... presumo que o problema de Defour se coloque de forma bastante simples: é suficientemente bom para ser titular com regularidade?
Importa afirmar que se trata de um jogador útil e com qualidade. Reúne características como a polivalência, disciplina táctica, disponibilidade, entrega, ..., características essas que habitualmente se imputam a um determinado "tipo" de jogador: o jogador útil em qualquer plantel, que pode cumprir 90 minutos sem qualquer problema, mas que sente bastante dificuldade em atingir um estatuto de titular indiscutível. Poderíamos talvez colocar nessa categoria, com todos os riscos e injustiças que uma categorização acarreta, jogadores como Ricardo Costa, Sereno, Castro, etc., etc. O belga talvez não seja tão bom como Maniche, Meireles, Guarín, Moutinho (todos estes com alguma característica diferenciadora que lhes permitiam ser "algo mais"). Podemos afirmar que Defour é Defour, simplesmente. No entanto devemos considerar o risco de isso ser insuficiente para um lugar no onze.
Podemos perguntar porquê Defour e não Castro. Se esta pergunta não for de todo descabida para os adeptos, então tal acontece porque consideramos que ambos se encontram, relativamente, a um nível semelhante. Se assim for, tendo em conta que um foi emprestado e o outro permaneceu no plantel, talvez não seja de todo estapafúrdio concluir que nenhum dos dois é, neste momento, um jogador sobre o qual se possa afirmar "eis o titular do nosso meio-campo".
Defour terá que continuar a trabalhar, a mostrar que é útil, a tentar mostrar um pouco mais que isso. Caso contrário, poderá correr o risco de cair novamente na sombra de alguém.