Actualidade Internacional

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
72,797
46,622
Conquistas
2
  • Março/22
  • Abril/19
A crise na indústria automóvel não é uma questão de dependência externa, mas uma consequência do mercado livre. Essa coisa do mercado livre, que muitos defendem profundamente, exceto quando se encontram no lado perdedor de uma assimetria competitiva.

Há uma linha que separa aquilo que é protecionismo e cumprimento de normas regulatórias. A minha opinião é de que a UE há muito deveria exigir aos mercados que exportam para a Europa as mesmas regras que exigem aos players internos. Nomeadamente em termos de normas ambientais, segurança, laborais, de forma a não criar uma distorção de mercado. Aqui reside o primeiro problema, que é essencialmente político: diz à China que não pode exportar veículos elétricos devido às questões laborais dos trabalhadores que produzem esses veículos, mas também tens de dizer aos EUA que não vais comprar produtos agrícolas ou cosméticos que não cumprem com requisitos químicos ou de culturas modificadas não permitidas na Europa, ou de gás oriundo de fracking. Ou dizes à Argentina que não importas carne, devido às condições em que é produzida. Etc, etc. É uma falha regulatória que penaliza a indústria europeia que é obrigada a seguir essas normas e que lhe retira competitividade perante produtos semelhantes a que não são imputados esses custos extra.

Não é segredo nenhum que defendo mercados regulados e máquinas de Estado fortes. Não é uma ideologia de esquerda ou de direita, até porque ambos tendem nos seus extremos para sistemas anárquicos. O mercado tem de funcionar, livre ou não, garantindo critérios semelhantes e concorrência justa. Dava jeito parar de olhar para a árvore (setor automóvel) e compreender como evitar a próxima queda, e a próxima queda depois dessa e a outra e a outra...
Não disse isso, o que estava a dizer é que a industria automóvel é a ultima grande industria europeia, e a industria no seu todo foi sendo exterminada. E com isso a europa foi ficando cada vez mais dependente da industria externa.

E sim a europa está do lado perdedor, e já disse varias vezes que foi porreiro viver á conta da china e redondezas quando eles eram pobres e faziam coisas baratas, e isso cada vez mais é uma miragem.. agora o que muitos defendem profundamente é importar mão de obra escrava e aproveitar isso uns anos..

Já só tens uma arvore, a floresta já ardeu há muito tempo, não há mais nada para cair.. Aço e metal, Maquinaria pesada, industria naval, etc já são coisas extintas no seculo passado.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
6,333
7,883

Perfeito..
Isso já tem uns dias.
Ninguém morre de frio, porque o clima em Gaza é como no Algarve, segundo ele.
Bebés mortos são fake news.
Os corredores de apoio estiveram sempre abertos e a ONU é mentirosa.

E logo a seguir tiveste uma jornalista qualquer da CNN a dizer que a UNRWA está infiltrada pela Hamas, deve ser vista como uma associação terrorista e que o Hamas é que tem morto bebés em Gaza para criar propaganda anti-Israel.

Às vezes arrependo-me de ainda sintonizar canais portugueses...
 
  • Like
Reações: RR11 e MiguelDeco

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
6,333
7,883
Não disse isso, o que estava a dizer é que a industria automóvel é a ultima grande industria europeia, e a industria no seu todo foi sendo exterminada. E com isso a europa foi ficando cada vez mais dependente da industria externa.

E sim a europa está do lado perdedor, e já disse varias vezes que foi porreiro viver á conta da china e redondezas quando eles eram pobres e faziam coisas baratas, e isso cada vez mais é uma miragem.. agora o que muitos defendem profundamente é importar mão de obra escrava e aproveitar isso uns anos..

Já só tens uma arvore, a floresta já ardeu há muito tempo, não há mais nada para cair.. Aço e metal, Maquinaria pesada, industria naval, etc já são coisas extintas no seculo passado.
O bom da economia é que não é um sistema estático e a dinâmica industrial pode ser moldada por decisões estratégicas e investimentos direcionados. A Europa ainda mantém setores de elevado valor acrescentado, como a biotecnologia, farmacêutica e serviços financeiros - apesar do Brexit - maquinaria, aeronáutica, setor de luxo... Falta-nos é uma política industrial robusta com capacidade de antecipação e adaptação às novas tendências. O setor energético é um exemplo paradigmático disso: em vez de termos assumido uma posição de liderança, fizemos a transição ao contrário, alterando no consumo e não na produção, porque esta continua a ser ditada por gigantes norte-americanas, prolongando a dependência em modelos tradicionais (fósseis).

Os EUA e a China apostaram agressivamente em políticas industriais expansionistas, sustentadas por incentivos massivos à inovação e produção doméstica. A Europa, como referi, restringe as empresas internas, mas não aplica as mesmas restrições a quem exporta para cá. Se queres recuperar um papel de destaque, tens de adotar medidas que serão necessariamente "anti mercado-livre".

Exemplo prático: O setor dos semicondutores depende largamente das importações chinesas, quer pelas matérias-primas, como em todo o processo de fabrico e montagem. Tens uma solução alternativa muito mais próxima e que nos permitiria ser "independentes": África. A UE é um carebear que manda dinheiro para todos os países africanos, mas contrapartidas zero, enquanto outros enfiam lá IDE, em que a componente social é apenas laboral, precário, mal pago e inseguro. Porque não sermos o principal agente de transformação em África, com investimentos que também tragam retorno para a Europa? Tornavas a Europa no principal ator em todo o mercado tecnológico.
 
  • Like
Reações: jusTiNO AZUL