Actualidade Nacional

Teófilo Cubillas

Tribuna Presidencial
25 Maio 2013
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Então as sondagens favorecem o Montenegro? Isto está pior do que a twilight zone. Que manipulação descarada. Eu tinha vergonha.

AD e Montenegro chamuscados com a crise política: primeira sondagem indica empate técnico com o PS

Sondagem da Pitagórica (feita para a TSF-JN-TVI-CNN Portugal) sinalizam que a crise política prejudicou a AD e a imagem do primeiro-ministro. AD mantém-se à frente, mas com empate técnico com o PS. Chega foi o partido que mais desceu

(...) AD e PS registam a menor diferença entre si desde que foi iniciado o estudo (...)

(...) Numa semana apenas, a distância entre PS e AD passou de 8,4 pontos percentuais para 4,7 pontos percentuais. (...)



"Jogada de mestre. Xadrez. " 😂
 

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Então as sondagens favorecem o Montenegro? Isto está pior do que a twilight zone. Que manipulação descarada. Eu tinha vergonha.

AD e Montenegro chamuscados com a crise política: primeira sondagem indica empate técnico com o PS

Sondagem da Pitagórica (feita para a TSF-JN-TVI-CNN Portugal) sinalizam que a crise política prejudicou a AD e a imagem do primeiro-ministro. AD mantém-se à frente, mas com empate técnico com o PS. Chega foi o partido que mais desceu

(...) AD e PS registam a menor diferença entre si desde que foi iniciado o estudo (...)

(...) Numa semana apenas, a distância entre PS e AD passou de 8,4 pontos percentuais para 4,7 pontos percentuais. (...)



"Jogada de mestre. Xadrez. " 😂
A questão é a do costume, compravas um carro em segunda-mão ao Montenegro?
Eu comprava.
Provavelmente em notas, que é para não pagar imposto.
 
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1. Ecoando a posição defendida por Montenegro, há quem entenda que o Governo precisa da confiança do Parlamento para poder continuar a governar e a executar o seu programa.
Mas há aqui um óbvio equívoco político: no nosso sistema constitucional, os governos não precisam da confiança parlamentar para governar; só precisam de não ter a sua desconfiança (e se manifestada por maioria aboluta), o que obviamente não é mesma coisa. É esse regime de não-desconfiança - que foi uma opção constitucional deliberada, que permite os governos minoritários.
De resto, este Governo "passou" na AR sem nenhum voto de confiança ou de aprovação; e se tal voto tivesse existido, não teria passado. Na apresentação do Governo à AR, o líder do PS declarou então que não votava a rejeição do programa de governo (proposta por vários partidos) e que, portanto, não inviabilizava o Governo, mas advertiu enfaticamente que não votaria qualquer moção de confiança que o Governo viesse a solicitar à AR. Foi na base desse compromissso explícito que o Governo "passou", apesar de ser o mais minoritário que tivemos. E foi o mesmo espírito de compromisso que permitiu ao Governo passar o teste do orçamento em dezembro e, por estes dias, passar incólume as moções de censura de que foi alvo, sempre mercê da abstenção do PS.
Montenegro deve, portanto, o lugar de PM e a subsistência do Governo a esse compromisso com o PS, que este perseverou em respeitar.
2. Mas é justamente esse compromisso que, menos de um ano depois, ele e o PSD agora deitam ao lixo, deslealmente, ao apresentarem uma moção de confiança e ao exigirem ao líder do PS que cruze a sua "linha vermelha" e declare, através do voto, a sua confiança no Governo.
Montenegro não pode ignorar que o único Governo minoritário da nossa história democrática que avançou para uma moção de confiança (o I Governo de Mário Soares, em 1977), perdeu-a e viu-se demitido, pelo que não foi seguramente por acaso que nenhum dos vários governos minoritários posteriores (do PS e do PSD) repetiu a ousadia. O atual PM vai manifestamente contra a lógica e contra a história, ao desafiar a oposição a dar-lhe a confiança política, de que, aliás, não precisa (como mostrei acima), e com uma agravante em relação a 1977: Soares não sabia antecipadamente o resultado da votação e tinha a esperança de que o PCP se abstivesse (o que não veio a acontecer), enquanto agora Montenegro sabe antecipadamente que a sua moção não vai passar.
Ora, continuando Montenegro a denegar o esclarecimento cabal, que o PS reclama (e bem!), sobre a sua ligação efetiva à empresa "familiar" que ele criou para continuar a exercer a anterior sua atividade profissional, este pedido de confiança, que é especialmente dirigido contra o PS, a quem ele deve a investidura parlamentar, tem de ser designado como o que é: uma provocação política qualificada.
Se houvesse dúvidas, esta conduta politicamente pouco digna mostra que ele não merece mesmo a confiança que pede à oposição.