«Conheço o Jesus desde 2009. Cresceu brutalmente, em todos os aspetos. Tecnicamente é um diamante raro, procura sempre espaço para cruzar ou rematar de pé direito».
Raul acrescenta alguns adjetivo: «atrevido», «corajoso», «irrequieto» encaixam no perfil de Corona. «Sabe resolver problemas à sua equipa. Prefiro vê-lo na direita do ataque, mas joga em qualquer flanco».
Terceiro de cinco filhos do matrimónio entre Martha Ruiz e Narciso Corona (antigo basebolista profissional), Jesus começa a escrever uma história no mundo da bola aos seis anos. Narciso Iván, o irmão mais velho, é a primeira influência do agora jogador do FC Porto.
No Pumas, da Liga OXXO Hermosillo, Jesus rasga os joelhos pede mais. «Era hiperativo», recorda a sua mãe, sempre que fala sobre a infância de Tecatito. «Tinha energia a mais e o futebol era uma terapia perfeita».
A ascensão é notável. O pequeno Corona chega rapidamente aos torneios interestaduais e aos 14 anos tem o privilégio de jogar no Estádio Maracanã com a camisola da Escola Secundária Luís Donaldo Colosio.
No Rio de Janeiro conquista a edição internacional da Copa Coca Cola, após vencer os torneios municipais, estaduais, regionais e nacionais.
Numa anterior entrevista, o treinador de Corona nessa equipa, professor Ubaldo Villalobos, confessa que o petiz «joga às escondidas do pai», mas com o beneplácito da mãe. «O senhor Narciso queria que ele pensasse mais nos estudos».