Impacto económico do Covid-19

[Celta7]

Diz-me um exemplo de uma civilização que tenha prosperado sem economia. Uma.

A menos que alguém se consiga fechar em casa e produzir tudo o que precisa, a economia vai sempre existir. E sempre existiu, mesmo quando se resumia à simples troca directa de bens, sem qualquer moeda.

De qualquer maneira, pouco ou nada vai mudar depois disto. Quanto mais não seja porque uma pandemia é uma excepção à regra. E nos primeiros tempos após esta pandemia se calhar outros líricos como o António Costa aparecerão a dizer que temos de reduzir a dependência de outros países (nomeadamente da China) até perceberem que não há almoços grátis e essa tentativa de produzir cá dentro o que se compra lá fora, além de não ser realista, tem um custo: o nível de vida e o poder de compra.

 

[LuisFreitas]

Acreditas portanto num back to basics em termos de economia? O fim do capitalismo selvagem?
Gabo-vos a capacidade de sonhar.. Eu não consigo..

Aqui estou contigo. Mas ainda assim acredito em algumas mudanças.

Infelizmente nao vamos retroceder o necessário para deixarmos de ser dependentes de "mercados" que ninguém vê,do dinheiro "binario", de wall street e do Euronext. E isto nao consigo perceber, mas sinceramente tambem nunca me dei ao trabalho de tentar: como podem " meia duzia " de escritórios influenciar tudo em todo Mundo? Se fosse Marketing eu diria que eram os melhores: criaram a necessidade de existir tal como nos criam a necessidade de comprar.

Mas ainda assim acredito que possa haver uma menor procura de futilidades ( a necessidade de telemóveis e carros novos a cada 12 meses por exemplo, apesar de toda a rede econômica e dependentes que rodeia estes exemplos), um maior investimento em outras áreas que poderão compensar perdas noutros sectores.A necessidade aguça como diz o outro e isto talvez abra a pestana a muito empresário e apesar de ir custar e demorar acredito que a tal "economia", seja ela qual for irá ,depois de todos os fogos apagados ,sair mais forte. E se conseguirmos centrar no essencial melhor ainda

 

[Celta7]

Uma análise interessante à postura do Reino Unido e ao dilema que enfrentam à medida que se aproxima o fim do período de transição.

https://edition.cnn.com/2020/04/04/uk/coronavirus-brexit-collide-intl-gbr/index.html

 

[MiguelDeco]

A menos que alguém se consiga fechar em casa e produzir tudo o que precisa, a economia vai sempre existir. E sempre existiu, mesmo quando se resumia à simples troca directa de bens, sem qualquer moeda.

De qualquer maneira, pouco ou nada vai mudar depois disto. Quanto mais não seja porque uma pandemia é uma excepção à regra. E nos primeiros tempos após esta pandemia se calhar outros líricos como o António Costa aparecerão a dizer que temos de reduzir a dependência de outros países (nomeadamente da China) até perceberem que não há almoços grátis e essa tentativa de produzir cá dentro o que se compra lá fora, além de não ser realista, tem um custo: o nível de vida e o poder de compra.

Aliás, basta ver que algumas civilizações tiveram o seu fim porque não conseguiam acompanhar evoluções (entre elas na economia) que surgiam noutros pontos do hemisfério.

Deixo aqui um artigo interessante sobre isso:

https://www.bbc.com/future/article/20190218-are-we-on-the-road-to-civilisation-collapse

Quanto ao 2.º ponto eu não acredito, e sabes porquê? Porque neste momento Portugal tem mais relações comerciais com a China do que com os E.U.A, por exemplo. Ainda aqui há dias um ministro do governo francês dizia que tinha ficado surpreendido quando António Costa foi contra a aplicação de um maior controlo às empresas chinesas e garantias das condições de trabalho(julgo que foi isto) para a E.U. E a reposta dele foi "quando nós precisamos de dinheiro, os únicos que nos ajudaram foram eles..por isso.." E pensar-se que isto será mudado é meramente utópico. A china controla actualmente setores vitais das economias não apenas da Europa mas de todo o Mundo. E não deixa de ser irónico que seja um país comunista, aplicando princípios capitalistas, a colocar em causa esse mesmo sistema.

