Impacto económico do Covid-19

MiguelDeco

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Licha disse:
O coronavírus é um tema incontornável na agenda mediática. Pela minha parte, não critico o facto de se dar primazia ao assunto e até dele se tornar monotemático. Mais, até aceito algumas incongruências e faltas de rigor que se vão vendo na CS, tendo em conta que até cientistas, médicos e altas instituições de saúde divergem ou simplesmente não encontram explicações para determinados casos dentro deste caso.

Outra coisa é o alarmismo constante e a quase necessidade de vender o apocalipse. Não há, hoje, quase nenhuma linha a separar um telejornal da RTP, apresentado pelo José Rodrigues dos Santos, de um qualquer espaço de "informação" da CMTV.
Basta ver a questão da matematicidade dos mortos para se entender a loucura que tudo isto representa. Muito gente compara isto com uma guerra. Pois bem, eu pergunto qual foi a guerra onde as partes diziam o n.º de mortos ás suas populações. O n.º correto. Não o faziam como é óbvio. E continuam a não fazer. Por duas razões de motivos, primeiro para controlar a confiança do seu próprio povo, segundo para não dar ainda mais ânimo à outra parte. Mas pelos vistos, e nesta parte da analogia com a guerra, as pessoas esqueceram-se deste facto.

Aliás, o facto dos frontman dos telejornais serem agora os guru´s da prevenção e do controlo da curva diz muito do que esta gente anda a fazer.. E os motivos porque o fazem.
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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Devenish disse:
Devias meter na tua cabeça uma coisa que é a seguinte; há alturas para parar com discusões estéreis que não levam a conclusões nenhuma e esta é uma delas. É bom ocupar o tempo livre com coisas que nos distraiam ou nos façam evoluir mas esta não é seguramente uma delas nesta fase em que estamos. E eu dar-te uma resposta evasiva para isso e tu a tentares puxar por mim para uma discussão sobre um tema que não me interessa discutir agora, não falta aqui e noutros espaços quem esteja disposto a isso, comigo não porque a coisa que mais detesto é discutir o "sexo dos anjos" - o máximo 3 replies, depois cada um fica com a sua e quem ler que tire conclusões ou não as tire.
Comigo sobre esse tema fim de papo, até porque entrei nele por interposta pessoa do qual fizeste uma citação mas não total o que desvirtuava o que ele estaria a dizer ou a tentar dizer.
A única pessoa que podia dizer se desvirtuei o que ele estaria a dizer seria o mesmo. Julgo eu. Mas obrigado pelo aviso, assim, e para a próxima, ambos poupamos tempo.
 

SUPERMLY

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14 Setembro 2017
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Vitor Silva disse:
para quem tem meo go ver o '60 minutes' transmitido pela SIC ontem
https://meogo.meo.pt/ver?programa=13822511

talvez se consiga entender a diferença disto para uma gripe comum
A diferença para a gripe "comum" (Influenza H1N2) é que a gripe vive endemica no mundo em equilibrio com os humanos por ter um grau mais baixo de virulencia e o facto da grande maioria da população humana ter anticorpos (a tal imunidade de grupo)

Este SARS Covid 2 chegou aos humanos à 4 ou 5 meses, não há anticorpos e enquanto as pessoas não foram infectadas e recuperarem ou vacinadas não há imunidade.

E mesmo assim é um virus de baixa letalidade.

Há mais 2ou 3 coronavirus no mundo endemicamente (não falo do SARS nem do MERS) que são benignos
 

MiguelDeco

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2 Setembro 2013
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nuno queiros disse:
Vou tentar voltar a explicar, na história da humanidade (e desculpa mas não vou estar aqui a escrever muito) tiveste civilizações com diferentes formas de economia, e ao longo dos tempos as civilizações foram-se adaptando ao desenvolvimento normal dessa economia, começaram pelas trocas diretas até acabarmos no que conhecemos hoje (sei lá, isto é história do 7º ano acho eu)...pelos menos que se conheça, nunca nenhum historiador disse que uma civilização acabou por colapso económico, porque simplesmente, com maior ou menor dano, conseguem adaptar-se...

Por outro lado, tens vários exemplos de civilizações que desapareceram ou diminuíram de tal forma que foram absorvidas por outras por causa de doenças ou cataclismos atmosféricos por exemplo.

