Guillem Cabestany - Ex Treinador

joaoalvercafcp

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13 Março 2012
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“ELOGIOS A MAIS ADORMECEM A MOTIVAÇÃO”

Em entrevista à “Dragões”, Cabestany classificou a sua equipa com uma nota “globalmente positiva”, mas “não excelente”

?Por Rui Cesário Sousa

A época vai sensivelmente a meio e ninguém melhor do que o treinador do FC Porto Fidelidade para fazer um balanço do que já foi jogado até agora. A DRAGÕES foi ao encontro de Guillem Cabestany, que, com a sua a frontalidade habitual, falou sobre os momentos mais marcantes da primeira metade da temporada portista, que o próprio classificou de “globalmente positiva, mas não excelente”. Os motivos estão todos nas linhas que se seguem.

Depois da conquista da Taça de Portugal a fechar a temporada passada, para Guillem Cabestany foi muito importante entrar a vencer na nova época. Foi a conquista da Supertaça António Livramento (com uma vitória por 13-7 sobre o Benfica), “um título importante”, que, segundo o treinador, ajudou, como ajudam todos, a solidificar o processo de crescimento de um projeto novo. Ainda assim, o técnico alerta que, mesmo ganhando, a equipa precisa de tranquilidade e sobretudo de tempo para poder recolher os frutos do trabalho e do crescimento.

Após a vitória na Supertaça, o FC Porto contou por vitórias os oito primeiros jogos do campeonato, mas ainda assim o seu discurso focou-se muitas vezes na confiança e na atitude da equipa. Sentia a equipa demasiado confiante?
Penso que as oito vitórias criaram a sensação de que tínhamos maturado o suficiente para controlar os momentos mais difíceis de cada jogo. Oito vitórias consecutivas são difíceis de conseguir em qualquer campeonato, mas a verdade é que nem sempre tínhamos o melhor nível, ou no trabalho semanal a equipa se desfocava um bocado do objetivo principal, que é crescer em todos os âmbitos. E a verdade é que só crescendo conseguimos ser mais fortes a cada jogo.

É importante que uma equipa jovem como a do FC Porto perceba que ter qualidade não basta?
A verdade é que esta equipa já sentiu isso e devemos ter essa lição muito presente. Por momentos sentimos que já estamos ao nível das equipas que têm conquistado os grandes títulos europeus ou os principais campeonatos e esse é um erro que se comete, até mesmo dentro do balneário. Quando pensamos assim, a probabilidade de dar um passo atrás é maior.

Exemplo perfeito disso foi a estreia pouco feliz na Liga Europeia frente ao Mérignac, com um empate (1-1) no Dragão Caixa?
É verdade. Muitas vezes diz-se que trabalhar sobre vitórias dá mais confiança e eu penso um pouco ao contrário. Elogios a mais, individuais e coletivos, adormecem a motivação, a ambição e a capacidade de trabalho. Num clube grande como este, em que felizmente se fala constantemente da equipa, dos jogadores e dos resultados, os elogios devem ser postos de parte e devemos estar conscientes de que queremos sempre mais, sabendo crescer com as vitórias.

Este texto é um excerto da entrevista com Guillem Cabestany publicada na edição de janeiro de 2017 da “Dragões”
 

grandeFCP

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25 Maio 2014
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Com este homem duvido que la cheguemos..

Tudo bem que em barcelos fomos nais uma vez roubados, mas ele colocou se a jeito. A ganhar por apenas um nao lhes podiamos dar o domínio e recuar tanto no terreno. E nem a 15 falta conseguimos sacar mais cedo....

É pôr fim a este projeto e encontrar alguem capaz para que na próxima época atacarmos o campeonato que ja foge à muito...
 

Pombal

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3 Abril 2010
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grandeFCP disse:
Com este homem duvido que la cheguemos..

Tudo bem que em barcelos fomos nais uma vez roubados, mas ele colocou se a jeito. A ganhar por apenas um nao lhes podiamos dar o domínio e recuar tanto no terreno. E nem a 15 falta conseguimos sacar mais cedo....

É pôr fim a este projeto e encontrar alguem capaz para que na próxima época atacarmos o campeonato que ja foge à muito...
O Porto sempre jogou assim nos jogos complicados, com Cabestany, e foi a defender atrás e a sair para o CA que ganhou 3 vezes ao Barcelona, goleou Benfica entre outros resultados bem conseguidos.

Se criticam o tipo de jogo do treinador, sejam coerentes e façam o mesmo quando ganhamos.
 

Philipp

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  • José Mourinho
Este tópico já está aqui à algum tempo mas deixei o primeiro comentários para agora (depois das nomeações já contava o que se ia passar neste sábado) porque não gosto da filosofia de meter em bicos de pés nas vitorias e meter-me no buraco nas derrotas.

Para mim o Cabestany é um grande treinador. Este FC Porto não é perfeito, tem lacunas. Mas o que vejo deste FC Porto desde os primeiros tempos com este treinador é uma evolução continua na forma como ele implementou as ideias na equipa. Este FC Porto tem a marca do treinador e os adeptos aplicam fielmente as suas ideias.

Evoluiu também naquilo que tinha de pior e na época passado chegamos muitas vezes a ter dissabores porque a equipa não encontrava soluções quando precisava de tomar conta do jogo e correr contra o prejuízo. Neste momento estamos muito melhores.

Provavelmente vai sair daqui sem nenhum campeonato nacional conquistado mas isso aconteceria com ele ou com qualquer outro que aqui aterrasse. Isto não é um campeonato, é um assalto à mão armada.
 

