Actualidade Internacional

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Em relação à questão da idade. Parece-te justo obrigar um jovem a manter uma sexualidade que não sente como sua desde a puberdade (vanos dizer un 13 anos) até à idade adulta? São 5 anos de profundo desejo sexual, privar alguém de viver esse período com o máximo prazer e liberdade sobre o seu corpo parece-me um ato altamente castrador (no pun intended). Tb me faz confusão uma decisão tão drástica aos 13, 14 anos, mas 16 anos diria que é uma idade mais do que aceitável.
Nem só pela questão da sexualidade.
Vais obrigar um miúdo de 12, 13 anos a estar num corpo com que não se identifica com as consequências psicológicas que tudo isso acarreta.
Claro que há o risco de arrependimento, e até a disforia de género pode ser algo englobado num problema mais profundo, daí a necessidade de acompanhamento médico especializado capaz de distinguir um estado permanente de uma perturbação temporária.
Isto para dizer que não me choca que as transições comecem numa idade mais precoce, nos casos em que apenas estamos a adiar o inevitável, mas sempre com o acompanhamento especializado.

Sobre as restantes questões não tenho grande opinião. A percepção que tenho é que quando eu era garoto isto era um assunto que nem sequer era discutido, não era uma opção. Portanto por aí acho que estamos no bom caminho a desmistificar este tipo de questões.
 
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Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Nem só pela questão da sexualidade.
Vais obrigar um miúdo de 12, 13 anos a estar num corpo com que não se identifica com as consequências psicológicas que tudo isso acarreta.
Claro que há o risco de arrependimento, e até a disforia de género pode ser algo englobado num problema mais profundo, daí a necessidade de acompanhamento médico especializado capaz de distinguir um estado permanente de uma perturbação temporária.
Isto para dizer que não me choca que as transições comecem numa idade mais precoce, nos casos em que apenas estamos a adiar o inevitável, mas sempre com o acompanhamento especializado.

Sobre as restantes questões não tenho grande opinião. A percepção que tenho é que quando eu era garoto isto era um assunto que nem sequer era discutido, não era uma opção. Portanto por aí acho que estamos no bom caminho a desmistificar este tipo de questões.
A questão é um bocado quantos miúdos que nunca voltariam a trás estamos a impedir de serem o que querem para garantir que uma minoria não corra o risco de se arrepender. Digo isto sem saber exatamente percentagens.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
Nem só pela questão da sexualidade.
Vais obrigar um miúdo de 12, 13 anos a estar num corpo com que não se identifica com as consequências psicológicas que tudo isso acarreta.
Esse, o factor psicológico e de saúde mental é que é o mais, senão totalmente importante, e não qualquer entrave à exploração mais hedonística da sexualidade no meu ponto de vista.
 

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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1
  • Alfredo Quintana
@Manageiro de futból ,


indiscutível, ao país falta um rumo e uma visão clara sobre o que pretende ser. E como se um mal não bastasse, esse plano estratégico terá de ser agora pensado num momento sombrio da Europa (... do Ocidente e do planeta), tornando-se mais difícil alcançar qualquer coisa que se assemelhe com desenvolvimento sustentável. O debate político passa ao lado de questões de tamanha importância e aos cidadãos falta interesse e acção.

Para mais, e para lá da necessidade desse melhor desempenho interno, encontramo-nos constrangidos por uma arquitectura comunitária e uma união monetária disfuncionais, incompletas, às quais faltam instrumentos políticos e institucionais que facilitem a convergência e um certo equilíbrio entre os estados-membros. Para mais do para mais, a Alemanha, o motor europeu e principal vencedor da união monetária, contribuiu para emperrar esta pseudo-federação ao não transformar as suas políticas económicas e ao pretender propagar aos parceiros a sua própria visão. Acumularam excedentes sem fazer investimentos, focados na disciplina orçamental e no controlo dos défices, e exortaram os outros a seguir esse mesmo trajecto. Mas nem todos podem ser alemães, e é estranho que se considere razoável um modelo de desenvolvimento ancorado em balanças comerciais positivas num bloco económico que, preferencialmente, realiza trocas entre si. A Ásia exporta, o Europa também... está tudo a contar com o ovo no c* da galinha americana. Com a diferença que americanos e asiáticos são polos de inovação tecnológica e dominam sectores fundamentais. Será interessante ver o que farão os alemães, e por extensão os parceiros europeus que lhe alimentam a cadeia de produção, quanto à sua indústria automóvel. Os chineses e os americanos a transitar para a mobilidade verde e os europeus a fechar fábricas...

