Actualidade Internacional

Almadedragao

Tribuna Presidencial
16 Julho 2018
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  • Reinaldo Teles
  • Bobby Robson
  • Paulinho Santos
  • Jorge Costa
O movimento ultraconservador e anti-direitos humanos começou a ganhar popularidade precisamente na mesma altura que o Trump surgiu. Ele acaba por ter influência na Europa, porque nunca antes se tinha visto um candidato com relevância política com um discurso marcadamente de ódio, misógino e nacionalista, associando a criminalidade à imigração, e fazendo uma clara separação entre "países de merda" e países bons. Esse tipo de discurso era o que ouvias antes de um Mário Machado, de um Lutz Bachmann ou de uma Isabel Peralta e tinham pouco ou nenhum palco político.

Juntas isso à crise migratória iniciada em 15-16 e começas a ter discursos inflamados e populistas em vários países. Alguns partidos minoritários ganharam força (RN à cabeça, a França tem um problema estrutural há décadas), outros partidos foram ou tinham sido recentemente criados com essa narrativa (AfD, lega, chega) e outros mudaram a sua ideologia (Fidesz, Vox, PiS) para capitalizarem esse movimento em votos.

A noção de woke e anti-woke não existia antes, porque era um movimento de direitos humanos e sociais. Os únicos que se insurgiam contra isso eram a igreja e os velhos do Restelo. De repente tens partidos a quem interessa ter uma "tradição nacional" assente em tradição cultural e nacionalismo - marcadamente de pendor racista - a se manifestarem violentamente contra aquilo que consideram "politicamente correto". Porque lutar por justiça social e racial é ser politicamente correto, aparentemente.

Depois disso, há um extremizar de conceitos que já não consigo acompanhar. Há muito que se perdeu a noção do que eram os objetivos e tornou-se uma arena política. Mas há quem ache que se apaga um fogo deitando-lhe mais combustível. Não tenho dúvidas que os próximos 4 anos, com Trump na presidência e com estes movimentos nacionalistas na Europa no seu auge, a situação irá agravar-se ainda mais.
Explica como é que ser conservador é ser anti direitos humanos.

Cá em Portugal devido ao saudosismo do comunismo gostam muito de misturar os conceitos e depois levam com surpresas nos resultados eleitorais.

Também devia-se começar a falar mais do ódio que se demonstra aos povos nativos europeus e que está tão bem vincado neste tópico, mas este tema não encaixa no "virtue signaling" com que o pessoal extremado de esquerda nos brinda todos os dias.
 

Cheue

12 Maio 2016
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O movimento ultraconservador e anti-direitos humanos começou a ganhar popularidade precisamente na mesma altura que o Trump surgiu. Ele acaba por ter influência na Europa, porque nunca antes se tinha visto um candidato com relevância política com um discurso marcadamente de ódio, misógino e nacionalista, associando a criminalidade à imigração, e fazendo uma clara separação entre "países de merda" e países bons. Esse tipo de discurso era o que ouvias antes de um Mário Machado, de um Lutz Bachmann ou de uma Isabel Peralta e tinham pouco ou nenhum palco político.

Juntas isso à crise migratória iniciada em 15-16 e começas a ter discursos inflamados e populistas em vários países. Alguns partidos minoritários ganharam força (RN à cabeça, a França tem um problema estrutural há décadas), outros partidos foram ou tinham sido recentemente criados com essa narrativa (AfD, lega, chega) e outros mudaram a sua ideologia (Fidesz, Vox, PiS) para capitalizarem esse movimento em votos.

A noção de woke e anti-woke não existia antes, porque era um movimento de direitos humanos e sociais. Os únicos que se insurgiam contra isso eram a igreja e os velhos do Restelo. De repente tens partidos a quem interessa ter uma "tradição nacional" assente em tradição cultural e nacionalismo - marcadamente de pendor racista - a se manifestarem violentamente contra aquilo que consideram "politicamente correto". Porque lutar por justiça social e racial é ser politicamente correto, aparentemente.

Depois disso, há um extremizar de conceitos que já não consigo acompanhar. Há muito que se perdeu a noção do que eram os objetivos e tornou-se uma arena política. Mas há quem ache que se apaga um fogo deitando-lhe mais combustível. Não tenho dúvidas que os próximos 4 anos, com Trump na presidência e com estes movimentos nacionalistas na Europa no seu auge, a situação irá agravar-se ainda mais.
o ser "anti-woke" é basicamente um proxy para ser racista, xenófobo, anti lgbt, etc...