A saúde tem que estar em primeiro lugar, pois sem ela não há economia, isto é tão básico que nem sei explicar.

Para terminar, vou tentar responder resumidamente às outras questões, na primeira tentas fazer uma correlação sobre o estado da saúde com o desenvolvimento económico, dava pano para mangas, então se meter os EUA ao barulho esse argumento cai por terra, mas deixando os EUA de fora, é verdade o que dizes, mas os sistemas de saúde são melhores nos países com forte economia mas não é por causa da economia, tem a ver com uma variedade de factores (económicos incluídos)...basta ver o nosso SNS que é muito melhor que muitos sistemas de saúde de países mais forte economicamente que nós.

Por ultimo perguntas como se paga saúde sem economia, podia terminar perguntando como tens economia sem saúde, mas como não se deve responder a uma pergunta com outra pergunta, digo-te por exemplo que a saúde pode muito bem ser paga como tem sido paga até aqui, ou então lá está, voltamos ao inicio do post, a economia pode ser reinventada, nada é estanque...nada te proibe de pagares uma consulta com um saco de cenouras (desculpa o exemplo radical)...

Como é óbvio isto tem muita doutrina e divagação...o importante foi o que eu disse no post que tu citaste, primeiro cuidar da saúde para se ter força para voltar a reerguer a economia.
Comecemos pelo fim. Dizes que podes pagar uma consulta com um saco de cenouras(não precisas pedir desculpa, é um bom exemplo). Logo aí, tens vários problemas que demonstram que não estás correto. 1.º tinhas que ter um médico que aceitasse receber as cenouras como método de pagamento. Ao estar a fazê-lo, acabavas por estar dependente da economia na mesma. Primeiro porque tinhas que ter as cenouras, ou compradas ou produzidas por ti, o que implicaria sempre um custo. Segundo, partindo do pressuposto que todos os médicos aceitariam cenouras como método de pagamento, sabes o que aconteceria? O preço de custo da cenoura explodiria. E depois colocar-se-ia uma outra questão. Se ficasses doente, e tivesses apenas uma cenoura. Entre comer a cenoura ou poupá-la para ir ao médico o que farias? E se escolhesses ir ao médico, e tendo gasto a cenoura, como pagarias depois a receita da farmácia? E quando não tiveres nada com que pagar? Pagas a saúde com o quê?

Eu entendo o que queres dizer, mas acreditar que uma sociedade capitalista, consumista selvagem, verá o seu rumo convertido por causa de uma pandemia é pura utopia. E das mais inocentes.

Quanto ás economias, os E.U.A têm um dos melhores sistema de saúde do mundo. Têm apenas um pequeno problema, como sociedade individualista que são, quem tem riqueza safa-se, quem não tem... E voltamos à mesma conversa da saúde e da economia. De que adianta ao povo africano, ou como tens agora o exemplo dos indianos, terem a sua saúde salvaguardada se depois poderão morrer À fome? Achas que um africano ou um indiano, entre arriscar a sua saúde para se alimentar ou precaver a sua saúde vai privilegiar a saúde? Se achas isso é porque não sabes o que é passar fome.

Quanto ao nosso sistema de saúde, concordo com a tua frase se disseres que já tivemos um dos melhores sistemas de saúde. E toda a gente sabe como isso foi obtido. Hoje em dia isso já não é bem assim. Temos um SNS completamente destruído, desmantelado e sem recursos. Prova disso? Basta perguntar a qualquer profissional de saúde a sua opinião sobre o nosso s.n.s. Não foi à toa que uma das principais medidas do passos foi meter a malta a pagar nas urgências e afins.. Porque temos um sistema de saúde assente em dívida. Um dia terá que ser paga, os políticos é que vão pensando que não.

Quanto ás civilizações, deixo-te dois artigos interessantes, caso queiras ler.. Claro que certezas não existem, mas em alguns casos, a economia, ou o esforço da economia acabou por ajudar (se não finalizar) ao fim dessas civilizações. Um pouco à semelhança do que vamos vivendo hoje.

