Dragões Diário

[Dragão D'Ouro]

Neste dia, em 1918, Augusto Ferreira estreou-se com a camisola do FC Porto numa vitória por 2-0 frente ao Académico FC. Uma estreia como tantas outras, não fosse Augusto Ferreira conhecido no mundo do futebol como Simplício, o autor do emblema do FC Porto como o conhecemos hoje, desenhado pelo talento do jogador em 1922.

 

[Dragão D'Ouro]

Há 39 anos, 18 antes de Messi se estrear na equipa principal do Barcelona e de Derlei marcar o primeiro golo na inauguração do Estádio do Dragão, o FC Porto conquistava a segunda de cinco Taças de Portugal consecutivas no hóquei em patins, ao vencer, no Pavilhão da Luz, o Benfica por 6-3, resultado que dobrava a vitória conseguida dias antes nas Antas e que compunha um acumulado de 12-6 no conjunto das duas mãos. Realista e Vítor Bruno, com três golos cada, marcaram pelo FC Porto em Lisboa.

 

[Dragão D'Ouro]

18 Novembro:

Neste dia, em 1938, os sócios do FC Porto elevaram o tom dos protestos contra a utilização do Estádio do Lima por causa da elevada renda que o clube tinha de pagar e José Donas, o tesoureiro da instituição, propôs uma solução: ’Arranjamos trinta homens com algumas posses, ou com condições materiais que o permitam, distribuímos dez contos por cada um e começamos a construir um estádio’. Estava dado o primeiro passo concreto rumo à edificação das Antas.

 

[Dragão D'Ouro]

20 Novembro:

Neste dia, em 1988, Aurora Cunha escrevia nova página dourada no livro de honra de vitórias sem igual ao vencer a Maratona de Tóquio vestida de azul e branco com o tempo de 2 horas, 36 minutos e 26 segundos. No ano em que competiu nos Jogos Olímpicos de Seul, a fundista natural de Ronfe venceu ainda a Maratona de Paris e a São Silvestre de São Paulo.

 

[Dragão D'Ouro]

O dirigente que lutou pelos impossíveis deixou-nos há quatro anos. Poucas horas antes de subir ao relvado do Vélodrome, em Marselha, o FC Porto chorou a morte de Reinaldo Teles, sócio honorário que sempre lutou pela causa azul e branca. Foi atleta, seccionista, diretor, vice-presidente e administrador do clube que sempre amou e que ajudou a transformar num dos melhores do mundo, preferindo sempre “falar pouco” e “trabalhar muito”. Com muito labor, ergueu duas Ligas dos Campeões, duas Taças Intercontinentais, uma Taça UEFA e outra Liga Europa, uma Supertaça Europeia, 22 campeonatos, 13 Taças de Portugal e 20 Supertaças, recebeu o Dragão de Ouro em 1989 e o de Honra em 1998.

 

[Dragão D'Ouro]

4 Dezembro:

Há 75 anos, perante dez mil portistas, era colocada a primeira pedra do Estádio das Antas, palco de inúmeras glórias do clube. 45 anos volvidos, a 4 de dezembro de 1994, o FC Porto eliminou o Estoril da Taça de Portugal num triunfo por 3-1 em que marcaram Domingos Paciência, Jorge Couto e Zé Carlos.

 

[Dragão D'Ouro]

A tradição portista de distinguir figuras do clube é quase tão antiga como o próprio FC Porto e foi variando na forma ao longo dos tempos. Diplomas, medalhas e placas fazem parte de uma diversidade na qual cabe também o Troféu Pinga: instituído em 1963 e atribuído a partir de 1964, desapareceu das organizações portistas no começo da década de 1970.

Iniciativa de uma Comissão Pró-Sede do FC Porto, o troféu cumpria uma finalidade semelhante à do Dragão de Ouro e o seu aparecimento foi coincidente com a morte de Artur de Sousa “Pinga”, no ano de 1963. O nome do genial futebolista batizou o galardão, que representa a figura de um desportista em pé e a erguer uma tocha (simbologia olímpica).

