Recebi um igual, e dei-me ao trabalho de responder:
"Caro Francisco Marques,
Não tenho qualquer dúvida de que o vosso trabalho é, na sua maior parte, fazer a defesa do FC Porto, nem duvido que haja impacto da newsletter nos (miseráveis) media que temos.
No entanto, como sócio, adepto e simpatizante do FC Porto, e com todo o respeito que tenho pela newsletter, e consequentemente com quem nela está envolvido, mantenho a minha opinião de que de há muito que não me identifico, nem me revejo, na política de comunicação que vejo ser levada no FC Porto. Somos atacados, enxovalhados e achincalhados, quase diariamente, em todos os media, e o que vejo é, na maioria dos casos, uma atitude de deixa-os falar e assobiar para o lado como se estivesse tudo bem.
São insuficientes e inconsequentes as (poucas) bicadas que a newsletter dá, e estando ela em sintonia com quem manda no clube, inclusive fazendo de seu porta-voz, mais triste fico por ver o rumo que a comunicação tem vindo a seguir no meu (nosso) clube. Longe vão os tempos dos murros na mesa, do chamar os bois pelos nomes, de toda a gente dar a cara e o peito às balas pelo clube. Actualmente, está tudo acomodado, com os resultados que se vêem: não são poucas as vezes que somos (quase) ridicularizados pelos media.
Mais triste fico quando mais depressa vejo, e leio, indignações, ataques e até processos dirigidos a vozes críticas ligadas ao FC Porto (Miguel Sousa Tavares, Carlos Abreu Amorim, Vítor Baía, Tribunal do Dragão, apenas para dar alguns exemplos recentes), do que àqueles que efectivamente nos atacam, nos agridem, nos maldizem, nos insultam.
Agradeço a amabilidade da sua resposta, mas por agora serei um a menos a acompanhar a vossa newsletter.
Respeitosamente"