É o que te disse: tem que ser por fases. Esta primeira fase foi importante pelos factores que te disse.
Agora em final de Abril, meio de Maio abre-se uma nova fase: é necessário re-abrir certos sectores da economia (sei lá, mecânicos, lojas de rua, centros comerciais), mas com cuidado: restrições de concentração de pessoas, uso de máscaras, luvas, etc.
Ao mesmo tempo é necessário testar, testar, testar. Tanto a nível de infeção como de imunidade. Quem estiver imune tem liberdade total. Quem não tiver, tem que ter cuidados. Mas é preciso ter este dados de forma individualizada. Dessa forma podem-se abrir escolas, etc.
Entretanto a vacina chegará, mas ainda estamos longe disso.
Repara uma coisa: como consegues isolar idosos ou pessoas na casa dos 60 do resto da sociedade? Habitualmente até são pessoas que requerem de cuidados e ajuda de populações mais novas. E vamos manter avós fechados 18 meses sem ver netos e filhos? É impossível fazer uma desagregação a esse nível.
Tem que ser algo gradual, nem que seja para dar confiança às pessoas. O que é que achas que acontecia se o governo deixasse andar tudo à solta? Uma grande parte da população simplesmente optava por fazer auto-contenção como, aliás, muita gente fez ainda antes do Governo mandar fechar as escolas. Terias na mesma um problema económico gravíssimo, provavelmente ainda pior por ser muito mais propenso a situações de social unrest (eu tive cuidado, eles não. O meu familiar morreu porque x ou y não tiveram cuidado ou porque o governo é que tem culpa, etc, etc)
Este problema é muito complexo e tem que ser bem gerido. Acima de tudo com o máximo de informações possível, pois sem boa informação não se tomam boas decisões. É óbvio que ninguém vai ficar fechado 2 anos, mas as restrições sociais (não como agora) vão ser para continuar.