@joaovilasboas , as grandes potências comportam-se e comportar-se-ão como tal, actuando na defesa dos seus interesses; essa é a realidade. As regras formais têm a força que têm. Não me deterei sequer na questão das promessas feitas (ou não) acerca da expansão a este, pois o alargamento aconteceu. As consequências eram expectáveis. Alguma vez os russos aceitariam de bom grado a presença de tropas da NATO ao longo das suas fronteiras? O Ocidente deveria ter precavido atempadamente o cenário actual. O que fazer em caso de invasão russa?... tinham já anexado a Crimeia e tomado parte da Geórgia. Se o curso histórico seguido foi este e não outro, tornava-se imperativo ter um plano de acção. Afinal não há nenhum plano e a Ucrânia encontra-se em péssimos lençóis.
A Rússia não mudou de sítio, ... encolheu inclusive, a NATO alargou-se até aos bálticos num mundo sem uma contra-aliança soviética. O comportamento dos países não mudou. Já o momento hegemónico dos Estados Unidos está a mudar. Alguém julga que a China está agradada com a presença de inúmeras bases norte-americanas nas imediações da sua costa e fronteiras? Os Estados Unidos são o único país com centenas e centenas de bases militares espalhadas pelo planeta. Fará sentido do ponto de vista norte-americano e dos seus aliados. Outros países terão outras perspectivas.
Do ponto de vista ético, tanto se impunha uma condenação absoluta às guerras russas como à matança levada a cabo por Israel. Cuja ocupação dos territórios palestinianos, diga-se, viola há décadas o direito internacional. Se uns condenaram com frouxidão a invasão russa, se tergiversaram, se justificaram, se legitimaram, se, quanto a Gaza, não chegaram sequer a manifestar-se... cada um responde por si. Pessoalmente, parece-me muitíssimo bem que se tenha prestado apoio à resistência ucraniana. Melhor seria se não tivéssemos chegado a este ponto. Parece-me também abominável que não haja sanções a Israel, sequer a suspensão do fornecimento de armas. Os poderes fácticos não se resumem a um dos lados da contenda. No caso da invasão à Ucrânia, ainda se tentou fazer alguma coisa. Já quanto ao que se passa em Gaza...
A Rússia não mudou de sítio, ... encolheu inclusive, a NATO alargou-se até aos bálticos num mundo sem uma contra-aliança soviética. O comportamento dos países não mudou. Já o momento hegemónico dos Estados Unidos está a mudar. Alguém julga que a China está agradada com a presença de inúmeras bases norte-americanas nas imediações da sua costa e fronteiras? Os Estados Unidos são o único país com centenas e centenas de bases militares espalhadas pelo planeta. Fará sentido do ponto de vista norte-americano e dos seus aliados. Outros países terão outras perspectivas.
Do ponto de vista ético, tanto se impunha uma condenação absoluta às guerras russas como à matança levada a cabo por Israel. Cuja ocupação dos territórios palestinianos, diga-se, viola há décadas o direito internacional. Se uns condenaram com frouxidão a invasão russa, se tergiversaram, se justificaram, se legitimaram, se, quanto a Gaza, não chegaram sequer a manifestar-se... cada um responde por si. Pessoalmente, parece-me muitíssimo bem que se tenha prestado apoio à resistência ucraniana. Melhor seria se não tivéssemos chegado a este ponto. Parece-me também abominável que não haja sanções a Israel, sequer a suspensão do fornecimento de armas. Os poderes fácticos não se resumem a um dos lados da contenda. No caso da invasão à Ucrânia, ainda se tentou fazer alguma coisa. Já quanto ao que se passa em Gaza...