Diferentes publicações atribuem a Henrique Moreira, “o Escultor do Porto”, a conceção deste troféu, entregue pela primeira vez na noite de 7 de dezembro de 1964, em cerimónia realizada no Pavilhão dos Desportos do Porto (hoje Super Bock Arena).

Foram distribuídos 26 Troféus Pinga, além de um exemplar destinado a integrar a coleção do clube, que hoje pode ser admirado no Museu FC Porto. Entre os distinguidos: Hernâni Ferreira da Silva, o Furacão de Águeda, que terminava a carreira como futebolista, e um jovem Artur Jorge, eleito futebolista júnior do ano. Um e outro seriam, anos mais tarde, Dragões de Ouro.

 

[Dragão D'Ouro]

Neste dia, há 117 anos, o Campo da Rainha acolheu o primeiro jogo internacional da história do futebol português e o convidado de honra foi o Real Fortuna, um dos clubes na origem do atual Celta de Vigo. O resultado não consta dos registos, mas o historiador Rodrigues Teles descreve o momento como a primeira tarde de glória do Futebol Clube do Porto. Dumont Villares, Brugmann, Romualdo Torres, Ernesto Sá, Soares, António Pinheiro, Ramos, Antunes Lemos, John Jones, Catullo Gada e Edward de Almeida atuaram de azul e branco no único campo relvado do país.

 

[Dragão D'Ouro]

17 Dezembro:

Neste dia, em 1997, Jardel só precisou de 45 minutos para marcar sete golos e assinar uma exibição memorável frente à Juventude de Évora. Jogava-se a quinta eliminatória da Taça de Portugal e os tricampeões recebiam os alentejanos numa gélida noite de quarta-feira que o Super Mário se encarregou de aquecer. Saído do banco ao intervalo, o futuro Bota de Ouro faturou de todas as formas e feitios – inclusive de letra –, e começou a aquecer os motores no início da estrada rumo ao Jamor.

 

[Dragão D'Ouro]

22 Dezembro:

Neste dia, em 1997, o FC Porto subiu ao relvado do Bessa para disputar o mais épico dos dérbis: Jardel abriu a contagem à meia-hora e Timofte respondeu logo após a bola ao centro; três minutos depois, o brasileiro voltou a faturar e o romeno só precisou de mais 60 segundos para repor o empate. Na segunda parte, aos 57, Gaspar recolocou os Dragões na frente, mas o Boavista viria a responder por Martelinho logo a seguir. A contagem só ficou fechada já na reta final, com um golo fantástico de Mielcarski que selou o triunfo do emblema das Antas por 4-3.

 

[Dragão D'Ouro]

Na véspera de Natal de 1933, os adeptos azuis e brancos foram presenteados com um triunfo marcante. Numa altura em que não havia pausa das competições, o FC Porto, curiosamente treinado por Joseph Szabo, recebeu e derrotou por 7-4 uma seleção de Budapeste composta pelos melhores jogadores do Honved, do MTK e do Újpest que, à época, eram também os mais conceituados da Europa. Foi “a melhor exibição do ano”, segundo a revista desportiva Stadium.

 

[Dragão D'Ouro]

25 Dezembro:

No dia de Natal de 1945, pouco depois de terminar a II Guerra Mundial, Correia Dias decidiu não dar descanso ao Atlético. Em campo para cumprir uma tradição à inglesa, o FC Porto goleou por 11-0 com cinco golos do avançado, todos marcados na segunda parte entre os 48 e os 82 minutos. Na penúltima época ao serviço do clube, o corpulento atacante de 103 quilos viria a deixar o nome gravado na vitória na Taça Arsenal, o maior troféu da história do futebol.

 

[Dragão D'Ouro]

27 Dezembro:

Há 86 anos, numa altura em que o profissionalismo estava longe de ser uma realidade, Pinga recusou uma proposta vantajosa do Vasco da Gama para continuar a vestir de azul e branco. Os brasileiros aliciaram o madeirense com 30 contos de luvas e mil escudos de ordenado, mas o genial avançado preferiu continuar a “viver entre Águeda e o Porto”. Idolatrado pelas massas, manteve-se de brasão abençoado ao peito durante mais oito anos até pendurar as botas em 1946.

