Jorge Nuno Pinto da Costa - Presidente dos Presidentes (1937 - 2025)

MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
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Fernando Gomes, ainda, predidente da FPF:

(...)Transformou o clube numa potência nacional de futebol – 23 campeonatos ganhos em 42 anos de presidência – e esculpiu no cenário internacional o seu espaço de prestígio para o qual contribuiu a conquista dos dois títulos de campeão europeu os dois triunfos na Liga Europa, outros tantos na Taça Intercontinental e ainda numa Supertaça Europeia.
(...)
Convivi vários anos com Pinto da Costa, partilhámos muitas alegrias, ambições e conquistas durante um trajeto que nos marcou profundamente e que transformou o FC Porto."
 
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Reações: Luisf. e miguel

dragon55

Tribuna
30 Março 2019
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Diga-se a verdade, os cabrões da Bola nestes momentos têm uma postura institucional que temos de louvar: se morre um grande do futebol nacional, eles dão-lhe honra de capa inteira, independentemente de ter sido ou não do clube deles. Pena não serem tão imparciais assim nos outros 364 dias do ano.
Todas as capas são bonitas, a do ojogo tambem. Obrigado 💙
 

diogo_82

Bancada lateral
8 Julho 2011
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V.N. Gaia, 1982
O K esses filhos da puta d lixoboa têm é inveja do que PdC fez, que foi lutar contra o centralismo bacoco deste país, que fez dos analfabetos no norte mouros e lagartos, gente de merda! Felizmente existiu smp quem lutou contra esses analfabetos de merda e PdC foi um deles! Por isso n se incomodem c o silêncio de lixoboa, é um excelente sinal!!!!! 1755 sempre e espero K PdC lá em cima puxe uns cordelinhos pra que se repita em breve!
 

Porto sentido

Bancada central
22 Julho 2018
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Conquistas
3
  • André Villas-Boas
  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
Ontem foi um dia triste para todos os portistas. Ontem faleceu o único presidente do FCP que muitos de nos e muitos mais adversários conheceram. PdC representa uma impossibilidade, um glitch na matriz. O que FCP conseguiu alcançar na liderança de PdC é inimagjnavel e irrepetível.

Morreu como quis, derrotado por uma doença cruel, mas teve uma vida longa e plena, dedicada a fazer o que mais gostava de fazer. Poucos terão essa sorte.

Que descanse em paz, e se vida existe depois da vida, que a goze a vibrar com as vitórias do seu FCP!
 

NobreELeal

Arquibancada
26 Maio 2014
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Nasci 1 ano depois de JNPC subir à presidência do Porto. É, portanto, o único presidente que conheço, até ha um ano atrás.
Quando comecei a perceber melhor o que era o futebol no início dos anos noventa, estava convencido que a onda avassaladora de vitórias do nosso Porto sempre assim foi. Mas não, antes de Pinto da Costa ganhamos muito pouco.

Incrível a mudança que este homem fez num clube, numa cidade e numa região.

Obrigado Presidente por Viena, pelo penta, pelos vários 5-0, por Sevilha e Gelsenkirchen, por Dublin, pelas muitas e muitas vitórias. Obrigado por não desistir nas derrotas e ensinar nos a fazer igual.
Obrigado por resistir aos ataques dos rivais e ensinar nos a fazer igual.

A memória de Pinto da Costa vai viver para sempre!
Que descanse em paz.
 

Johny

Bancada central
31 Agosto 2016
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Esta é a primeira e será provavelmente a última publicação que farei neste fórum. Nada contra; é só que sempre gostei mais de acompanhar que propriamente de comentar.

Tive o azar cósmico de nascer em Lisboa. O que me corre nas veias é sangue minhoto, provindo do lado materno da família, que cedo se mudou para a cidade do Porto e, cedo também, para a capital em busca de uma vida melhor. De lá trouxeram a paixão pelo Futebol Clube do Porto, que teve o seu baptismo definitivo com os dois golos do Jardel em Milão.

Chamo-lhe "azar cósmico" porque não escolhemos onde nascemos nem tem que ser isso que nos define. E chamo-lhe "azar cósmico" porque, como qualquer Portista de Lisboa sabe, nós crescemos rodeados de vitórias, mas também do desdém alheio. Certa vez levei um cachecol do Azul e Branco para a escola e houve um contínuo que se assoou ao Brasão Abençoado com cara de nojo. Outra vez, fui a Alvalade para ver o meu clube jogar, e fui alvo de ameaças físicas e verbais por parte de gente com o dobro do tamanho e idade. Agora adulto, já ninguém me mostra essa coragem dos bullies. Não raras vezes, ouço ainda "és fixe, pena é seres do Porto"; ou, pior ainda, "como é que és de Lisboa e és do Porto?". Mas já não lhes viro a cara com vergonha infantil.

Felizmente, o contrário também se aplica. Por motivos profissionais venho-me deslocando muitas vezes ao Porto, e ao Minho. Fiz muitos amigos nessas viagens, amigos Portistas; conheci várias pessoas que se espantam, depois de dois ou três dedos de animada e alcoólica conversa, quando lhes digo que nasci em Lisboa e sempre morei perto de Lisboa. "Tu pareces um gajo do Norte" é provavelmente a coisa mais bonita que alguém já me disse. Já sofri muito pelo clube a seu lado, vibrei pelo clube outras tantas vezes; descobri, só muito mais tarde na vida, os meus semelhantes. Acontece; mais vale tarde que nunca.

