A imigração do subcontinente indiano causou um aumento na criminalidade - negá-lo é ser negacionista. Qual a razão? Essencialmente cultural.Há muitos gunões monhés. Curiosamente até são muito parecidos com os portugueses.
A minha cena não é desculpar a imigração como se fosse todos uns porreiraços. A minha cena é mesmo que em determinadas circunstâncias nos comportamos da mesma forma, seja tuga, sueco, brasileiro ou do Bangladesh. Estar a reduzir a criminalidade ao aumento da imigração como se fosse uma questão cultural (caralho, ouvi a bimba da Cristina Ferreira a falar dos imigrantes como “ essa gente que vem para aqui e não respeita as mulheres” como se fôssemos um país exemplar nesse aspecto) é um argumento super simplicista que alimenta o racismo e a xenofobia e serve os interesses do ciganão do Ventura.
A diferença entre esta afirmação e a dos cheganos reside num pilar fundamental: enquanto a minha assenta num prisma cultural, a do Ventosga é rácica, mesmo que eles recusem esse rótulo.
O subcontinente indiano possui uma panóplia de culturas, embora para o português médio seja tudo a mesma coisa. A Índia e o Paquistão, p.e., têm matrizes culturais bastante diferentes.
Não obstante, uma coisa em que a Índia, o Paquistão, o Bangladesh, o Nepal, etc. comungam é isto: rape culture. Esta expressão não é minha, foi adotada pelas feministas desses países e se pesquisarem poderão encontrar imensos artigos sobre esse tocante.
A cultura de violação é absolutamente nojenta: são de longe os países que mais padecem desse imbróglio, onde tal é visto como "normal" e as vítimas sofrem repressões nos mais diversos âmbitos. Em termos legais, não existe o reforço fáctico das normas anti-violação. Aliás, de acordo com o Código Penal dessas nações, se um homem violar a sua mulher (i.e., se efetivamente casados), não existirá qualquer violação, pois não relevam isso como violação.