O problema é que em diálogo de absurdos ninguém ganha só perdeOs dois estabeleceram, neste debate, o grau zero da política, com um discurso populista. Sem exceção.
O problema é que em diálogo de absurdos ninguém ganha só perdeOs dois estabeleceram, neste debate, o grau zero da política, com um discurso populista. Sem exceção.
Atacou Ventura e procurou desferir alguns golpes que este por norma aplica aos adversários. Interpelou-o, fez-lhe cara feia, atirou-lhe um par de comentários ácidos e cortantes. Torna-se normal e não mais foi que um debate típico com Ventura, com a cacofonia e os excessos habituais. Quem debate com o líder do Chega sabe que parte para um provável jogo de boxe, de regras incertas, e não para uma discussão política. A crispação que tomou conta desta contenda foi a mesma que apanhou outros líderes partidários. Que são confrontados com um problema de difícil resolução: como enfrentar um tipo selvático cujo comportamento aparenta colher admiração e aprovação de parte significativa do eleitorado. Mortágua não emulou a postura marmórea e estadista de PNS, é certo, e é possível que nem todos se possam dar a esse luxo, mas não fez nada de particularmente extraordinário. Confrontou Ventura com a suas posições mais frágeis, como a recente polémica das tarifas. Tal como PNS usou o programa da IL contra Rui Rocha ou o último instrumentalizou as posições do PCP sobre a Ucrânia no fecho do debate entre o próprio e Raimundo. Chutou para canto o que lhe era incómodo, à semelhança do que têm feito todos os debatentes e defendeu o que tem por hábito defender e o que é conhecido ao programa do BE.
O problema é que não resulta grande coisa deste tipo de confronto, por muito que alguns encontrem valor de entretenimento ou um qualquer interesse retórico e performativo. Nem sempre se consegue debater com quem não quer o debate ou não aceita as suas regras. Quem debate com Ventura não pode recear sujar-se, não pode furtar-se ao combate, sob pena de ser assoberbado pelas ondas incessantes de ataques e argumentos desconexos e passar uma imagem de fraqueza. Se conseguir passar-lhe ao largo, muito bem; se não conseguir, tem de ter a capacidade de tapar o nariz e arregaçar as mangas. Pode ser necessário. Foi isto o que Ventura trouxe, num grau muito particular, e normalizou com sucesso.
Ventura tem sorte, por enquanto. Ainda não surgiu um contraponto seu à esquerda. Alguém que lhe ofereça um mala de viagem em pleno debate televisivo ou o mande ir dar uma volta com os seus amigos pedófilos. Lá chegaremos, sobretudo se o eleitorado continuar a dar sinais de recompensar acções políticas do tipo Chega e Ventura e os partidos tradicionais continuarem a não satisfazer.
O direito à propriedade privada não é absoluto nem ilimitado, como qualquer outro direito. Para mais quando se fala da propriedade de um bem escasso como a habitação. É politicamente legítimo legislar para evitar a concentração de bens imobiliários, estimular o seu uso ou limitar os rendimentos deles extraídos. Há quem aplique limites de renda, há quem impeça a venda de casas a cidadãos estrangeiros, quem privilegie o aumento da propriedade estatal ou camarária em detrimento da privada... não se pode esperar que o BE apresente soluções características de outros partidos e linhas políticas.
A câmara acompanha a família durante 5 anos sem grandes evoluções, a situação sai nas notícias, torna-se mediática, e voilá, arranjam-lhes uma casa em menos de um mês.Muito bem!
"por vizinhos"
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Câmara de Valongo vai atribuir casa à família de Ermesinde aterrorizada por vizinhos
A Câmara de Valongo anunciou, nesta segunda-feira, que vai atribuir em maio uma casa municipal à mãe e filha menor que vivem há cinco anos sob a ameaça dos vizinhos, em Ermesinde, e que estão sem água há oito meses, por lhes terem feito desvios do contador.www.jn.pt
É uma medida liberalissima.Trump quer regresso das minas de carvão, mas corta nos apoios à saúde dos mineiros
Isto é Trump!!
O problema é que existe uma falange da população portuguesa que gosta desse estilo.De todo. Há um antes e um depois de Ventura e do Chega. O discurso popular e populista, em maior ou menor grau, sempre esteve presente na política e nos partidos nacionais. Já a agressividade, o desrespeito, a virulência, a desfaçatez... que agora se atingiu, é um presente envenenado de Ventura e do Chega ao sistema democrático português. Há um antes e um depois de Ventura, e do Chega, na forma e até mesmo no conteúdo da luta partidária; e, infelizmente, qualquer debate em que Ventura participa arrisca a degradação total.
