Esta morte poderia resultar numa união da nação portista numa vaga de um novo portismo que se necessita urgentemente. Mas quero acreditar que não será isso que irá acontecer. Muitos continuarão a sonhar pelo regresso de establishment que durante décadas foi permitindo que muito boa gente acumulasse riqueza de forma ilegal. E continuarão a minar o trabalho do novo presidente.
Sobre JNPC, eu tomei conta dos meus avós até eles falecerem e é perceptível de ver que chega a uma certa altura que aquelas pessoas que víamos como heróis, como santos, de repente transformam-se em pessoas um pouco diferentes, mais amargas, mais conflituosas, uma espécie de regresso a uma infância que os torna por vezes mais melindrosos a pequenas coisas que por vezes vão construindo na sua cabeça, fruto de doenças, ou então fruto da maquinação de outrem como no caso de JNPC que há muito tempo que deveria ter abandonado o clube e ter saído em grande. Assim, sairá em grande para algumas pessoas, mas para outras, como é o meu caso, ficará sempre esta tristeza de termos percebido que o nosso herói, a nossa maior lenda, o nosso maior defensor em termos de clube e até de região tinha imensos pés de barro.
Obrigado por tudo JNPC e que descanses em paz, e tenho a certeza que este silêncio dos fdps do Sul deve estar-te a dar um gozo imenso, seja lá onde tu estiveres. É sinal que esta gente sabe bem o teu papel na história do futebol em Portugal.