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??A CICATRIZ SIMBOLIZA A MINHA CARREIRA E A MINHA HISTÓRIA
Alex Telles explicou a origem da marca que traz no corpo na entrevista à revista Dragões
Por João Pedro Barros
2013 foi um grande ano para Alex Telles, mas também ficou marcado pela grave lesão que sofreu ao serviço do Grêmio. Ao ser levado para o hospital, a principal preocupação foi avisar a família.
24 de fevereiro de 2013. A data diz-lhe alguma coisa?
Foi um baque na minha vida. Já tinha tido uma lesão no ligamento cruzado quando estava no Juventude e estive sete meses parado. Nesse dia tive uma lesão na cabeça, afundei a frente, num choque cabeça com cabeça com o Gabriel. Era um clássico, o Grêmio-Internacional, a família estava toda no campo a assistir porque o jogo era na minha cidade, em Caxias do Sul. Foi um trauma muito forte, fiquei três meses afastado. Muitas pessoas perguntam pela minha cicatriz, se é corte de cabelo, mas não tenho vergonha dela, porque simboliza a minha carreira e a minha história. Se não fosse ela talvez não estivesse aqui hoje, nunca se sabe. Tive muita força de vontade, uma família que apoiou sempre, a minha mulher sempre a dar-me força. É também por eles que estou aqui hoje e isto serve-me de motivação.
É verdade que teve presença de espírito para pedir aos repórteres da rádio para avisar a família de que estava tudo bem?
Quem me conhece sabe que sou muito de família, caseiro. A minha noiva estava a chegar de viagem no dia do jogo e a ver na televisão, a família estava toda no campo, e então fica uma preocupação maior. Estava muito mal, não desmaiei por pouco, mas pedi para avisá-los e tranquilizá-los. Vou fazer isso sempre, independentemente da situação.
Excerto da entrevista a Alex Telles publicada na edição de janeiro de 2017 da Dragões, a revista oficial do FC Porto.