Gunther De Vos, que trabalha no jornal "Nieuwsblad", não conseguiu entrevistar Defour devido às restrições impostas pelo FC Porto, mas mediu-lhe o pulso antes da partida com o Braga. "Como estava antes do jogo? Esteve sempre tranquilo, mesmo quando percebeu que Fernando não ia jogar e que, dessa forma, seria titular", começou por contar Gunther De Vos. Pelos vistos, Defour nem sequer se assustou com a tarefa de substituir Fernando, mesmo sabendo que encontraria pela frente Mossoró, um dos médios mais difíceis de controlar do campeonato português. "Ele percebeu que ia ser o médio mais defensivo da equipa, porque é sempre assim quando joga com Moutinho e o Lucho. Mas ele não estava assustado, até porque já tinha jogado naquela posição no Standard de Liège e mesmo no FC Porto. Aliás, até me disse, com um ar divertido, que com eles em campo, só tem de se limitar a correr. Ele corre, enquanto Moutinho e o Lucho resolvem", contou.
O caminho de Defour em Portugal também tem sido feito de uma forma consistente, com o belga a conquistar lentamente o seu espaço na equipa. No entanto, já houve quem duvidasse do seu valor, uma dúvida que nem pode ser considerada injusta. Na Bélgica, a perspetiva é outra. "No início da época não percebíamos como é que ele não jogava. Mas depois percebemos: a qualidade do plantel do FC Porto é muito grande. Aliás, agora, ele tem à sua frente jogadores como Moutinho e o Lucho. Não é fácil, mas ele é paciente e sabe que vai ter a sua oportunidade", explicou De Vos, que identificou ainda o aspeto em que Defour mais cresceu ao longo do ano. "Ele está fisicamente mais forte. Evoluiu muito. Ele contou-me que os treinos em Portugal são muito mais duros e que até já perdeu dois quilos desde que chegou", revelou.