Ou simplesmente não tem qualidade para ser titular no FC Porto.
Encrava todo o jogo da equipa. Ofensivamente, contam-se pelos dedos de uma mão as jogadas com pés e cabeça que a equipa faz em que esteja envolvido. Defensivamente, aos poucos vai caindo o mito do jogador raçudo e combativo, que se mata a ganhar bolas. Simplesmente não é verdade.
Eu também faço parte do grupo das pessoas que não gosta do Herrera, portanto para mim é um sofrimento imenso ver pelo menos um dos dois, constantemente, a ser titular no meio-campo do meu clube, outrora ocupado por Lucho González, João Moutinho, Raúl Meireles ou Maniche.
A diferença é que o Herrera sempre traz mais qualquer coisa de positivo ao jogo da equipa e ontem isso foi evidente, nos minutos em que o Herrera esteve em campo.
Até o Danilo começou a jogar melhor. Antes, passou o jogo todo a passar a bola para o lado para o André André, que se punha ao lado dele e foi inúmeras vezes responsável por começar a construção da equipa que é algo que, por si só, já nem sequer me entra na cabeça. Enquanto estiveram os dois em campo, foram uma nulidade. Até chegaram a disputar uma mesma bola que terminou com o Danilo a espetar-lhe uma joelhada nas costas. O Herrera, pelo menos, entrou, chegou-se mais à frente e o Danilo, pasme-se, foi logo obrigado a fazer uns passes para a frente (!) porque não tinha o André André enfiado ao lado dele.
O André André não é mais que um jogador útil. A não ser em eventuais picos de forma, não é jogador para decidir nada, não traz nenhum brilho a um jogo. Não rasga, não rompe, não marca, não aparece. Muito menos é para ser utilizado contra o Boavista em casa.