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-47581634

https://www.resilience.org/stories/2009-09-03/peak-civilization-fall-roman-empire/

 

deco macau

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29 Outubro 2014
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MiguelDeco disse:
Basta ver a questão da matematicidade dos mortos para se entender a loucura que tudo isto representa. Muito gente compara isto com uma guerra. Pois bem, eu pergunto qual foi a guerra onde as partes diziam o n.º de mortos ás suas populações. O n.º correto. Não o faziam como é óbvio. E continuam a não fazer. Por duas razões de motivos, primeiro para controlar a confiança do seu próprio povo, segundo para não dar ainda mais ânimo à outra parte. Mas pelos vistos, e nesta parte da analogia com a guerra, as pessoas esqueceram-se deste facto.

Aliás, o facto dos frontman dos telejornais serem agora os guru´s da prevenção e do controlo da curva diz muito do que esta gente anda a fazer.. E os motivos porque o fazem.
Isto

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Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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MiguelDeco disse:
Comecemos pelo fim. Dizes que podes pagar uma consulta com um saco de cenouras(não precisas pedir desculpa, é um bom exemplo). Logo aí, tens vários problemas que demonstram que não estás correto. 1.º tinhas que ter um médico que aceitasse receber as cenouras como método de pagamento. Ao estar a fazê-lo, acabavas por estar dependente da economia na mesma. Primeiro porque tinhas que ter as cenouras, ou compradas ou produzidas por ti, o que implicaria sempre um custo. Segundo, partindo do pressuposto que todos os médicos aceitariam cenouras como método de pagamento, sabes o que aconteceria? O preço de custo da cenoura explodiria. E depois colocar-se-ia uma outra questão. Se ficasses doente, e tivesses apenas uma cenoura. Entre comer a cenoura ou poupá-la para ir ao médico o que farias? E se escolhesses ir ao médico, e tendo gasto a cenoura, como pagarias depois a receita da farmácia? E quando não tiveres nada com que pagar? Pagas a saúde com o quê?

Eu entendo o que queres dizer, mas acreditar que uma sociedade capitalista, consumista selvagem, verá o seu rumo convertido por causa de uma pandemia é pura utopia. E das mais inocentes.

Quanto ás economias, os E.U.A têm um dos melhores sistema de saúde do mundo. Têm apenas um pequeno problema, como sociedade individualista que são, quem tem riqueza safa-se, quem não tem... E voltamos à mesma conversa da saúde e da economia. De que adianta ao povo africano, ou como tens agora o exemplo dos indianos, terem a sua saúde salvaguardada se depois poderão morrer À fome? Achas que um africano ou um indiano, entre arriscar a sua saúde para se alimentar ou precaver a sua saúde vai privilegiar a saúde? Se achas isso é porque não sabes o que é passar fome.

Quanto ao nosso sistema de saúde, concordo com a tua frase se disseres que já tivemos um dos melhores sistemas de saúde. E toda a gente sabe como isso foi obtido. Hoje em dia isso já não é bem assim. Temos um SNS completamente destruído, desmantelado e sem recursos. Prova disso? Basta perguntar a qualquer profissional de saúde a sua opinião sobre o nosso s.n.s. Não foi à toa que uma das principais medidas do passos foi meter a malta a pagar nas urgências e afins.. Porque temos um sistema de saúde assente em dívida. Um dia terá que ser paga, os políticos é que vão pensando que não.

Quanto ás civilizações, deixo-te dois artigos interessantes, caso queiras ler.. Claro que certezas não existem, mas em alguns casos, a economia, ou o esforço da economia acabou por ajudar (se não finalizar) ao fim dessas civilizações. Um pouco à semelhança do que vamos vivendo hoje.

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-47581634

https://www.resilience.org/stories/2009-09-03/peak-civilization-fall-roman-empire/
Nos países mais pobres as pessoas nem sequer podem dar-se ao luxo de ficar em quarentena, já que não têm poupanças e só sobrevivem com o que vão ganhando no dia a dia. Um exemplo, Angola.
http://www.rfi.fr/pt/angola/20200328-angolanos-desrespeitam-quarentena

