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Era ingénuo. Inocente. De nada sabia. E nada fez de errado enquanto presidente.
As vitórias foram dele.
Os roubos, as mentiras, os desvios, os testas de ferro que fabricou, os conluios com a claque, a incompetência que foi crescendo ao longo da última década, as remunerações completamente absurdas, foram obra dos restantes administradores, por vezes treinadores mesmo e de gente que não desempenhava sequer cargos no clube.
Também não estava agarrado ao poder.
A própria grave doença que tinha há 2/3 anos não era do conhecimento dele. Foi escondida dos associados e dele próprio pelos médicos.
Tudo isso são invenções dos maus adeptos, os ingratos, os da maioria silenciosa, aqueles que ousaram levantar a voz, apontar factos, enojados com toda a podridão reinante e destruição do Clube.