"eu não sou racista, sou é contra a cultura woke, a diversidade forçada e contra ti por me chamares racista"

na bio de um twitter ninguém mete "Sou o Zé, odeio pretos e gays", é mais fácil meter " Zé, anti-woke"...

e o pior é que "recrutam" muito pessoal com isto.
há pessoal que se torna regressista só para não ser associado aos "woke"...
 
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sirmister

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21 Março 2008
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o ser "anti-woke" é basicamente um proxy para ser racista, xenófobo, anti lgbt, etc...

"eu não sou racista, sou é contra a cultura woke, a diversidade forçada e contra ti por me chamares racista"

na bio de um twitter ninguém mete "Sou o Zé, odeio pretos e gays", é mais fácil meter " Zé, anti-woke"...

e o pior é que "recrutam" muito pessoal com isto.
há pessoal que se torna regressista só para não ser associado aos "woke"...
o Wokismo tornar pessoal regressista, mostra bem os méritos dessa ideologia.
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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Esmoriz
Explica como é que ser conservador é ser anti direitos humanos.

Cá em Portugal devido ao saudosismo do comunismo gostam muito de misturar os conceitos e depois levam com surpresas nos resultados eleitorais.

Também devia-se começar a falar mais do ódio que se demonstra aos povos nativos europeus e que está tão bem vincado neste tópico, mas este tema não encaixa no "virtue signaling" com que o pessoal extremado de esquerda nos brinda todos os dias.
Saudosismo do comunismo é o que há mais em países tipo Hungria ou Bulgária, governados por tipos que adoram os povos nativos europeus, e de que gajos como tu tanto gostam.
 

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
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o ser "anti-woke" é basicamente um proxy para ser racista, xenófobo, anti lgbt, etc...

"eu não sou racista, sou é contra a cultura woke, a diversidade forçada e contra ti por me chamares racista"

na bio de um twitter ninguém mete "Sou o Zé, odeio pretos e gays", é mais fácil meter " Zé, anti-woke"...

e o pior é que "recrutam" muito pessoal com isto.
há pessoal que se torna regressista só para não ser associado aos "woke"...
woke tem outras componentes além dessas.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Explica como é que ser conservador é ser anti direitos humanos.

Cá em Portugal devido ao saudosismo do comunismo gostam muito de misturar os conceitos e depois levam com surpresas nos resultados eleitorais.

Também devia-se começar a falar mais do ódio que se demonstra aos povos nativos europeus e que está tão bem vincado neste tópico, mas este tema não encaixa no "virtue signaling" com que o pessoal extremado de esquerda nos brinda todos os dias.
Vamos por partes:
1. Eu disse "ultraconservador E anti-direitos humanos". Um não implica o outro, foi este movimento que os uniu. Partidos conservadores tens muitos, com avanços sociais significativos quando estão no poder, como são o caso do PSD, do PP espanhol, da CDU alemã ou os Tories no Reino Unido. Agora, a quem sirva a carapuça...

2. Não sei do que falas sobre saudosismo do comunismo. Isso é para o pessoal que defende a integração da Ucrânia na Rússia? Não sou comunista e que eu saiba o comunismo não existiu em Portugal, apenas uma transição reacionária com influências comunistas que durou... Um ano? O que sobra disso? Tens saudades das colónias, talvez? Vê lá que seriam mais pessoas negras com nacionalidade portuguesa.

3. Volto a dizer que não sei do que falas sobre ódio aos "povos nativos europeus". Que eu saiba, defender direitos iguais não é querer retirar direitos a ninguém. Relativamente ao virtue signaling, não deve ser para mim que não sou de "extrema esquerda", mas se vejo alguém a discriminar pessoas com base na raça ou etnia, isso para mim é racismo. Podem não gostar da palavra e considerar que o termo está a ser usado de forma pejorativa (que está, diga-se), mas ao menos tenham os colhões de se assumirem em vez de se fazerem de vítimas.

4. Penso que fui bastante claro ao referir que há muito que se perdeu o rumo em certas temáticas, muito por culpa do fundamentalismo e que para uma bipolarização são necessários dois. Estamos a chegar a um ponto em que tudo à esquerda do PSD é "extrema esquerda" para uns, e tudo à direita do PS é "fascista" para outros. Esclarece-me, por favor, o que é que isto traz de positivo para a sociedade.
 