Falta uma visão continental para o projecto. Cada vez mais distante, sendo mais profundas as divisões e a maior a desconfiança quanto à integração.

A Irlanda beneficiou e beneficia ainda de uma forma de distinção altamente questionável, a da competitividade fiscal, compreendendo que este é um termo excessivamente suave. A ponto de ser sancionada pela justiça europeia. Os seus indicadores económicos, em virtude disto, estarão também empolados. Lá está, uma união económica e monetária sem fiscalidade comum, sem orçamento próprio (tem orçamento, mas algo mais substancial), com um banco central que hesita em assumir todas as funções de um banco central... não é fácil.

O mercado não se preocupa com a redistribuição de riqueza nem com funções que tendem a ser deficitárias ou não-lucrativas (numa perspectiva imediatista, pois providenciar infraestruturas, educação, saúde... são óptimos investimentos). Aliás, não é estranho depararmo-nos com notícias de grandes empresas, com grandes lucros, a cortar pessoal. Como se vê até pelo caso alemão, não é claro que deter capital, obter lucros, tenha como consequência o investimento. Os mercados financeiros possibilitam retornos extraordinários, à margem da economia real. Terá de ser o estado a assumir esse tipo de preocupação, directa ou indirectamente. Culpa nossa também, que vemos o estado como uma coisa exterior aos cidadãos.

@Czarli9 ,

vou lendo, vou dando uma vista de olhos de vez em quando. Mas a profundidade com que se discute os mais diferentes temas assusta a participação. Isto mal parece um fórum de bola. Bem haja ao e aos colegas portistas.
 

joaovilasboas

Bancada central
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
O Nate Silver, o pollster mais conceituado das eleições norte-americanas, atribui ao Trump uma maior chance de ganhar esta eleição do que à Kamala.

50.2% vs 49.5%. Claro, está na margem de erro, mas segundo o mesmo, o Trump tem ganhado momentum na última semana.

Relembro que o Nate Silver foi dos únicos a dizer em 2016 que a Hillary podia ganhar.

Junte-se a isso o facto de as sondagens darem historicamente ao Trump uma percentagem mais baixa do que a real.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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4,452
A disforia é uma condição psiquiátrica, a anorexia também.
São um desfazar entre a nossa imagem física e psicológica.
Não lhe devemos chamar doenças, mas também não lhe devemos impor "normalidade".
A disforia por exemplo é uma condição rara, um 0.2% das pessoas.

A anorexia só se resolve com a integração mental e o estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis.
As disforias resolvem-se ou com a integração psicológica (auxiliada ou natural) e em último caso caso não aconteça integração a transição para que a pessoa se sinta confortável. Uma pessoa não integrada mentalmente teria a tendência para se magoar a si mesma e perder vontade de viver.
A chamada disforia de género também depende muito de uma representação social, a qual pode ser manipulada através das escolas ou da CS. Se tu ensinas a crianças de seis ou dez anos que o seu género pode não ser o do seu sexo biológico, estás a introduzir confusão e até condicionamento na mente de pessoas indefesa,s e cujo desenvolvimento identitário está por natureza dependente das opinião dos adultos. Basicamente, numa cultura que promove o patriotismo terás muiutos jovens dispostos a morrer e matar pela pátria. Numa cultura que promova o heróismo e o sacrifício terás muitos jovens dispostos a matar e a morrer em ataques suicidas, e numa cultura que promova a disforia de género terás uma percentagem anormal de jovens a dizerem-se não-binários, como na Universidade de Brown em 2023, onde 38% (!!!) dos estudantes a dizerem que são LGTBQ, ou 20% da geração Z segundo o Census Bureau dos EUA:

 
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joaovilasboas

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A chamada disforia de género também depende muito de uma representação social, a qual pode ser manipulada através das escolas ou da CS. Se tu ensinas a crianças de seis ou dez anos que o seu género pode não ser o do seu sexo biológico, estás a introduzir confusão e até condicionamento na mente de pessoas indefesa,s e cujo desenvolvimento identitário está por natureza dependente das opinião dos adultos. Basicamente, numa cultura que promove o patriotismo terás muiutos jovens dispostos a morrer e matar pela pátria. Numa cultura que promova o heróismo e o sacrifécio terás muitos jovens dispostos a matar e a morrer em ataques suicidas, e numa cultura que promova a disforia de género terás uma percentagem anormal de jovens a dizerem-se não-binários, como na Universidade de Brown em 2023, onde 38% (!!!) dos estudantes a dizerem que são LGTBQ, ou 20% da geração Z segundo o Census Bureau dos EUA:

Não acho estranho que 30% dos indivíduos tenha uma orientação sexual distinta da heterossexualidade, embora não acredite.