Outro dia, um conhecido lampião disse-me que não considerava o Futebol Clube do Porto um "clube a sério". Disse-o para me picar, mas na minha óptica tem razão: o Futebol Clube do Porto não é um clube, é uma ideologia. O Futebol Clube do Porto é a crença em algo maior que a racionalidade humana: para uns pode ser "trabalho", para outros pode ser "raça", para outros ainda algo completamente diferente. Sempre que grito "Porto!", seja em casa ou num estádio, essa palavra guarda dentro de si algo mais que o imediatamente perceptível. "Porto!" é ao mesmo tempo a humildade e o termos confiança em nós mesmos; "Porto!" é o sermos fiéis e o sermos justos; "Porto!" é antagonismo e luta contra a capital instituída, contra o centralismo que menospreza quem quer que se encontre fora das suas fronteiras. Um grito de "Porto!" nunca é sobre o clube ou a cidade em que este se ergueu, tampouco sobre uma só região. É o grito de todos os ingovernáveis. Não é por mero acaso que há tantos Portistas na Madeira ou nas antigas colónias.

O Futebol Clube do Porto é ideologia e o seu educador foi Jorge Nuno Pinto da Costa. Mais que "Presidente dos Presidentes", mais que "Rei", mais que qualquer rótulo que lhe colem por causa de um qualquer culto da personalidade (se esse culto é compreensível ou deixa de o ser, são discussões completamente diferentes), Pinto da Costa foi um professor: apontou o dedo e, através da sua paixão pelo Porto e de tudo o que veio atrás ela - o trabalho, a ironia, a belicosidade -, mostrou-nos que um outro mundo era possível. Um mundo em que um clube orgulhosamente bairrista (e ainda bem!) podia aspirar a conquistá-lo, como o fez. Um mundo em que não mais teríamos que baixar a cabeça perante o poder instituído: iríamos olhá-lo nos olhos e desafiá-lo. Traduzido por gunês, Pinto da Costa foi quem se virou pela primeira vez a Lisboa e disse, de faca nos dentes: "e quê, caralho?".

Será esse, até mais que qualquer dos mais de 2500 troféus conquistados, o seu maior legado: o nunca nos rebaixarmos perante quem nos quer colonizar o coração. É por isso que lhe estou eternamente grato. As vitrines recheadas vieram por arrasto. É nisso que tenho um orgulho indizível e é isso que me leva a dizer que aquilo que hoje morreu não foi um Presidente, não foi um Clube, não foi uma Ideia: foi um homem, de carne e osso, falível como qualquer outro. O que hoje morreu não foi o Verbo, para recorrer a um termo bíblico. É também isso que me leva a não chorar uma morte anunciada; sinto o pesar obrigatório pela sua passagem, claro, misturado com alguma - não há que o negar, não há que ser hipócrita - raiva por estes últimos anos, em que Pinto da Costa rejeitou a sua própria palavra. Resumindo, não sinto a dor de saber que morreu, mas a felicidade de ter acompanhado a sua vida.

Há meses que ouço gente a dizer-me que quando Pinto da Costa morresse iria para a rua, de cocktail na mão, lançar fogo de artifício. Já se passaram horas e a minha cidade continua incrivelmente silenciosa. Até na morte, conseguiu calar toda a gente que o odiava, nos odiava, odiava a nossa palavra.

Independentemente das críticas que se possam vir a fazer, independentemente de amanhã não ganharmos ao Farense (quer dizer, ai daqueles coiros que não ganhem), independentemente dos tempos difíceis que temos atravessado e, se calhar, continuaremos ainda a atravessar antes de chegar a bonança:

Somos Porto e seremos Porto. Hoje mais que antes. E, no antes, já o éramos no infinito.
Lindíssimo texto.
Um abraço de outro “portista de Lisboa”, de experiência igual, que desde que começou a descobrir a cidade do Porto e o norte, parece que encontrou o seu lugar.
 

PABLO

Bancada central
3 Agosto 2015
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Incrível como uma pessoa que nem conheci físicamente, apenas nas tvs, jornais ... e por quem uma ou outra vez me cruzei, me deixam tão transtornado, nunca pensei vir a sentir isto neste dia, mas de fato esta pessoa foi que me fez ser adepto deste grande clube, que me deu tantas alegrias, tantas vitórias que é impossível não sentir esta perda como sendo nossa, de uma pessoa próxima.
Só podemos agradecer por tudo e lembr-lo para sempre.
Não sei ainda se dando o seu nome ao estádio ou ao museu ... mas algo tem que ser feito para ficar eternizado.
 
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Cris1978

Tribuna Presidencial
14 Abril 2013
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5,693
Hoje é um dia imensamente triste.
Perdi o Presidente de quase toda a minha vida.
Posso não ter concordado com ele nos últimos anos mas nada vai apagar o que fez por todos os portistas, portuenses e portugueses.
Trouxe a garra, ambição e mística. A cultura FCP. A nossa marca.
Vou lembrar para sempre a sua força, ironia e personalidade, sem medo, sem olhar para trás na defesa do nosso clube.
Durante anos a fio, excepto nos últimos anos, sabia que com ele na bancada, estávamos protegidos e que se algo corresse mal, seria corrigido rapidamente.
Vou lembrar para sempre as alegrias que me deu, a liga Europa quando ainda estava na faculdade, a liga dos campeões, a intercontinental de madrugada, os campeonatos, taças.
Sinto a minha alma pesada, ferida.
Obrigado por tudo meu Presidente. Viva o JNPC. Viva o FCP
 
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