Eu não tenho problemas nenhuns em entrar no meu prédio e ter os corredores a cheirar a chamuças e a caril. Nem tenho problemas que o tasco que servia vinho de pacote, presunto, iscas e tinha meia dúzia de borrachões à porta agora seja uma chafarica que vende kebabs e meia dúzia de marmelos encostados à parede da rua.
A cultura é um ser vivo em constante transformação. Não vale a pena dizer que ser português é isto ou aquilo quando há 100 anos atrás éramos completamente diferentes.
No entanto, há direitos que Portugal e a sociedade ocidental conquistou que são inegociáveis.
Ver uma mulher de burka ou lá como se chama o cortinado que traz na cabeça é uma afronta a todas as mulheres e a sua liberdade. E isso, para mim, não é nem devia ser permitido.
Não podemos permitir tudo em nome do multiculturalismo. O mundo não é a Rua Sesamo onde no fim do dia acabamos todos de mãos dadas a cantar uma canção.
É um local feio onde basta uma pequena distracção para regredirmos centenas de anos.
Mas também não há como não adorar a hipocrisia que reina na esquerda caviar deste país relativamente ao multiculturalismo.
Mas isso fica para outro episódio.