O FC PORTO
O FC Porto perdia 0-2 ao intervalo. Em casa, frente ao maior rival, num estádio magnífico e pintado de azul e branco.
O que fez a equipa no regresso para a segunda parte? A questão é simples e a resposta, para quem não viu o jogo, seria mais ou menos esta: «foi com tudo para cima do Benfica».
Num FC Porto normal, num FC Porto até razoável, teria sido assim. Mas este é um FC Porto miserável sempre que o nível de dificuldade sobe. É fraco e desalmado.
Os dragões entregaram a bola, desligaram-se do jogo, receberam mais três avisos sérios e lá sofreram o mais do que justo e lógico terceiro golo das águias.
Uma equipa sem nada. Um vazio total. Uma falta de respeito pela história, pelos adeptos, por quem sabe o que é o FC Porto. Uma equipa falhada.
André Villas-Boas tem, pelo menos, duas encruzilhadas pela frente.
Se a sua intenção for, como acredito, devolver o FC Porto ao domínio nacional e à competência na Liga dos Campeões, o presidente terá de se libertar de muitos destes jogadores. Não têm, simplesmente, qualidade para vestir a camisola azul e branca.
A garantir dada sobre a continuidade de Martín Anselmi deixa-o amarrado às ideias deste treinador. São interessantes? Sim. Ricas? Aparentemente. Boas? Só se funcionarem. E com estes jogadores está mais do que visto que não funcionam. E não será por mera teimosia que isso vai mudar.