Eu sempre tive bem presente a ideia de que quanto menos dívidas melhor. Dorme-se mais descansado e é-se muito mais livre.
Quando tive de pedir um empréstimo para comprar casa, há vinte anos, pedi o mínimo dinheiro possível. E sempre que consegui juntar uma quantia significativa, em vez de estourar em carros novos e férias, fui amortizando a dívida, até que no ano passado consegui pagar o pouco que ainda faltava.
Quanto à presente situação, não creio que os juros vão baixar. Porquê? Porque vejo a economia a ser estrangulada deliberadamente (Covid, Ucrânia) e o consumo a ser desincentivado por razões políticas (as chamadas "alterações climáticas").
Na verdade, os nossos amos sabem que a era do crescimento/ consumismo não tem mais por onde andar, e isto por motivos físicos/ecológicos (população em constante crescimento num planeta finito), e estão portanto a forçar o decrescimento. O seu objectivo declarado é que o povo seja "feliz sem ser dono de nada".
Quem não puder pagar a prestação da casa não irá morar para a rua, porque isso geraria demasiado conflito social. Em vez disso, a habitação será subsidiada pelo estado, à boa maneira comunista, porque assim como assim a dívida pública já não interessa, são apenas números num computador, é mais trilião menos trilião. Então as pessoas viverão em casas do estado, seja qual for a sua modalidade, receberão o rendimento básico universal em moeda digital, com sorte terão TV grátis, e serão escravos obedientes até ao fim da sua vida (que não será muito longa porque o acesso a cuidados de saúde e alimentação saudável será só para os ricos, como ainda hoje nos países subdesenvolvidos).
Então, se eu tivesse um empréstimo muito alto, o que faria era vender a casa o mais depressa possível e tentar alugar. Se não conseguisse um aluguer por preços decentes, preferia ir morar para um rulote do que trabalhar um mês inteiro para enriquecer o senhorio.