Gostava, honestamente, de perceber os critérios actuais para ser treinador do NGC. Gostava também de perceber o porquê do Nuno, neste preciso momento, ainda auferir do tal "estado de graça" inerente à sua primeira época, tendo em conta que já se encontra na pole-position para ser mais um fracasso.
Isto numa perspectiva histórica pós Vítor Pereira.
- Paulo Fonseca foi uma opção vergonhosa, tendo sido despedido após ceder uma vantagem pontual de 5 (!!!) pontos para os vermelhos, acabando a 9 dos mesmos aquando do seu despedimento. Recorreu-se então a Luís Castro para treinador interino, acabando a época a 13 pontos do líder.
- Julen Lopetegui é escolhido para treinador na época seguinte, mas acaba também sem ser campeão, ficando a 3 pontos do líder num que há-de ser visto como um dos campeonatos mais imundos do futebol português. Na época seguinte, é despedido após empatar com o Rio Ave, ficando assim a 4 pontos do líder na altura. Como opção sucede-lhe José Peseiro, que faz a façanha de ficar a 13 pontos do 2º classificado e a 15 do primeiro, perdendo também a Taça de Portugal para o Braga.
- Ergo 2016/2017, onde a escolha para treinador principal é Nuno Espírito Santo. Nuno esse que tinha no palmarés um 11º lugar com o Rio Ave, finalista derrotado na Taça de Portugal e na Taça da Liga e um 4º lugar no Valência. Ainda mais interessante é ter sido despedido do Valência em Novembro e não ter sido contratado pelo NGC logo nessa altura, arrastando a situação até ao início da pré-época seguinte e termos de levar com o Peseiro meio ano. Neste preciso momento, à 9ª Jornada, já leva 5 pontos de atraso para o líder, contra o qual jogamos no jogo seguinte.
Agora digam-me, porra, qual é que é a legitimidade figurativa em manter o treinador se, à 10ª jornada, tiver já um atraso pontual de 8 pontos para a liderança ?