Não, não existe alternativa. O PS não é uma alternativa, porque em termos de ética consegue ser igual ou pior que o PSD. No que toca à governação, então aí nem se fala: o povo (diga-se: 70% da população portuguesa) está farto da governação do PS. A simpatia que possa ter por certas figuras desse partido não se equipara a um desejo de governação.
Prova disso mesmo é o facto de o PS com o PNS não conseguir ter uma vitória clara sobre o PSD de Montenegro. Qualquer outro partido com um qualquer outro líder conseguiria isso.
Apesar da nova e boa postura nos debates, os portugueses não se enganam e bem sabem que é uma mera estratégia eleitoral. O Pedro Nuno continua a ser o mesmo jovem turco impulsivo, descoordenado, sem mão e da ala esquerda do PS.
É muito triste que o Rui Tavares passe uma campanha inteira a demonstrar ser um sidekick do PS, quando tem valor suficiente para roubar muitos votos a esse partido e tornar o LIVRE numa relevante força política em Portugal. Não escolheu assim, preferindo ser o Dr. Watson do PNS e apostando em tiradas populistas sem sentido.
Ainda que o PS ganhe estas eleições, tal não constituirá uma vitória desse partido e do seu líder, mas sim uma derrota do PSD. Do mesmo modo que uma vitória do PSD não o será verdadeiramente - antes uma escolha inevitável face a um partido sujo e a um líder fraco da oposição. A única forma de não se perspetivarem desse modo as coisas será com uma vitória considerável de um desses dois partidos, que revelará mérito.
Nota final: vejo que o Tavares ainda não se cansou da treta de não contar o Chega para as contas parlamentares, importantes para a formação de um novo governo. Acaso estará ele à espera que a AD, num eventual cenário desses, contasse com PCP? Ou até mesmo com um BE, que sendo democrata, é inequivocamente populista, existindo argumentos válidos para apontar algum extremismo?
Rui Tavares: “Temos uma alternativa. O eleitor só não se livra de Luís Montenegro se não quiser”