26 Outubro:
Há 102 anos, em Assembleia Geral, os sócios aprovaram a criação do emblema e a bandeira do FC Porto tal como os conhecemos hoje. O momento histórico é descrito ao pormenor na
edição de outubro de 2022 da revista Dragões:
“Na noite de 26 de outubro de 1922, o FC Porto reuniu-se em assembleia geral extraordinária, convocada pela Direção, para discutir e aprovar duas propostas com profundo impacto na imagem e na identidade azul e branca. O serão, na sala do Centro Comercial do Porto, localizada na Praça Guilherme Gomes Fernandes, foi animado pela discussão de quase três horas entre os sócios presentes. Quando a reunião terminou, o brasão da cidade do Porto passou a fazer parte do emblema do clube.
A ideia de um novo símbolo, a incluir as armas da Invicta, já tinha muitos meses de ponderação e até transitou entre duas Direções. Quando os sócios do FC Porto foram chamados a aprovar a mudança, havia já para apresentar o emblema forjado no fogo da criatividade de Augusto Batista Ferreira, o célebre Simplício, avançado da casa e artista gráfico de profissão.
Simplício foi simples e eficaz: sobre a bola azul que era o emblema anterior, sobrepôs o brasão da cidade, que o FC Porto estava autorizado a utilizar por deliberação da Câmara Municipal do Porto. Na assembleia extraordinária de 26 de outubro, como se percebe através da ata da reunião, houve mais uma proposta em cima da mesa, levada pelo sócio Júlio Ferreira, mas viria a prevalecer o projeto da Direção, aprovado por unanimidade.
Ao vice-presidente Victor Hugo da Cal (irmão de Alexandre Cal: atleta, dirigente e primeiro treinador português da equipa principal de futebol do clube) coube a responsabilidade de apresentar o emblema concebido por Simplício e dar explicações numa assembleia em que também foi a votos a criação de um novo estandarte oficial.
Tanto o símbolo como, e sobretudo, a bandeira, potenciaram questões dos sócios, mas Victor Hugo da Cal contrapôs com a necessidade de uma decisão urgente e mostrou que a Direção também era avessa a isolar-se na responsabilidade da escolha, rejeitando uma proposta que pretendia atribuir esse poder aos dirigentes. A bandeira, tal como a conhecemos hoje, seguiu o mesmo caminho da unanimidade do emblema, que há 100 anos identifica o FC Porto em todo o Mundo”.