Pode-se discordar de Mortágua, de Raimundo, de Rocha, Montenegro, PNS... das suas propostas mais populistas ou infundadas, sem prejuízo de um confronto minimamente decente e aceitável. Com Ventura é impossível... e é impossível por vontade e estratégia do próprio. Cabe aos restantes compreender como contornar o lodaçal de Ventura e ponderar se é ou não benéfico lutar na lama com o porco. É uma pena que tenhamos resvalado para este estado de coisas.
O PS, a reboque do BE e do PCP, com os seus extremismos é que abriram espaço para o surgimento do chega.Eu não disse que a Mortágua era pior que o Ventura, ou que tenha sido ela também a instituir esse discurso. Disse que, neste debate, ela esteve igual a ele, creio que o primeiro ataque até tenha vindo dela.
Considero o Ventura e o Chega muito piores que Mortágua e BE, mas não me engano acerca destes últimos: o Chega abriu o caminho para maior polarização e extremismos na sociedade, e o BE seguiu com gosto, embora ainda estando longe desse grau zero da política. É-me impossível qualificar de outra forma quem defende a aniquilação prática do direito de propriedade privada, ou se não defende, pelo menos permite.
Sim, a estratégia do Ventura é deliberada e envolve tudo o que disseste. Cabe aos restantes não chafurdar do mesmo modo que o porco; a questão é que Mortágua decidiu também chafurdar. Provavelmente não chafurdou tanto, mas chafurdou.
ninguém é obrigado a votar no chegaO PS, a reboque do BE e do PCP, com os seus extremismos é que abriram espaço para o surgimento do chega.
O chega é uma causa e não um efeito. É preciso os camaradas aqui do tasco perceberem que não é com o seu discurso ignorante, idiotico e preconceituoso para com o povo português que vão combater o populismo do polo político oposto.
A única coisa que o Chega tem é a imigração.O PS, a reboque do BE e do PCP, com os seus extremismos é que abriram espaço para o surgimento do chega.
O chega é uma causa e não um efeito. É preciso os camaradas aqui do tasco perceberem que não é com o seu discurso ignorante, idiotico e preconceituoso para com o povo português que vão combater o populismo do polo político oposto.
O Ventura mentiu mas ninguém quer saber que ele mentiu porque uma falange das pessoas acha que não importanteserá que o Ventura até numa parvoíce destas mentiu? Ó
cheque se precisarem de psicólogo... já se precisarem antes de psiquiatra vão para o crl, esperem 6 meses por consulta.Há interessados por aqui?
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Já está em vigor o cheque-psicológico: o que é e como pode beneficiar - Executive Digest
No início de abril de 2025, foi publicada a lei que prevê a criação de uma rede de serviços de psicologia nas escolas públicas e instituições de ensino superior. De acordo com as novas regras, os estabelecimentos devem garantir um psicólogo por cada 500 alunosexecutivedigest.sapo.pt
acho uma estupidez os políticos fingirem que não têm dinheiro e tal...O Ventura mentiu mas ninguém quer saber que ele mentiu porque uma falange das pessoas acha que não importante
Acho que o grande problema do BE é ter um programa eleitoral que simplesmente não é popular.
Depois, torna-se estranho continuar a defender exatamente as mesmas ideias sobre imigração quando o contexto muda. Uma coisa é termos imigração dentro de limites que a maioria tolera, outra é estarmos a falar de um milhão e meio de imigrantes.
É como manter as mesmas políticas de apoio à natalidade com 0,7 filhos por casal ou com 2,5 – o cenário muda, e a abordagem também devia mudar.
Ontem até comentei com a minha namorada: à esquerda fazia falta um líder com garra. Alguém tipo os tempos do PCTP/MRPP, sem papas na língua, que não tivesse medo de o mandar para o crl. Já se discutiu isto mil vezes, mas às vezes bastava cortar-lhe o micro quando não é a vez dele falar, não mostrar a cara dele quando é o outro a responder, ou ter um moderador que impusesse regras claras e as fizesse cumprir. Percebo que para a televisão aquilo seja ouro, dá mais audiências do que ouvir um político a falar de propostas. Mas sinceramente, a única medida concreta que lhe ouvi foi baixar o IVA da construção – como se fosse uma ideia super inovadora e espectacular de que nunca ninguém se tinha lembrado. O resto é ruído.
As pessoas estão tão habituadas a que os políticos mintam que mais 1 ou menos 1 não é importante( para elas).acho uma estupidez os políticos fingirem que não têm dinheiro e tal...
...mas vai na volta ele é que tem razão e as pessoas dão muita importância a essas coisas.
O gajo mora na zona do Parque das Nações, que é apenas a zona mais cara de Lisboa.será que o Ventura até numa parvoíce destas mentiu? Ó
já veio dizer que se "enganou"O gajo mora na zona do Parque das Nações, que é apenas a zona mais cara de Lisboa.
Acredito que a casa/apartamento dele não seja muito grande, que ali tudo custa para cima de um dinheirão.
Mas 30 m2... Oh Ventura, vai-te lá foder homem, ninguém acredita nisso.