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25 Maio 2013
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Foi uma verdadeira vergonha a coberturas pelos media dos acontecimentos em Amsterdão.
O Twitter pode ter muitos defeitos mas graças a ele podemos ver bem o que se passou.


Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
Manipulação da opinião pública patrocinada pelos sionistas. Não só controlam os média, como também os governos ocidentais. Portugal incluído.

 
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Cheue

12 Maio 2016
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o Wokismo tornar pessoal regressista, mostra bem os méritos dessa ideologia.
a questão é que não é uma ideologia, ao início até podia ser mas já não é há muito tempo.

agora é basicamente usado como crítica mas também está a perder o significado visto que chamam woke a tudo e mais alguma coisa...

cada vez acho mais que isso até é usado como bait para publicidade gratuita, tipo quando a disney mete uma pequena sereia preta e isso resulta em gajos de 40 anos a fazer videos de youtube furiosos...
 

Cheue

12 Maio 2016
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woke tem outras componentes além dessas.
tem os cancelamentos, mas isso também acontece e até há muito mais tempo do outro "lado"...

a diferença é que as grandes empresas, hoje em dia, fingem que são muito progressistas e tal e por isso é mais fácil cancelar quem diz x e y.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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“Ganhámos!”: os russos antevêem uma nova ordem global com a vitória de Trump
Francesca Ebel, Catherine Belton

10–14 minutes


O impressionante regresso político de Donald Trump criou uma oportunidade para a Rússia destruir a unidade ocidental em relação à Ucrânia e redesenhar o mapa do poder mundial, segundo vários membros influentes da elite russa.
Nos corredores do poder em Moscovo, a vitória do argumento populista de Trump, segundo o qual a América se deve concentrar nos problemas internos em vez de ajudar países como a Ucrânia, foi saudada como uma potencial vitória dos esforços da Rússia para criar a sua própria esfera de influência no mundo.
Em termos ainda mais amplos, foi vista como uma vitória das forças conservadoras e isolacionistas apoiadas pela Rússia contra uma ordem global liberal, dominada pelo Ocidente, que o Kremlin (e os seus aliados) tem procurado minar.
Nas suas primeiras declarações após as eleições, o Presidente Vladimir Putin disse na quinta-feira que o monopólio do Ocidente sobre o poder global após a Guerra Fria estava “a desaparecer irrevogavelmente”, antes de elogiar Trump por se ter comportado “corajosamente” durante um atentado contra a sua vida no Verão passado.
“As suas palavras sobre o desejo de restaurar as relações com a Federação Russa e de ajudar a resolver a crise ucraniana, na minha opinião, merecem atenção”, disse durante o seu discurso anual no Fórum Valdai, em Sochi.
Os membros da elite russa foram mais directos na sua resposta à vitória de Trump.