Duma maneira ou doutra, na base do colapso duma civilização está sempre a economia, mesmo que o empurrão final tenha sido dado por outro tipo de fenómeno, como a invasão dum império inimigo ou o esgotamento dos recursos. Um império em decadência económica e moral (como o romano) foi tendo cada vez mais dificuldades em manter-se e os bárbaros e em manter os bárbaros longe da porta. Noutros casos, como as civilizações do médio oriente, foi sobretudo o esgotamento dos recursos que levou ao seu desaparecimento. Nos maias parecem ter sido as alterações climáticas, que minaram a base de recursos, essencialmente agrícola, do império. A economia (ou seja, a produção) é sempre prioritária em relação à saúde. As pessoas dos países pobres sabem isso. Nós não sabemos porque tivemos a sorte de nascer numa sociedade da abundância, onde não faltam excedentes e onde as pessoas têm uma folga económica suficiente para pensarem que primeiro está a saúde. Há milhões de pessoas no mundo que não podem simplesmente dar-se ao luxo de ficar doentes muito tempo, porque isso significaria morrerem de fome ou ficarem na dependência da caridade dos vizinhos.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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Licha disse:
Aqui já não estou tão de acordo. Acho que ainda vamos a tempo de reverter uma eventual fase catastrófica da economia porque acredito que o bom senso prevalecerá e o estado de emergência conhecerá algum alívio em breve, sendo depois retirado para que, progressivamente, possamos voltar à normalidade do pré-vírus. Não que isso evite todos os prejuízos que se afiguram, mas julgo que dará para nos colocarmos num cenário menos mau.

Se isso não acontecer, aí sim, temo por consequências trágicas e aqueles que agora defendem restrições ainda mais apertadas serão os mesmos a vir barafustar pelo inferno económico e social instalado, com o que isso implicará também em termos de vidas perdidas. Nessa altura, quero qual vai ser a autoridade ou o meio de comunicação social que virá a terreiro para dar, todos os dias, a contagem das vítimas e dos "infetados"/afetados. E também estou curioso para ver como se fará essa contagem, de tantos itens diferentes a considerar.
Eu não disse que não vamos a tempo de evitar uma catástrofe económica. Mas duma recessão semelhante à de 2008 já ninguém nos livra, mesmo que retomássemos a actividade amanhã.
Estou completamente de acordo com o que dizes sobre os que hoje defendem restrições absolutas, e daqui a seis meses estariam nas ruas a protestar contra o desemprego galopante, a deterioração das condições de vida, a fome, etc. Enquanto o estado tiver folga para distribuir um rendimento universal básico, a coisa pode manter-se tranquila, desde que não dure muitos meses. Depois disso, as pessoas vão simplesmente exigir o regresso à normalidade, com ou sem vírus.
 

MiguelDeco

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2 Setembro 2013
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Vitor Silva disse:
1 - FECHAR A ECONOMIA. A distanciaçao social é vital em qualquer caso para nao sobrecarregar os sistemas de saude
2 - Adquirir o maximo numero de reagentes e exponenciar a capacidade de testar todos os cidadaos
3 - Aumentar exponencialmente o numero de camas de UCI
4 - Injectar dinheiro na economia para manter as empresas "ligadas a maquina"
5 - Com capacidade produtiva propria, proibir exportaçoes de bens essenciais a segurança nacional (como os US fez com o Production Act)
6 - Preparar o regresso a normalidade através de certificados de imunidade
O problema nisso tudo que tu dizes é o ponto 7 vítor. O que virá depois de tudo isso. Nem eu nem tu sabemos mas existem mais probabilidades de certos cenários do que outros . Falas na economia alemã.. E que eles fizeram isso tudo. Mas sabes qual é a taxa de crescimento deles? O nível da dívida deles? O nível de poupança das populações no caso deles? Sabes certamente o poderio que tem a indústria alemã a vários níveis. Agora faz o mesmo exercício para Portugal. Vê se os casos podem ser comparados. E é isto que nos distingue caro Vítor, tu possivelmente não vês problemas no após covid, podes até acreditar numa dificuldade na recuperação mas possivelmente nada de muito grave. Já eu vejo outra catástrofe e o retorno da velha amiga austeridade. E veremos qual de nós terá razão. Espero que sejas tu. 
 

ixnay

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22 Julho 2006
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MiguelDeco disse:
O problema nisso tudo que tu dizes é o ponto 7 vítor. O que virá depois de tudo isso. Nem eu nem tu sabemos mas existem mais probabilidades de certos cenários do que outros . Falas na economia alemã.. E que eles fizeram isso tudo. Mas sabes qual é a taxa de crescimento deles? O nível da dívida deles? O nível de poupança das populações no caso deles? Sabes certamente o poderio que tem a indústria alemã a vários níveis. Agora faz o mesmo exercício para Portugal. Vê se os casos podem ser comparados. E é isto que nos distingue caro Vítor, tu possivelmente não vês problemas no após covid, podes até acreditar numa dificuldade na recuperação mas possivelmente nada de muito grave. Já eu vejo outra catástrofe e o retorno da velha amiga austeridade. E veremos qual de nós terá razão. Espero que sejas tu.
Miguel, é óbvio que tens razão na questão da economia. Isto, para além da crise sanitária, vai provavelmente causar uma enorme crise: desemprego, aumento da divida pública, fome, etc.