Isto há uns anos era impensável. Hoje é uma realidade que algumas pessoas vão rapidamente tentar mudar. Se conseguirão sem uma guerra (a comercial será vencida pelos chineses a longo termo, parece-me), também estou curioso..

https://www.nationalreview.com/news/cuomo-labels-u-s-reliance-on-chinese-medical-supplies-the-cruelest-irony/

 

[MiguelDeco]

Eu não disse nada disso. Não será o que disseste para os nossos tempos.

Então não sei que mudanças na economia poderão ser essas que façam que as coisas nunca mais sejam as mesmas..

 

[Devenish]

Devias meter na tua cabeça uma coisa que é a seguinte; há alturas para parar com discusões estéreis que não levam a conclusões nenhuma e esta é uma delas. É bom ocupar o tempo livre com coisas que nos distraiam ou nos façam evoluir mas esta não é seguramente uma delas nesta fase em que estamos. E eu dar-te uma resposta evasiva para isso e tu a tentares puxar por mim para uma discussão sobre um tema que não me interessa discutir agora, não falta aqui e noutros espaços quem esteja disposto a isso, comigo não porque a coisa que mais detesto é discutir o "sexo dos anjos" - o máximo 3 replies, depois cada um fica com a sua e quem ler que tire conclusões ou não as tire.
Comigo sobre esse tema fim de papo, até porque entrei nele por interposta pessoa do qual fizeste uma citação mas não total o que desvirtuava o que ele estaria a dizer ou a tentar dizer.

 

[André Farinha]

Trabalhadores do sexo na Tailândia sem meios de subsistência



https://www.youtube.com/watch?v=VEBz7rHhtcc

 

[nuno queiros]

Diz-me um exemplo de uma civilização que tenha prosperado sem economia. Uma.
Segundo, a ser verdade o que afirmas, porque raio os níveis de saúde são melhores nas economias mais ricas do mundo?
Terceiro, como se paga a saúde sem economia? Consegues explicar-me?

Vou tentar voltar a explicar, na história da humanidade (e desculpa mas não vou estar aqui a escrever muito) tiveste civilizações com diferentes formas de economia, e ao longo dos tempos as civilizações foram-se adaptando ao desenvolvimento normal dessa economia, começaram pelas trocas diretas até acabarmos no que conhecemos hoje (sei lá, isto é história do 7º ano acho eu)...pelos menos que se conheça, nunca nenhum historiador disse que uma civilização acabou por colapso económico, porque simplesmente, com maior ou menor dano, conseguem adaptar-se...

Por outro lado, tens vários exemplos de civilizações que desapareceram ou diminuíram de tal forma que foram absorvidas por outras por causa de doenças ou cataclismos atmosféricos por exemplo.

A saúde tem que estar em primeiro lugar, pois sem ela não há economia, isto é tão básico que nem sei explicar.

Para terminar, vou tentar responder resumidamente às outras questões, na primeira tentas fazer uma correlação sobre o estado da saúde com o desenvolvimento económico, dava pano para mangas, então se meter os EUA ao barulho esse argumento cai por terra, mas deixando os EUA de fora, é verdade o que dizes, mas os sistemas de saúde são melhores nos países com forte economia mas não é por causa da economia, tem a ver com uma variedade de factores (económicos incluídos)...basta ver o nosso SNS que é muito melhor que muitos sistemas de saúde de países mais forte economicamente que nós.

Por ultimo perguntas como se paga saúde sem economia, podia terminar perguntando como tens economia sem saúde, mas como não se deve responder a uma pergunta com outra pergunta, digo-te por exemplo que a saúde pode muito bem ser paga como tem sido paga até aqui, ou então lá está, voltamos ao inicio do post, a economia pode ser reinventada, nada é estanque...nada te proibe de pagares uma consulta com um saco de cenouras (desculpa o exemplo radical)...

Como é óbvio isto tem muita doutrina e divagação...o importante foi o que eu disse no post que tu citaste, primeiro cuidar da saúde para se ter força para voltar a reerguer a economia.