Sangue Azul

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Porto
Gostei de o ver no Dragaosinho a ver o jogo de andebol contra a lagartada e a vibrar com a nossa equipa
 

joaoalvercafcp

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13 Março 2012
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TUDO SOBRE CONTROLO

Carles López, adjunto de Guillem Cabestany, explicou à DRAGÕES como é feita a prepração física do FC Porto Fidelidade

Por Rui Cesário Sousa

Se um dia passar pelo Dragão Caixa e perguntar por Carles López Martínez provavelmente não obterá qualquer resposta. Caso queira saber do treinador adjunto da nossa equipa de hóquei em patins, principal responsável pela preparação física dos nossos jogadores, talvez seja melhor abreviar o nome para Lau, pois é assim que desde muito novo é conhecido entre familiares e amigos: “Sinto-me mais próximo das pessoas quando me chamam Lau”. Nasceu em Barcelona, a 19 de junho de 1982 (35 anos), e desde sempre esteve ligado ao desporto, em especial à preparação física, tendo mesmo chegado a orientar um nome bem conhecido dos portistas: Guillem Cabestany. Nesta conversa com a DRAGÕES, o catalão falou-nos um pouco sobre a sua história e do muito trabalho que desenvolve diariamente no FC Porto, ao lado de Cabestany e Jorge Ferreira.

Foi ainda durante os estudos de educação física na Universidade de Barcelona, que incluiu um Mestrado em Rendimento de Desportos Coletivos, que Lau López se iniciou como preparador físico no hóquei em patins. A primeira oportunidade foi-lhe dada pela formação do Noia, da localidade de Saint Sadurní d´Anoia, nos arredores de Barcelona, que disputa a principal divisão espanhola. E essa experiência haveria de o marcar para os anos que se seguiram: foi lá que conheceu e treinou Guillem Cabestany, o atual treinador do FC Porto, que então fazia a última época como jogador. Mais tarde, já como treinador, Cabestany, certamente agradado com o trabalho, convidou Lau para integrar a sua equipa técnica, primeiro nos quatro anos em que orientou o Vendrell e depois no FC Porto. Os caminhos separaram-se após essa etapa do Vendrell, com Cabestany a rumar a Itália, para orientar o Breganze, e Lau a mudar-se para o Reus. Separaram-se por motivos profissionais, que Lau colocou de parte no momento em que escutou o convite para rumar ao FC Porto, uma equipa que considera de “nível máximo” e com todas as condições para competir com as melhores do mundo.

Recuperar o físico e o mental
Construir e desconstruir, encher e esvaziar. Podem parecer termos estranhos quando nos referimos ao treino, mas foi esta a forma que Lau encontrou para nos explicar qual é primeira preocupação da equipa técnica após o final de um jogo. Vamos por partes: cada adversário obriga a equipa técnica a dotar os jogadores de informação específica, seja ela técnica, tática ou física, com movimentações específicas a executar. Tudo isto faz parte de uma construção que é feita ao longo da semana de treinos tendo por base não só as especificidades de cada jogador, mas também as do adversário. Ora, concluído o jogo, eliminar toda essa construção é a primeira preocupação a ter para iniciar o seguinte. “No fundo é esvaziar tudo o que foi absorvido e começar a construir uma nova realidade, tendo sempre por base o treinador e aquilo que ele quer que seja a nossa equipa”, diz-nos Lau, para quem a recuperação mental acaba por ser o maior desafio. Isto porque não há uma fórmula. Não se pode entrar na cabeça de jogadores diferentes da mesma maneira. Todos vêm de realidades diferentes e acontece que o mesmo jogador pode precisar de coisas distintas em momentos diferentes da época. O que quer isto dizer na prática? Lau explica: “Uns precisam de uma palavra, outros de um gesto, outros de um simples olhar… E há outros que até nem precisam de nada, apenas de treinar bem e de jogar para ultrapassar um mau momento”. Entramos, portanto, no domínio do psicológico e da confiança “fundamental” para o jogador e para a equipa.

Este texto é um excerto de uma entrevista com Carles López publicada na edição de abril da Dragões, já disponível nas bancas. Pode aceder aqui à versão digital da revista oficial do FC Porto, que inclui conteúdos multimédia exclusivos.
 

Philipp

Tribuna Presidencial
25 Janeiro 2015
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  • José Mourinho
Quero destacar no final do jogo de andebol, quando todos os jogadores, adeptos e crianças da Dragon Force estavam em volta dos telemóveis para saber as incidências do jogo em Lisboa ele era uma dessas pessoas que impacientemente esperava por boas noticias.

Nas modalidades amadoras é assim. É preciso fazer muito com pouco e a entre-ajuda é vital. Hoje foi o andebol, no Sábado é o HP e ele já sabe que vai ter de levar com o Miguel Guilherme.
 

apocalypto

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28 Novembro 2006
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Segundo ele, os três primeiros mereciam uma taça pelo campeonato que estão a fazer.

Nada mais a acrescentar.
 

Lobo1981

Bancada central
25 Maio 2014
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apocalypto disse:
Segundo ele, os três primeiros mereciam uma taça pelo campeonato que estão a fazer.

Nada mais a acrescentar.
Só por essa frase já devia ter guia de marcha no final da época... Não consegue assimilar e encarnar a mística do clube
 

lucho

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11 Abril 2008
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Vila do Conde, 1974
O homem não disse nada de extraordinário. É um campeonato muito disputado e os 3 estão muito regulares e todos eles a efetuarem uma boa prova. Quando se buscam todos os detalhes na procura de minimizar alguém então é muito fácil pegarem numa frase e darem-lhe o sentido pretendido...