Mas o que ainda não consegui perceber é que alternativa sugeres ao que foi feito?
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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Vitor Silva disse:
O discurso trumpista / bolsonarista por aqui tambem.
Só para clarificar este ponto. Detesto o Trump, e o Bolsonaro ainda mais. Parecem-me figuras repugnantes e extremamente perigosas, que se lhes derem oportunidade não hesitarão em aproveitar o caos económico e político para se transformarem em ditadores.
Mas isso não significa que eles estejam sempre errados em tudo o que dizem. Lembra-te que até os relógios parados dão a hora certa duas vezes por dia.
 

MiguelDeco

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2 Setembro 2013
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ixnay disse:
Miguel, é óbvio que tens razão na questão da economia. Isto, para além da crise sanitária, vai provavelmente causar uma enorme crise: desemprego, aumento da divida pública, fome, etc.

Mas o que ainda não consegui perceber é que alternativa sugeres ao que foi feito?
Nós já tivemos pandemias anteriormente. Nenhuma delas foi resolvida com esta medida extrema. E não existem medidas corretas ou mágicas. Mas não seria possível salvaguardar-se os idosos e os doentes de uma outra forma que não acabando com a economia de toda uma zona? Será que só agora se reparou que a nossa demografia está completamente invertida? Como se faz isto? Não sei, mas também é por isso que não sou político.

Mas deixo-te uma questão. O dengue tem uma taxa de mortalidade superior a este novo vírus. Porque raio a américa latina não fechou toda a economia para resolver este problema? Porque raio a comunicação social não contabilizou de forma precisa os mortos que já aconteceram com o dengue? É este tipo de dualismo de atuação que me vai causando alguma confusão.
 

Celta7

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9 Março 2012
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MiguelDeco disse:
Mas não seria possível salvaguardar-se os idosos e os doentes de uma outra forma que não acabando com a economia de toda uma zona? Será que só agora se reparou que a nossa demografia está completamente invertida? Como se faz isto? Não sei, mas também é por isso que não sou político.
Não são só os idosos... são os idosos, doentes oncológicos, diabéticos, hipertensos... o grupo de risco representa uma fatia bem grande da população Portuguesa.

Quando leio neste fórum (ou noutros locais) coisas como "basta apenas proteger o grupo de risco", eu não faço a mínima ideia do que é que as pessoas estão a falar. Muito menos como é que isso se consegue com alguns milhões de pessoas quando nem os próprios lares têm conseguido dar conta do recado com apenas algumas dezenas de pessoas.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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Celta7 disse:
Não são só os idosos... são os idosos, doentes oncológicos, diabéticos, hipertensos... o grupo de risco representa uma fatia bem grande da população Portuguesa.

Quando leio neste fórum (ou noutros locais) coisas como "basta apenas proteger o grupo de risco", eu não faço a mínima ideia do que é que as pessoas estão a falar. Muito menos como é que isso se consegue com alguns milhões de pessoas quando nem os próprios lares têm conseguido dar conta do recado com apenas algumas dezenas de pessoas.
Os maiores de 65 anos representam cerca de 20% da população portuguesa. Mesmo que tivessem de ficar todos em quarentena (e nunca seriam todos, pois ter mais de 65 anos não significa necessariamente ser doente, há montes de velhotes sem complicações de saúde), isso nunca seria tão mau como pôr em quarentena 100% da pop. portuguesa. Seria complicado a vários níveis, mas não vejo como é que se pode evitar. Aliás, enquanto não houver uma vacina, os mais vulneráveis vão ter sempre de estar mais resguardados, não há alternativa. Ou seja, enquanto não houver uma cura ou vacina, os contactos intergeracionais vão ter de ser suspensos, por muito que custe aos velhotes não poderem abraçar e beijar os netos. É fodido, mas qual é a alternativa para quem tem o sistema imunitário comprometido? Arriscar-se a apanhar o vírus e correr sérios riscos de ir desta para melhor?
 

deco macau

Tribuna Presidencial
29 Outubro 2014
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Para os que pedem lockdowns para alem do razoavel (no caso de PT sera no final de Abril) depois nao se venham queixar de terem uma sociedade ao estilo dos hunger games...