 

[Vlk]

Vou tentar voltar a explicar, na história da humanidade (e desculpa mas não vou estar aqui a escrever muito) tiveste civilizações com diferentes formas de economia, e ao longo dos tempos as civilizações foram-se adaptando ao desenvolvimento normal dessa economia, começaram pelas trocas diretas até acabarmos no que conhecemos hoje (sei lá, isto é história do 7º ano acho eu)...pelos menos que se conheça, nunca nenhum historiador disse que uma civilização acabou por colapso económico, porque simplesmente, com maior ou menor dano, conseguem adaptar-se...

Por outro lado, tens vários exemplos de civilizações que desapareceram ou diminuíram de tal forma que foram absorvidas por outras por causa de doenças ou cataclismos atmosféricos por exemplo.

A saúde tem que estar em primeiro lugar, pois sem ela não há economia, isto é tão básico que nem sei explicar.

Para terminar, vou tentar responder resumidamente às outras questões, na primeira tentas fazer uma correlação sobre o estado da saúde com o desenvolvimento económico, dava pano para mangas, então se meter os EUA ao barulho esse argumento cai por terra, mas deixando os EUA de fora, é verdade o que dizes, mas os sistemas de saúde são melhores nos países com forte economia mas não é por causa da economia, tem a ver com uma variedade de factores...basta ver o nosso SNS que é muito melhor que muitos sistemas de saúde de países mais forte economicamente que nós.

Por ultimo perguntas como se paga saúde sem economia, podia terminar perguntando como tens economia sem saúde, mas como não se deve responder a uma pergunta com outra pergunta, digo-te por exemplo que a saúde pode muito bem ser paga como tem sido paga até aqui, ou então lá está, voltamos ao inicio do post, a economia pode ser reinventada, nada é estanque...nada te proibe de pagares uma consulta com um saco de cenouras (desculpa o exemplo radical)...

Como é óbvio isto tem muita doutrina e divagação...o importante foi o que eu disse no post que tu citaste, primeiro cuidar da saúde para se ter força para voltar a reerguer a economia.

Concordo com praticamente tudo, mas há aqui um factor um bocado negro que vai influenciar a recuperação económica: culturalmente há países que vão aceitar um maior número de mortos do que outros. Esses países vão recuperar primeiro que os outros, e a pressão económica nos outros vai ser maior. Nem quer dizer que uns tenham mais mortos que os outros, mas que tendo em conta as vidas que os seus SNS poderiam salvar vão aceitar um bocado menos para salvar a economia. Azar dos Távoras, precisamente os países menos frios nesta análise são aqueles a quem isto bateu mais forte, os latinos do Sul da Europa.

 

[SUPERMLY]

Eu acho que vai haver mudanças umas maiores outras menores.

Já estamos a assistir a mudanças ao nivel do trabalho e da educação.

Mas acho que a maior será na saude especialmente na investigação.Estamos a falar de microorganismo que tem uma taxa de mortalidade baixa (abaixo dos 5%) e parou o mundo....

Imaginemos que é um virus como o H5N1 que é 10x mais mortal ou o proprio ebola.Ou ainda pior...uma superbacteria que resista a todos os antibioticos existentes(já foi detectada numa pecuaria na....China)

Um outbreak de H5N1 ou de uma superbacteria é o fim do mundo como o conhecemos e acho que a grande maioria das pessoas começa a perceber isso.

Só para que se veja o que tem sido feito na era Trump o orçamento do CDC foi diminuido em quase 25% apenas por ideologia (CDC é uma entidade publica).

Pode ser que as pessoas acordem para o facto que as ideologias politicas não são o principio nem o fim de nada.

Acredito que a sociedade tenha a capacidade de se reinventar e de evoluir

 

[Sakamoto]

Os portugueses são consumistas por natureza. Pode ser não ser logo a seguir, porque o dinheiro vai ser escasso, mas acredito que voltando as coisas a estarem encaminhadas, num espaço de tempo que não sei precisar, voltará tudo igual.

Acho um bocado utópico que se pense que vamos sair disto com uma consciência económica mais madura.

 

[Eclipsisboy]

Vai ser tudo igual. É deixar normalizar que as pessoas vao-se esquecer rapidamente de tudo.

 

[SUPERMLY]

É dever dos lideres desta geração que não deixem esquecer a sociedade.