 

[Dragão D'Ouro]

1 Janeiro:

Há 69 anos, o Estádio das Antas foi palco de um clássico entre o FC Porto e o Sporting no primeiro dia de 1956. A equipa de Yustrich precisava de ganhar para não desperdiçar a vantagem de dois pontos sobre o Benfica na liderança do campeonato e manter segura a aspiração de quebrar o jejum de vitórias na Liga que durava desde 1940. Depois uma primeira parte sem golos, o marcador foi aberto por Carlos Duarte, então regressado após dois anos de paragem por lesão, e reforçado por Jaburú e Hernâni. Vasques ainda reduziu, mas a vitória por 3-1 serviu para mostrar que o FC Porto continuava forte no ano novo e que não iria deixar escapar o título que tanto desejava.

 

[Dragão D'Ouro]

Há 68 anos não faltaram motivos para celebrar o Dia de Reis: reduzido a dez desde os 20 minutos, após expulsão precoce de Monteiro da Costa, o FC Porto venceu o Benfica por 3-0 com remates certeiros de Zé Maria, Hernâni e Jaburú. Pinho, Virgílio, Osvaldo Cambalacho, Miguel Arcanjo, Pedroto, Perdigão e Albano Sacramento completaram o onze às ordens de Flávio Costa, o sucessor de Yustrich e obreiro de um triunfo em inferioridade numérica que deixou as Antas em apoteose.

 

[Dragão D'Ouro]

15 de janeiro de 1974 foi o dia 1 de Teófilo Cubillas na Invicta. O craque planetário, que apenas dois anos antes tinha batido a concorrência de Pelé para arrecadar o prémio de Melhor Jogador da América do Sul, demonstrou desde logo uma qualidade técnica fora do normal, juntou-lhe 65 golos em 108 partidas e um contributo decisivo para a conquista da Taça de Portugal de 1976/77, a primeira após oito anos de jejum na prova rainha, sob a orientação de José Maria Pedroto.

 

[Dragão D'Ouro]

Há 14 anos, no Restelo, foram precisos 120 minutos e 30 penáltis para decidir a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal. O Belenenses até esteve duas vezes em vantagem, mas Radamel Falcao e Cristián Rodríguez responderam aos remates certeiros de Lima e adiaram a decisão para o tempo extra. Após um prolongamento sem golos e num desempate por grandes penalidades que pareceu interminável, cada equipa marcou 15 e Beto defendeu cinco, assegurando a qualificação para a fase seguinte da prova rainha.

 

[Dragão D'Ouro]

21 Janeiro:

Neste dia, em 2008, o FC Porto tornou-se um dos fundadores da Associação Europeia de Clubes, instituição criada a partir de um acordo entre o G-14, a FIFA e a UEFA. 17 anos volvidos, o emblema portista continua participar nos principais fóruns em que se discute o presente e o futuro do desporto-rei, nomeadamente o Comité das Competições de Clubes da UEFA.

 

[Dragão D'Ouro]

Neste dia, em 1943, o guarda-redes titular do FC Porto deixou a cidade sem deixar rasto. Béla Andrasik desapareceu de forma inesperada durante a Segunda Guerra Mundial e chegou a especular-se que o húngaro pudesse ser um espião dos Aliados em Portugal, mas investigações recentes vieram contrariar a teoria. Com a ajuda de Pinga e de Valdemar Mota, o guardião rumou a Lisboa e de lá fugiu para França, onde se juntou à resistência sem nunca esquecer o emblema que representou durante três anos. De acordo com um trecho das memórias de um dos seus companheiros de batalha, Andrasik nunca deixou para trás a fotografia mais especial que levou para a guerra - a da estreia pelo FC Porto.

 

[Dragão D'Ouro]

Neste dia, em 2002, José Mourinho era apresentado como o novo treinador do FC Porto. À chegada, o técnico natural de Setúbal deixou garantias de sucesso a curto prazo e o tempo dar-lhe-ia razão de forma retumbante. Durante as duas épocas e meia em que esteve no cargo, José Mourinho conduziu os Dragões à conquista de quatro títulos nacionais (dois Campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça) e dois internacionais (uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões).