Tinha pensado mesmo nisso. O fascismo por trazer por casa.
é uma análise histórica, da inspiração do mesmo.
Por muito que eles digam que os seus presidentes eram todos anti fascistas e que eles eram do povo e tatatari tatatara, é palavreado de boteco.
Uma coisa é analisar um ou outro tipo que passa pela presidência que tem as suas ideias, ou dizer que o clube "é do povo" na perspectiva insignificante de que tem muita representação numérica no povo, pois que o povo é aquele que é mais seguidista das ideias exactamente "populistas".
O que interessa para identificar o espírito do clube é todo o simbolismo, a semiótica que está por trás da cultura do mesmo, de onde esta bebe, o que a suporta.
Todos os símbolos do benfica são inspirados em motivos da ordem que apontei. E a inspiração dos mesmos está onde apontei.
Numa linguagem expressa e num formato tirado das grandes manifestações populistas do início do Sec XX.
Mão está em 1904 porque aí foi fundado um dos clubes de que originou o clube depois da fusão nem em 1906 quando o clube Sport Lisboa e Benfica passou realmente a existir. Nessa altura o futebol nem sequer era um desporto de massas, e era olhado de lado pelas entidades como um "anglicanismo", nem haviam hinos, as manifestações populares eram de cariz muito espontâneo e a simbologia era mínima.
Cá, como em geral na Europa fora Inglaterra, é a partir da década de 30 até 50's que se começa a construir a simbologia dos clubes, porque o futebol acaba por se disseminar como fenómeno colectivo, com as suas "tribos" e a sua força já o fazia ser assimilado pelos estados e entidades que antes o rejeitavam como algo externo.
A simbologia dos mesmo cresce no período de maior florescência dos estados autoritários e dos regimes na Europa, o "interbellum" e o "pós bellum".
E inspirado nos mesmos.
No FC Porto vês um hino popular, despretensioso, que fala das vitórias do clube, da sua cidade, em meias palavras da repressão sofrida (quando alguém se atrever a sufocar) e de como isso é um factor de ainda maior união.
É um hino de clube e para o clube.
O hino deles é composto como disse com uma poesia despropositadamente armada em erudita, num tom como disse de hino político semelhante aos hinos dos referidos camisas negras e às composições do poeta e criador do fascismo D'Annunzio, mas onde o "orgulho nacionalista" é transferido para "orgulho benfiquista", como bem sumarizaste um ego colectivo. Que é a característica de 3 coisas, partidos políticos de índole extrema, religiões e seitas.