E a forma de não deixar esquecer é começar a levar a serio a Natureza.

 

[Sakamoto]

ISEG prevê queda do PIB português entre 4% e 8% em 2020

https://www.sapo.pt/noticias/nacional/iseg-preve-queda-do-pib-portugues-entre-4-e-8_5e8b354923994a197a2ac4c5

 

[Morais]

O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou hoje que o Eurogrupo está a ponderar avançar com uma linha de crédito rápida destinada a Espanha que pode chegar a “uns 28 mil milhões de euros” para ajudar no combate à covid-19.

Este instrumento recorrendo ao Mecanismo Europeu de Estabilidade não implica a presença de “comissários”, nem de “troikas” a estudar a situação “como há dez anos”, e ajudaria os Estados-membros mais necessitados a fazerem frente à pandemia do coronavírus, adiantou Scholz em conferência de imprensa.

O ministro das Finanças considerou que se trata de “montantes notáveis” para contribuir para a estabilização económica e mostrou-se “confiante” de que o Eurogrupo alcançará uma “decisão comum” esta terça-feira.

Scholz pediu para serem deixados de lado “grandes debates” sobre os ‘corona-bonds’, pedidos por vários países da União Europeia, incluindo Portugal e Espanha, uma opção que já foi rejeitada pela Alemanha, Holanda e Finlândia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 676 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.887 óbitos em 128.948 casos confirmados até hoje.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.055 mortos, entre 135.759 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 9.648 mortos, são o que contabiliza mais infetados (337.646).

 

 

[André Farinha]

Indústria das pescas em perigo devido à pandemia


https://www.youtube.com/watch?v=ckvnKb6wmZo

 

[sirmister]

https://twitter.com/FranciscoALeite/status/1246895779891032065

 

[Dagerman]

Porque é que os americanos não fecharam o país e puseram toda a gente de quarentena no inverno de 2018/19?

"The overall burden of influenza for the 2017-2018 season was an estimated 45 million influenza illnesses, 21 million influenza-associated medical visits, 810,000 influenza-related hospitalizations, and 61,000 influenza-associated deaths."

https://www.cdc.gov/flu/about/burden/2017-2018.htm

 

[sirmister]

Porque é que os americanos não fecharam o país e puseram toda a gente de quarentena no inverno de 2018/19?

"The overall burden of influenza for the 2017-2018 season was an estimated 45 million influenza illnesses, 21 million influenza-associated medical visits, 810,000 influenza-related hospitalizations, and 61,000 influenza-associated deaths."

https://www.cdc.gov/flu/about/burden/2017-2018.htm

Covid é muito mais contagioso, e muito mais mortal...

 

[Dagerman]

Covid é muito mais contagioso, e muito mais mortal...

É mais contagioso e mortal do que a gripe, acredito. Mas não é de certeza mais contagioso e mortal do que o colapso económico que esta quarentena vai causar.
Em poucas palavras, e mais uma vez: não vai ser o vírus que vai dar cabo de nós, vai ser a fome, quando a cadeia de fornecimentos e de distribuição, que opera hoje a nível global, entrar em ruptura.
Tentar combater um vírus que já se tornou global e endémico com uma quarentena é A MEDIDA MAIS ESTÚPIDA QUE ALGUMA VEZ SE TOMOU À FACE DA TERRA. Se a ideia era criar o caos e fazer subir a taxa de desemprego para 50% daqui a seis meses, então estamos no caminho certo.

Quem devia estar de quarentena, até se descobrir uma cura ou uma vacina, eram as pessoas pertencentes aos grupos de risco. Todos os outros 80% deviam estar a fazer a sua vida normal. Contrairíamos todos a doença, cerca de 10% precisariam de cuidados hospitalares, e os restantes curavam-se em casa. Seria duro para essas pessoas, e uma carga pesada para o SNS, mas nada que não se resolvesse investindo umas centenas de milhões no SNS. Reter em casa 95% da população e destruir a economia é que não faz sentido nenhum, porque além de ser impossível secar o vírus dessa maneira, também não vai contribuir para salvar o SNS, porque com a destruição da economia o SNS irá igualmente pelo cano.