Já reparei que o assunto causa algum melindre por aqui.
Ao longo dos anos precisamos de ajudas de portistas sim. Zero fantasia. Mas não dependíamos dessas ajudas para “inscrever nas provas profissionais”. Atirar Boavista, Aves, Nottingham Forest para a conversa é pura fantasia
Eu estou disposto a discutir. Tanto é que já te dei vários argumentos que justificam o meu ponto.
Fico a aguardar os teus. Porque dizer que o clube não está na falência porque sim não acrescenta nada.
Então dependíamos dessas ajudas para quê?
Obrigado Presidente por voltar a dar a confiança aos adeptos de que em cada negócio o interesses do clube estão acima de tudo e de todos.
Acabaram os tempos dos negócios duvidosos, das comissões e intermediações que só favoreciam todos menos o clube.
Acabaram os tempos dos negócios duvidosos, das comissões e intermediações que só favoreciam todos menos o clube.
Acho que dizer que a minha visão sobre o estado financeiro do clube “é porque sim” é um bocado injusto.
Mas vamos lá começar pelos teus argumentos:
“O clube estava na falência. O clube tinha dezenas de processos em tribunal por dívidas. O clube tinha salários e prémios em atraso. O clube não tinha dinheiro para fazer face às suas obrigações com fornecedores, bancos, funcionários, etc. O clube estava na falência. E se continuasse com o mesmo tipo de gestão dos últimos anos, era uma questão de tempo até o clube ter que vender a SAD ou transformar-se num Aves da vida.”
Primeiro de tudo: a SAD tinha muitas dívidas atrasadas no seu passivo. Ou dito de outra forma muito passivo em dívida, em atraso. Isso é verdade.
Tinha pagamentos em atraso com fornecedores, funcionários. Com bancos não porque quase não temos dívida bancária e a pouca que temos é paga.
Não me lembro de “dezenas” de processos mas houve os suficientes. A história desses processos é pouco relevante. As pessoas estavam no seu direito.
Salários e prémios em atraso também verdade.
Isso tudo que dizes com algumas correções é verdade.
Mas depois saltas para o clube estava em falência. Ora nada do que descreves quer dizer falência. Nenhuma empresa na história das empresas faliu pela descrição que fazes.
Era como eu dizer o paciente tem uma dor crónica no ombro e o paciente não consegue andar sem coxear. O paciente está morto.
O paciente neste caso estava sim a ser mal gerido financeiramente sobretudo na parte de gestão de ativos (terrível) mas também é um paciente que está dependente um modelo de negócio que não tem receitas lineares.
Por isso é normal que quando estás mal andes a negociar com os credores prazos de dívida e pagamentos.
Não é o ideal mas não estás falido.
Aliás mais ou menos sempre foi uma situação que aconteceu ao longo de toda a história que conheço do FC Porto. Às vezes pior, às vezes melhor mas sempre presente.
Falido era se os teus credores e outros stakeholders achassem que os teus activos e a tua continuidade operacional estava em risco.
Isso nunca aconteceu.
Podemos analisar a qualidade da gestão financeira mas falar de falência não faz sentido.
Nota que a nova direção do FCP tirando os 250,000 que meteu o AVB (sem desprimor) está a resolver os problemas do FCP com ativos deixados pela anterior direção. Dito de forma mais correcta está a resolver o passivo deixado pela última direção com ativos deixados pela última direção.
Isso não tira valor nenhum ao trabalho que está a ser feito que é bem bom. Sobretudo a Dragon Notes. Mas a resolução do problema baseia-se em vender jogadores que estavam lá, em monetizar (leia-se criar passivo) receitas que estavam lá e um bocado de redução de custos (hopefully).
Se a empresa estivesse à beira da falência como dizes isto seria impossível.
Tesouraria
A gestão de ativos melhorou estratosfericamente.
E ainda tem espaço para melhorar mais. Com a melhoria da parte desportiva.
A definição de falência é essa. Bastava um destes credores fartar-se e pedir a insolvência da SAD (e o clube ia atrás). Se o Porto já teria falido neste momento? Provavelmente ainda não. Se era uma questão de tempo? Obviamente que sim.
Acho mal, por acaso. Acho que a direcção de AVB devia vender em Janeiro os jogadores que tinha contratado no verão.
Eu não disse nada disso. Mas se o teu interesse é a caricatura força.
Isso é muito vago.
Tu próprio dizes que o clube tinha pagamentos em atraso com fornecedores, funcionários. Salários e prémios em atraso.
Se tínhamos isso tudo em atraso é mais do que provável que o dinheiro que pedíamos a amigos tipo Póvoas (ou ao AVB, Oliveira, o próprio JK) era para pagar coisas que efectivamente se não pagássemos, colocavam o clube em risco. Por alguma razão o próprio PdC dizia que o clube devia favores inestimáveis ao JK.
Não estás enganado. Não é assim que funciona a falência. Isto de quem já passou em tangente por algumas.
Não estava falido. Não era uma questão de tempo até estar falido.
Agora podes dizer um FCP frágil em permanente malabarismos é para efeitos práticos igual a estar falido.
Ai já estamos a falar de opiniões.
E antes disso o homem da revigres e muitos outros que safaram muitas situações.
O que queres dizer com o clube (imagino que queiras dizer SAD e indirectamente o clube) em risco? Risco de acabar? Não
Enfim favores ao Koheler… remains to be seen. Não vi grandes favores. Vejo um tipo que sabia mexer-se nos mínimos e em terra de cegos quem tem meia pestana…
Quer dizer, só faltava mesmo isso.
Quando há uma falência, primeiro paga-se aos credores. Depois vêm os funcionários e o estado. Finalmente os fornecedores.
Mais uma vez não estou a defender o modelo de gestão financeira e sobretudo de gestão de ativos que tínhamos. Estou a alertar que é o mesmo modelo que tivemos sempre. Nos bons e maus momentos. Muito arriscado e muito vamos dizer primitivo.
E como qualquer modelo arriscado e primitivo quando as coisas começam a acumular acumulam muito depressa. Um ano muito mau limpa 2/3 anos normais.
Fico muito contente por as coisas serem feitas agora de forma mais correcta e digamos assim normal.
Mas ainda é um modelo dependente de consistentemente fazer grandes vendas anuais. Ou seja ainda tem um grau de instabilidade grande.
Disso acho que nunca nos vamos livrar
E como qualquer modelo arriscado e primitivo quando as coisas começam a acumular acumulam muito depressa. Um ano muito mau limpa 2/3 anos normais.
Fico muito contente por as coisas serem feitas agora de forma mais correcta e digamos assim normal.
Mas ainda é um modelo dependente de consistentemente fazer grandes vendas anuais. Ou seja ainda tem um grau de instabilidade grande.
Disso acho que nunca nos vamos livrar
Não primeiro não se paga aos credores. Mas como não estamos nem nunca estivemos em falência podemos gerir quem pagamos primeiro e isso se calhar também era o problema
Atenção que quem disse que o clube devia favores inestimáveis não fui eu.
Pinto da Costa: «FC Porto deve favores inestimáveis a João Koehler» - Vídeos - Jornal Record
Hombre não estou a dizer o contrario e não tenho dúvidas que na cabeça dele o achasse.
Pessoalmente não gosto do personagem e já disse ad nauseum porquê