“Ganhámos!”, disse Alexander Dugin, o ideólogo russo que há muito promove uma agenda imperialista para Moscovo e apoiou os esforços de desinformação contra a campanha de Kamala Harris. “O mundo nunca mais será como antes. Os globalistas perderam o seu combate final”, escreveu na rede social X.
O vice-presidente da câmara alta do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, afirmou no seu canal no Telegram: “A vitória da direita no chamado ‘mundo livre’ será um golpe para as forças de esquerda e liberais que o dominam. Não é por acaso que a Europa estava tão abertamente a 'torcer' por Harris, que iria, de facto, preservar o domínio do 'clã' Obama-Clinton.”
Konstantin Malofeyev, o multimilionário ortodoxo russo que tem financiado uma agenda conservadora que promove os valores cristãos tradicionais na extrema-direita e na extrema-esquerda em todo o Ocidente, afirmou no Telegram que seria possível negociar com Trump, “tanto sobre a divisão da Europa como sobre a divisão do mundo. Depois da nossa vitória no campo de batalha”.
Em termos mais imediatos, esperava-se que a vitória eleitoral de Trump tivesse um impacto dramático na guerra da Rússia na Ucrânia, de acordo com Leonid Slutsky, presidente da comissão parlamentar dos assuntos externos.
“A julgar pela retórica pré-eleitoral... a equipa republicana não continuará enviar cada vez mais dinheiro dos contribuintes americanos para o forno da guerra por procuração contra a Rússia”, afirmou. “Assim que o Ocidente deixar de apoiar o regime neonazi do [Presidente ucraniano Volodymyr] Zelensky, a sua queda ocorrerá numa questão de meses, se não de dias.”
Mas outros foram mais circunspectos e alguns avisaram que a presidência de Trump poderia levar a uma era mais imprevisível. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que a Rússia vai esperar para ver se a retórica da campanha de Trump, criticando o apoio à Ucrânia e apelando ao fim da guerra, se traduz em “acções concretas”. Peskov declarou que os Estados Unidos continuam a ser “um país hostil que, directa e indirectamente, está envolvido numa guerra contra o nosso Estado”.
A deputada russa Maria Butina, que cumpriu 15 meses numa prisão federal dos EUA depois de ter sido condenada por operar como agente estrangeiro não registado, disse ao Washington Post que esta era “uma boa oportunidade para as relações entre os EUA e a Rússia melhorarem”. E acrescentou: “Esperemos que desta vez (...) Trump cumpra a sua promessa de ser verdadeiramente um pacificador.”
Vladimir Putin e Donald Trump em 2019, durante a cimeira do G20 em Osaka, no Japão Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS
Nas semanas que antecederam a eleição, as autoridades russas procuraram minimizar o seu interesse na votação, mas essa posição pública foi desmentida pelo que as autoridades norte-americanas disseram ser a intensificação das operações de desinformação dirigidas pelo Kremlin, procurando alimentar o caos e atingir Harris. As operações basearam-se em esforços anteriores para alimentar sentimentos isolacionistas, de acordo com documentos anteriormente relatados pelo The Post.
No final, os esforços russos para interferir na eleição de 2024 foram “bastante marginais para a tendência geral do sentimento do eleitor”, conclui Eric Ciaramella, um ex-funcionário da Casa Branca agora no instituto Carnegie Endowment for International Peace, especialmente em comparação com 2016, quando funcionários dos serviços secretos dos EUA concluíram que uma operação russa de “hack and leak” ajudou a mudar a narrativa em apoio a Trump.
Mas os analistas também observam que mais de uma década de operações de propaganda russa a amplificar vozes anti-establishment e isolacionistas através de operações cada vez mais sofisticadas nas redes sociais, incluindo no X, mudaram o debate político dominante de uma forma que nunca teria sido possível através dos media tradicionais.
“Numa plataforma digital, a capacidade de fazer estas coisas funciona”, diz Clint Watts, director do Centro de Análise de Ameaças da Microsoft. Após a votação, Elon Musk, proprietário do X, saudou o resultado como a consolidação do poder da sua plataforma para fornecer pontos de vista alternativos em relação aos “media tradicionais”.
Fim das sanções
A comunidade empresarial russa também não conseguiu esconder o seu sentimento de optimismo de que a vitória de Trump irá mudar as coisas para melhor.
As acções da bolsa de Moscovo subiram quase 3% no início da sessão de quarta-feira, à medida que os resultados da eleição iam chegando, entre especulações generalizadas de que Trump poderia levantar as sanções contra a Rússia em troca do fim da sua acção militar.
“Trump é alguém que está habituado a fazer acordos”, frisa um homem de negócios de Moscovo, falando sob condição de anonimato por receio de represálias. “A expectativa é que, com Trump, as decisões sejam tomadas mais rapidamente para acabar com o conflito e aliviar as sanções.”
“Para as grandes empresas, a eleição de Trump é um factor de esperança”, acrescenta. “As sanções estão a estrangular a economia e os custos estão a subir.”
Mas os preços das acções estabilizaram mais tarde, e alguns analistas disseram que os riscos continuam elevados de que as relações possam encalhar e que o impasse possa vir a piorar com Trump. Alexei Venediktov, o bem relacionado editor de longa data da estação de rádio Eco de Moscovo, considera que a possível captura republicana de ambas as câmaras do Congresso quebraria o impasse de longa data no sistema político dos EUA, permitindo que a Administração norte-americana tomasse decisões com muito mais rapidez e criando novos riscos.
A maioria republicana “é a ameaça do ponto de vista do Kremlin, porque não há contradições internas, não há caos interno”, adverte Venediktov. “Era importante para o Kremlin que o candidato vencedor fosse o Sr. ou a Sra. Caos”.
Um sinal claro da falta de confiança do Kremlin no Presidente eleito Trump, acredita Venediktov, foi a decisão de Putin de não o felicitar imediatamente como outros líderes fizeram. “Isto é de facto um insulto”, diz. “É um sinal”.
Putin esperou até a terceira hora do seu discurso anual na quinta-feira para felicitar Trump, depois de falar em desigualdade, inteligência artificial e alterações climáticas.
No entanto, outros conjecturam que a opção de Putin foi de facto um sinal da crescente confiança do Kremlin. Serguei Markov, um analista político ligado ao Kremlin, diz que a expectativa é que Trump acabe por telefonar a Zelensky e a Putin, embora não imediatamente, e proponha um acordo de cessar-fogo na linha de um já apresentado pelo seu vice-presidente eleito, J.D. Vance, que propõe entregar à Rússia o território ucraniano que já controla.
De acordo com esta proposta, seria alcançado um cessar-fogo ao longo da actual linha da frente, juntamente com a criação de uma grande zona tampão desmilitarizada, com novas fronteiras a serem ratificadas em referendos posteriores. “Se tudo correr bem, então Trump levantará as sanções” para tirar Moscovo da órbita da China, afirma Markov.
Mas Markov e outros analistas dizem que é improvável que Putin concorde com qualquer acordo que não inclua a desmilitarização completa da Ucrânia, que Trump até pode rejeitar. “Putin quer o que ninguém lhe pode dar”, considera Tatiana Stanovaya, do Carnegie Russia Eurasia Center.
Uma possibilidade, no entanto, seria um acordo em que Moscovo e Kiev suspendessem os ataques às infra-estruturas de energia e electricidade, sugere Markov, um acordo que esteve em discussão este Verão, até à incursão da Ucrânia na região russa de Kursk. “Esta seria uma vitória colossal para Trump”, refere Markov.
Thomas Gomart, director do Instituto Francês de Relações Internacionais, avisa que outras forças políticas de extrema-direita e de extrema-esquerda na Europa - muitas das quais têm sido apoiadas por Moscovo – podem ser impulsionadas pela vitória de Trump.
Poderiam apelar a uma aproximação dos EUA à Rússia, potencialmente inaugurando uma nova era em que a política seria dominada por autocratas e em que a coligação vencedora de Trump, Vance e Musk introduziria uma nova ideologia disruptiva. “De certa forma, poderia ser um novo realinhamento na Europa”, diz Gomart.
“Este é um momento muito bom para atacar o deep state globalista”, acredita Jean-Luc Schaffhauser, um político francês de extrema-direita e ex-eurodeputado que uma vez facilitou um empréstimo de 9,4 milhões de euros de um banco russo para a campanha presidencial de Marine Le Pen. “É um momento para a Europa fazer uma ponte com a América conservadora” e alinhar-se com a Rússia, disse.
“Pode ser o início de uma nova era”, proclama Schaffhauser.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
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Bragança

