há uns anos para cá, que a descida da massa salarial é essencial para que as contas atinjam a médio prazo um equilíbrio capaz de nos deixar numa situação estável.
2º Abrindo um precedente acima do limite máximo, estás a abrir a porta para que outros jogadores exijam não só renovação do contrato próximo desses valores como ainda uma possível revisão de contratos recentes. Veja-se por exemplo o Sérgio Oliveira que recentemente renovou. Perante aquilo que tem sido o rendimento do Sérgio, ficando um jogador a ganhar muito muito acima do que ele ganha, não tem legitimidade para pedir igual ou aproximado? E o Corona? E o Pepe?
3º Se os valores falados aqui estão corretos, são exactamente os mesmos pelo qual o nosso presidente crucificou em praça pública o Herrera, deixando transparecer que aquilo estaria completamente acima do que o clube poderia pagar.
4º O Otávio, por muito importante que seja no contexto actual, não é propriamente um Messi. Noutros tempos teria muitas dificuldades em ter tempo de jogo no meio campo do FCP.
5ª Aconteceu no passado com inúmeros jogadores. O clube tem de vender porque as ofertas salariais vindas de fora são completamente fora da nossa realidade. Se o clube conseguisse pagar salários exorbitantes não teriamos visto sair do clube jogadores 2, 3, 4, 5 vezes melhores que o Otávio.
6ª Se há algo que ao longo da minha vida tenho verificado, quer na qualidade de gestor da minha pequena empresa, quer na qualidade de adepto de futebol, é que ninguém, mas absolutamente ninguém, é insubstituível.
Posto isto, até gostava que ele ficasse mas dentro da nossa realidade e sem comprometer aquele que deve ser o caminho para que sejamos um clube mais forte, mais estável e sem intervenções da UEFA.