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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Há coisas que o comum cidadão não percebeu.

A primeira é o estado de emergencia.Não serve para evitar infeccoes mas para as controlar a um ritmo que o Sistema de Saude consiga dar resposta.

Uma coisa é ter 11 mil infectados e 120 na UCI outra coisa é ter 300 mil e 30 mil na UCI.

O estado de emergencia tambem está a "ganhar" tempo para o desenvolvimento dos tratamentos(porque a vacina ainda demorará uns meses).

Eventualmente mais 1 mes tudo terá de voltar progressivamente ao normal(esperemos nós já com medicamentos eficazes) porque como estou sempre a dizer basta haver 1 ou 2 medicamentos eficazes na remoção limitação da infeccção humana para isto começar a bombar.

Imaginemos que o Remdesivir (o tal santo graal) funciona e consegue reduzir a infecção em 5 dias mesmos os casos mais graves.
Se conseguirmos uma quantidade de doses consideravel o coronavirus "desapareceria" em 3 ou 4 meses.

E outra coisa obviamente que um estado de emergencia não é sustentavel economicamente durante 1 ano ou mesmo 6 meses.

3 meses no máximo e as pessoas tem de voltar
 

Filipe01

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26 Março 2012
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MiguelDeco disse:
Mas deixo-te uma questão. O dengue tem uma taxa de mortalidade superior a este novo vírus. Porque raio a américa latina não fechou toda a economia para resolver este problema? Porque raio a comunicação social não contabilizou de forma precisa os mortos que já aconteceram com o dengue? É este tipo de dualismo de atuação que me vai causando alguma confusão.
Podes colocar ai quantas pessoas no ano passado morreram pelo dengue?

Desconheço completamente o número.
 

nuno queiros

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25 Abril 2007
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Já vivi 8 meses em Timor, sei o que é o dengue, por isso digo para não compararem o dengue com o Covid...

Basta analisarem a forma de contrair a doença, enquanto o dengue só pode ser transmitido de uma única maneira, que é pela picada do mosquito, o vírus que estamos a combater pode ser contraído de mil e uma maneira diferente...
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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nuno queiros disse:
Já vivi 8 meses em Timor, sei o que é o dengue, por isso digo para não compararem o dengue com o Covid...

Basta analisarem a forma de contrair a doença, enquanto o dengue só pode ser transmitido de uma única maneira, que é pela picada do mosquito, o vírus que estamos a combater pode ser contraído de mil e uma maneira diferente...
Mil e uma é como quem diz. Pode ser transmitido através de gotículas que atinjam a boca, o nariz ou os olhos, ou através do contacto com superfícies infectadas se a pessoa depois levar a mão àos olhos/nariz/boca. Não se transmite através da pele, e as gotículas não ficam em suspensão no ar, caem para o chão. Portanto, uma simples viseira elimina todas as hipóteses de contágio. 
 

John Wick

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31 Outubro 2019
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Fdx... o David Icke?

Um tipo que ganha a vida a criar teorias da conspiração? Haja um bocadinho de noção. Dar credibilidade ao David Icke é bastante pior do que do ser um "flat earther" fanático. O tipo diz que esteve numa sessão espírita e que lhe disseram que era um curandeiro enviado ao mundo para curar a terra. É um fenómeno até bastante natural, há muito maluquinho que adora este tipo de estórias e o David Icke aproveitou-se para facturar imenso dinheiro à custa dessa gente, que é o que todos estes criadores de teorias da conspiração e de cultos fazem.

Sou contra o You Tube ter apagado o tal vídeo dele, mas o tipo é um maluquinho sem qualquer tipo de credibilidade, cientificamente é um iletrado, diz alarvidades atrás de alarvidades e em termos de criatividade também não parece ter grande capacidade, já que as suas teorias se baseiam nas teorias dos outros maluquinhos todos. Ah e tal os illuminati, ah e tal os extraterrestres reptilianos da constelação "piu piu piu pardais ao ninho", metamorfos e que andam aqui escondidos no meio dos humanos a semear o mal e a discórdia.

Incrível como as pessoas levam estes tipos a sério.