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
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Bragança
Manipulação da opinião pública patrocinada pelos sionistas. Não só controlam os média, como também os governos ocidentais. Portugal incluído.

Como tu disseste ontem.... "Coisas que alimentam o ódio a Israel "....
Não entendi bem a frase ...há quem odeie Israel ?
É que segundo as regras do fórum, não é só a etnicidade.... As nacionalidades estao incluídas.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
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Bragança
Tens literalmente o texto todo debaixo do link. Tive essa cortesia.
Ainda me lembro de ver textos aqui, de como os Russos tinham influenciado eleições na América.
Alguem com cérebro acha mesmo que o Trump ou qualquer americano é por una vitória da Rússia ??? Alguem na América quer a Rússia forte, vitoriosa ??? A segunda maior potência nuclear ??? Papam tudo ...quando convém á narrativa.
Aceitava o argumento, que o Trump em prol do comércio mundial, de uma economia melhor, que favoreceria os USA mais tarde, queira ver o conflito acabar o mais rápido possível. Agora teorias conspiracionistas iguais as do 4chan
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Ainda me lembro de ver textos aqui, de como os Russos tinham influenciado eleições na América.
Alguem com cérebro acha mesmo que o Trump ou qualquer americano é por una vitória da Rússia ??? Alguem na América quer a Rússia forte, vitoriosa ??? A segunda maior potência nuclear ??? Papam tudo ...quando convém á narrativa.
Aceitava o argumento, que o Trump em prol do comércio mundial, de uma economia melhor, que favoreceria os USA mais tarde, queira ver o conflito acabar o mais rápido possível. Agora teorias conspiracionistas iguais as do 4chan
O fbi agora é o novo 4chan.
 
  • Haha
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