Não está errada a citação; o teu argumento, pelo contrário, está. Quiseste utiliza-lo para justificar algo que não tem nada a ver. Pronto, se não é o normal, e se a decisão desse comité é a luz verde para a aprovação, estamos a discutir o quê? Questões de semântica, simplesmente.
Repito, não sei como hoje em dia alguém consiga argumentar contra o primeiro confinamento. Se não tivesse acontecido, os número de infetados e mortes teriam sido desastrosos. Mais, sem esse confinamento a economia iria sofrer, talvez, ainda mais. A Suécia, à la D.Quixote, também questionou a a eficácia do confinamento... neste momento é o que se vê.
Mais uma vez, lá estás tu a deturpar as minhas palavras. Eu não admiti que houve medicamentos responsáveis por milhares de mortes ou milhões de outros problemas. Disse sim, que é normal que tenha ocorridos mortes mas que, em comparação com o universo de pessoas que tomaram esses medicamentos, a proporção é ínfima. Mostra-me qual a vacina ou fármaco que terá estado na origem de milhares de mortes e milhões de problemas.
Não, tu é que, mais uma vez, não entendeste. Eu apenas disse que podias esperar sentado em relação ao facto de a vacina ser aprovada antes de dia 3 de novembro, no sentido de garantir uma vantagem para o Trump nas eleições americanas. Contigo não vale a pena, tu deturpas as palavras para que te dá jeito.
A tecnologia utilizada nesta vacina da Pfizer (e da Moderna) é um processo relativamente simples sim. E ninguém, nem mesmo a BioNTech/Pfizer garantiram uma data exata para a libertação da vacina, porque isso depende sempre de vários fatores externos, entre os quais, e algo tão trivial, a velocidade com que as infeções vão acontecendo nos ensaios clínicos. Quanto mais rápido se atinge um determinado número de infeções previamente estabelecido, mais rápido se poderá avaliar a sua eficácia; se essa velocidade for mais lenta, mais tempo demorará a obter esses dados. Por isso, isto é um processo dinâmico e dependente de vários fatores, logo ninguém pode garantir uma data exata. Quanto muito podem estimar essa data, e isso começou a ser feito a partir do momento em que as sucessivas fases dos ensaios clínicos foram sendo ultrapassadas com sucesso. Aliás, a única que apontou uma data exata (a AstraZeneca/Oxford, para setembro), falharam redondamente.
Em relação ao cancro, e ainda mais à vontade estou para falar, trata-se de uma doença multifatorial, com vários mecanismos que levam à sua formação e com características únicas de crescimento independente e com capacidade de escapar à resposta imune do nosso organismo. Já muito investimento foi feito no tratamento do cancro, e muitos passos já foram dados (há certos tipos de cancro em que a sobrevivência é quase garantida quando diagnosticados a tempo). No entanto, e dado a natureza multifatorial da doença, é muito difícil encontrar apenas um tratamento. Estás a querer comparar doenças completamente diferentes, tanto a nível etiológico, como a nível patofisiológico. Atualmente, poder-se-á considerar a SIDA uma doença crónica. E é um bom exemplo dos avanços que foram dados.
Mas já vi que contigo não dá para discutir. Deturpas frases para o que te convém, desvias-te sempre do foco da discussão com exemplos fora do contexto. Tentei, se mesmo assim manténs essa tua toada, é lá contigo.
Se queres tentar contra argumentar este assunto, pelo menos informa-te de como as coisas se processam em ciência. E não venhas com argumentos baseados em desconhecimento.