Quanto ao ponto 1 tu pediste a fonte e eu dei-ta. Se está errada não sei. A verdade é que é mencionado o facto de que as recomendações, e pese embora na sua maioria sejam obviamente validadas, isso não resulta de qualquer obrigatoriedade dessas recomendações. São isso mesmo, recomendações. Isto não é uma questão de semântica. O que isto quererá dizer é que posteriormente a esta recomendação existirá a possibilidade do FDA agir de forma diferente. Não será o normal mas pelos vistos já terá sucedido. Acho que a frase explica muito bem isso.
Não está errada a citação; o teu argumento, pelo contrário, está. Quiseste utiliza-lo para justificar algo que não tem nada a ver. Pronto, se não é o normal, e se a decisão desse comité é a luz verde para a aprovação, estamos a discutir o quê? Questões de semântica, simplesmente.
Quanto ao ponto 2 é uma conversa gasta na medida em que tivemos um confinamento total da economia com n.ºs que foram superados em imensa escala nos últimos tempos e a medida de confinamento total da economia não voltou a ser utilizada. E volto a referir que mais lá para a frente saberemos onde é que este confinamento total da economia foi viável para as pessoas que perderam o emprego, para as pessoas que morreram porque tiveram consultas adiadas ou porque tiveram medo de ir para o hospital. E as que irão morrer agora que não têm emprego nem dinheiro para cuidados médicos. Mas desde que não seja por covid as pessoas já não se importam... Quanto ás vacinas, se existem tantas questões a serem levantadas sobre a aplicação das mesmas em alguns grupos específicos será porque possivelmente poderão constituir um risco maior para a sua saúde do que benefício.
Repito, não sei como hoje em dia alguém consiga argumentar contra o primeiro confinamento. Se não tivesse acontecido, os número de infetados e mortes teriam sido desastrosos. Mais, sem esse confinamento a economia iria sofrer, talvez, ainda mais. A Suécia, à la D.Quixote, também questionou a a eficácia do confinamento... neste momento é o que se vê.
Quanto ao ponto 3, já é um começo que tenhas admitido que existiram lapsos do FDA na análise de alguns medicamentos que resultaram na morte de milhares de mortes e a criação de milhões de outros problemas muito mais gravosos do que aqueles que supostamente curariam. Talvez exista,afinal, alguns precedentes históricos que justifiquem alguma reserva que as pessoas tenham relativamente a este tipo de situações. Podemos finalmente estar de acordo que o FDA nem sempre acerta E que por vezes tem consequências mortais. É que não foi isso que disseste anteriormente (e não falemos novamente das questões das pressões sobre o FDA quando se sabe que alguns destes casos que te falei já eram conhecidos pelo FDA e que pura e simplesmente foram ignorados por certos motivo$). E quanto a mim, eu raramente tomo medicação. Só em últimas instâncias é que tomo alguma coisa para curar enxaquecas que por vezes me dão. E volto a repetir aqui o que já disse anteriormente. Se a vacina for obrigatória eu tomarei a vacina. Não sou anti vacinas nem sou parte dos maluquinhos negacionistas. Agora que tenho reservas sobre esta vacina lá isso tenho. Como tenho sobre a vacina da gripe, por exemplo.
Mais uma vez, lá estás tu a deturpar as minhas palavras. Eu não admiti que houve medicamentos responsáveis por milhares de mortes ou milhões de outros problemas. Disse sim, que é normal que tenha ocorridos mortes mas que, em comparação com o universo de pessoas que tomaram esses medicamentos, a proporção é ínfima. Mostra-me qual a vacina ou fármaco que terá estado na origem de milhares de mortes e milhões de problemas.
Quanto ao ponto 4, tu não entendeste o que eu quis dizer. Se tu disseste que eu podia esperar sentado, eu entendi que, e à semelhança do que era dito na altura pelos especialistas, a vacina estaria num cenário distante (lembro-me que algumas pessoas apontavam apenas dezembro de 2021 como uma data possível para as vacinas). O que eu estava a questionar era sobre o facto de tu teres dito, agora, que afinal era um processo simples uma vez que já existia imenso trabalho efetuado com base em estudos anteriores. Pois bem, se esses estudos já existiam, e se o processo afinal era tão simples como tu disseste, então porque raio não disseste/ram isso logo no início da pandemia? Porque não disseste aqui, no início da pandemia, e como especialista da área como vejo que és, que dado que já existiam décadas de estudo desta matéria a existência de uma vacina seria um processo rápido e simples? É que vires dizer isso agora soa um bocado aquela analogia que mencionei do euromilhões. E volto a referir, se o fizeste, cá estarei para me penitenciar.
Não, tu é que, mais uma vez, não entendeste. Eu apenas disse que podias esperar sentado em relação ao facto de a vacina ser aprovada antes de dia 3 de novembro, no sentido de garantir uma vantagem para o Trump nas eleições americanas. Contigo não vale a pena, tu deturpas as palavras para que te dá jeito.
A tecnologia utilizada nesta vacina da Pfizer (e da Moderna) é um processo relativamente simples sim. E ninguém, nem mesmo a BioNTech/Pfizer garantiram uma data exata para a libertação da vacina, porque isso depende sempre de vários fatores externos, entre os quais, e algo tão trivial, a velocidade com que as infeções vão acontecendo nos ensaios clínicos. Quanto mais rápido se atinge um determinado número de infeções previamente estabelecido, mais rápido se poderá avaliar a sua eficácia; se essa velocidade for mais lenta, mais tempo demorará a obter esses dados. Por isso, isto é um processo dinâmico e dependente de vários fatores, logo ninguém pode garantir uma data exata. Quanto muito podem estimar essa data, e isso começou a ser feito a partir do momento em que as sucessivas fases dos ensaios clínicos foram sendo ultrapassadas com sucesso. Aliás, a única que apontou uma data exata (a AstraZeneca/Oxford, para setembro), falharam redondamente.
Quanto ao ponto 5 o especialista sobre a dificuldade do tratamento das doenças não sou eu. O que gostaria de saber é se, por exemplo, se alguns cancros tivessem este tipo de agenda mediática que o covid tem, e se conseguissem movimentar os milhões de investimento que esta doença movimentou, também poderiam ser resolvidos em tempo milagroso como este foi.. Ou por exemplo, será que a sida em ambiente de redes sociais teria tido uma resolução milagrosa também? É que ao contrário deste vírus, a taxa de letalidade nessas doenças é infinitamente superior.
Em relação ao cancro, e ainda mais à vontade estou para falar, trata-se de uma doença multifatorial, com vários mecanismos que levam à sua formação e com características únicas de crescimento independente e com capacidade de escapar à resposta imune do nosso organismo. Já muito investimento foi feito no tratamento do cancro, e muitos passos já foram dados (há certos tipos de cancro em que a sobrevivência é quase garantida quando diagnosticados a tempo). No entanto, e dado a natureza multifatorial da doença, é muito difícil encontrar apenas um tratamento. Estás a querer comparar doenças completamente diferentes, tanto a nível etiológico, como a nível patofisiológico. Atualmente, poder-se-á considerar a SIDA uma doença crónica. E é um bom exemplo dos avanços que foram dados.
Mas já vi que contigo não dá para discutir. Deturpas frases para o que te convém, desvias-te sempre do foco da discussão com exemplos fora do contexto. Tentei, se mesmo assim manténs essa tua toada, é lá contigo.
Se queres tentar contra argumentar este assunto, pelo menos informa-te de como as coisas se processam em ciência. E não venhas com argumentos baseados em desconhecimento.