Aspetos culturais condicionaram bastante a exploração por parte dos indivíduos da sua própria identidade. Relembro aquela célebre tese do Freud de que todos nascemos bissexuais - com as firmes críticas que se lhe apontaram, e bem devo eu dizer, tal indicia uma coisa: de facto, se não tivéssemos "amarras", o número de bissexuais seria muito maior do que o que é reportado.

Aliás, outra coisa bastante interessante é o número de gays assumidos e o número de lésbicas assumidas; este é o triplo daquele. A mesma coisa se passa entre os homens bissexuais e as mulheres bissexuais.

Ou seja: tendo em conta que 10% da população não é assumidamente heterossexual, não será tolo propor que, caso contemos com os não assumidos, esse número poderá ascender aos 15% - 20%.

Quanto aos transsexuais, o número não deverá passar dos 1%, sendo bastante franco.
 
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Edgar Siska

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  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
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  • Agosto/22
Não acho estranho que 30% dos indivíduos tenha uma orientação sexual distinta da heterossexualidade, embora não acredite.

Aspetos culturais condicionaram bastante a exploração por parte dos indivíduos da sua própria identidade. Relembro aquela célebre tese do Freud de que todos nascemos bissexuais - com as firmes críticas que se lhe apontaram, e bem devo eu dizer, tal indicia uma coisa: de facto, se não tivéssemos "amarras", o número de bissexuais seria muito maior do que o que é reportado.

Aliás, outra coisa bastante interessante é o número de gays assumidos e o número de lésbicas assumidas; este é o triplo daquele. A mesma coisa se passa entre os homens bissexuais e as mulheres bissexuais.

Ou seja: tendo em conta que 10% da população não é assumidamente heterossexual, não será tolo propor que, caso contemos com os não assumidos, esse número poderá ascender aos 15% - 20%.

Quanto aos transsexuais, o número não deverá passar dos 1%, sendo bastante franco.
É um espectro, há pessoas que serão exclusivamente heterossexuais ou exclusivamente homossexuais. E depois uma parte do espectro explora com maior ou menor percentagem.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
4,605
4,452
Não acho estranho que 30% dos indivíduos tenha uma orientação sexual distinta da heterossexualidade, embora não acredite.

Aspetos culturais condicionaram bastante a exploração por parte dos indivíduos da sua própria identidade. Relembro aquela célebre tese do Freud de que todos nascemos bissexuais - com as firmes críticas que se lhe apontaram, e bem devo eu dizer, tal indicia uma coisa: de facto, se não tivéssemos "amarras", o número de bissexuais seria muito maior do que o que é reportado.

Aliás, outra coisa bastante interessante é o número de gays assumidos e o número de lésbicas assumidas; este é o triplo daquele. A mesma coisa se passa entre os homens bissexuais e as mulheres bissexuais.

Ou seja: tendo em conta que 10% da população não é assumidamente heterossexual, não será tolo propor que, caso contemos com os não assumidos, esse número poderá ascender aos 15% - 20%.

Quanto aos transsexuais, o número não deverá passar dos 1%, sendo bastante franco.
Segundo estatisticas de 2022, 7% dos americanos indentificam-se como LGBT. Parece-me um número credível. Mas se na geração Z esse número aumentou para 20%, isso só pode ser produto de condicionamento social, e dos 38% declarados na Univ de Brown nem sei o que dizer.
Acredito que Freud pode ter razão nisso de que todos nascemos, em teoria, bissexuais, na medida em que a nossa identidade sexual está dependente da aprovação ou sanção social. Uma coisa tenho como certa, uma cultura que promovese a homossexualidade como normativa estaria condenada a extinguir-se em duas gerações. Food for thought.
 

cccmonteiro

"No futebol, o pior cego é o que só vê a bola."
3 Junho 2014
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52
Moimenta do Douro

Dragão D'Ouro

🔵⚪️
8 Fevereiro 2023
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16,480
Dos Estados Unidos regressamos à Europa, mais concretamente à zona de Chew Valley, no norte do condado de Somerset, no sudoeste de Inglaterra, onde foi encontrado um tesouro composto por 2.584 moedas de prata. Estas foram encontradas por acaso por sete amigos que procuravam metais e a verdade é que se tornaram no achado mais valioso de Inglaterra, com um valor estimado em 5,1 milhões de euros. As peças, de enorme valor histórico, serão expostas no British Museum no dia 26 de novembro.
 
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