Actualidade internacional

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
4,049
6,008
Bragança
São diferentes é preciso abordar de forma diferente.
Aquilo que eu acho da França é que obviamente tem um problema de imigração, mas também tem um problema de islamofobia.
Depois é preciso separar os problemas de imigração em dois:
- saturação, ou seja, não dá para mais. Que seria um argumento plausível se fosse verdade. Só que não é. Em lado nenhum.
- integração. Que é efetivamente um problema, mas não se resolve com expulsões. Expulsar para onde? Para o Ruanda? Para o meio do deserto? Expulsar quem? De que forma discricionária? Quando inscreveres numa lei uma palavra que seja que diferencie negativamente direitos pela religião, origem, .... será obviamente racista e xenófobo.

E França tem outro problema de princípio, que é a História. Será que aqueles que hoje querem a expulsão dos magrebinos são os mesmos que queriam os Franceses fora da Argélia?? Obviamente que não.
Vais-me desculpar, mas o que sublinhei é uma inverdade tua.
É sabido e provado que sobrepopulação é causa de pobreza e retrocesso civilizacional.
Falas como se não houvesse limites para a absorção de imigração/população. Achas que se em 10 anos entrassem 20 milhões de pessoas na Suiça, os Suíços iam continuar a ter o nível de vida que conseguiram /têm ?
A UE tem duas saídas : Ou Legisla em condições sobre Imigração e sobrevive, ou adia o problema e haverá mais Brexits e Extremas direitas no poder de vários Estados membros. É o que é. Nem tu nem eu, podemos mudar esse paradigma.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
6,943
6,082
Vais-me desculpar, mas o que sublinhei é uma inverdade tua.
É sabido e provado que sobrepopulação é causa de pobreza e retrocesso civilizacional.
Falas como se não houvesse limites para a absorção de imigração/população. Achas que se em 10 anos entrassem 20 milhões de pessoas na Suiça, os Suíços iam continuar a ter o nível de vida que conseguiram /têm ?
A UE tem duas saídas : Ou Legisla em condições sobre Imigração e sobrevive, ou adia o problema e haverá mais Brexits e Extremas direitas no poder de vários Estados membros. É o que é. Nem tu nem eu, podemos mudar esse paradigma.
Isso é mais que logico.
Mas o pior é tentar tornar tudo ideológico.
Hoje em dia tudo é ideologia
 

jorgebest

Tribuna
2 Junho 2020
3,290
3,510
Certos povos são mais guerreiros que outros, mais acostumados com a violência. Não é por acaso por exemplo, que tens imensos lutadores( MMA,luta,boxe,etc) por exemplo originarios do Caucaso. Alias basta ouvir um rapaz como o Khabib para perceber as diferenças entre um jovem que cresce em Portugal, na Suiça com um rapaz do Daguestão...
O facto de um povo ser mais guerreiro que outro não tem a ver com genética mas uma questão puramente cultural e social. Já estive no Daguestão e 9 em 10 homens têm a barba como o Khabib.

Depois culturalmente são bastante rígidos. Não bebem álcool nem falam com mulheres publicamente. Claro que depois há ali muita energia reprimida. Era normal um taxista andar a 150kmh num Lada enquanto que lia o WhatsApp com a outra mão..

Mas estamos a falar de um dos territórios mais contestados da história onde a guerra foi constante e ainda hoje alberga uma variedade étnica também única, os Tchechens, os Cossacks, Avars, entre outros, com os seus próprios costumes e facilmente distinguíveis.

Não menos importante o facto das regiões do litoral Cáspio não serem particularmente férteis para o cultivo fez com que a dieta seja em grande parte constituída por produtos de origem animal, leite, queijo, manteiga e claro tudo não pasteurizado. Tradicionalmente também (culturalmente) a mulher não trabalha muito o que possibilita o acompanhamento e amamentação aos bebés nos primeiros anos de vida ao contrário de apenas os primeiros meses no Ocidente.

Tudo isto ajuda num crescimento crânio facial mais compacto (e ideal) e uma estrutura física robusta (não necessariamente mais alta isso são factores genéticos) o que contribui para essa apetência para os desportos de luta desses povos do Cáucaso.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
5,806
7,053
Está a descarrilar há 30 anos. Um iluminado tipo Soares ou Pedro Nuno disse na Argentina para não pagarem a dívida ao FMI. Nunca mais tiveram acesso a empréstimos internacionais. Não se travam 30 anos de queda, com socialismo á mistura em meio ano. Vamos ver daqui a três.
1. Não podes simplificar a política argentina apenas em termos de socialismo. Tem a ver com a cultura do país. Nem o Perón tinha políticas estritamente socialistas, nem o Partido Justicialista se considera socialista. É uma amálgama com vários fações, que ocupam todos os espetros políticos e económicos sob um único partido que domina a política nacional há décadas, com poucas exceções. O Menem, que governou toda a década de 90, era neoliberal.

2. A indexação do peso ao dólar implementado pelo Menem controlou a inflação nos anos 90, a custo de enfiar o país numa profunda recessão e aumentou a pobreza. Privatizou tudo o que existia no país para ir pagando os sucessivos défices e, quando esgotou esses recursos, a Argentina deixou de conseguir cumprir com os seus credores.

3. Foi ao contrário. Foi o FMI que recuou num pagamento que já estava acordado em 2001, por considerar que não existiam garantias suficientes. Isso levou à demissão do de la Rúa e ao default da economia que fez com que o FMI ficasse a arder em tranches subsequentes, pura e simplesmente porque a Argentina já não tinha carcanhol para mais nada.

4. O Kirchner, ou melhor dizendo, os Kirchners, voltaram a renegociar as dívidas e a obter financiamento externo. Tal como o Macri o fez antes da pandemia, com nova entrada do FMI. E aqui, tal como aconteceu em Portugal, o FMI errou nas medidas a aplicar. A desindexação e estabilização do peso deveriam ter ocorrido depois do default, na minha opinião, quando o Kirchner recebe uma economia semi-limpa e com inflação baixa. Desindexar e desvalorizar uma moeda com inflação nos três dígitos, como fez o Milei, é uma receita para o desastre. O que aconteceu nos últimos 6 meses, com a desindexação ao dólar e desvalorização do peso para metade, é que o comum argentino perdeu 70% de poder de compra em meio ano. Tens zonas da Argentina atualmente em estado de crise humanitária, depois destas medidas e do despedimento coletivo operado pelo Milei. Para piorar as coisas, encerrou as cozinhas comunitárias que garantiam pelo menos alimentação a muitas famílias. É esse o comboio a descarrilar a que me refiro, que ainda quer piorar a situação com os cortes de salários e de pensões e a liberalização das rendas. A redução da inflação é virtual, pura e simplesmente porque o peso não vale hoje metade do que valia há 6 meses.

5. Olhando para a história de revoluções do país, não creio que o Milei dure mais 3 anos. Tens manifestações diárias e confrontos violentos com a polícia de choque um pouco por todo o país, que têm passado ao lado da imprensa internacional (não é por acaso, basta ver o que está a acontecer à Télam). Tens zonas em Buenos Aires barricadas para controlar insurreições. Tens aumento extremo da pobreza, da fome e de sem-abrigo. A cabeça do Milei irá aparecer um dia destes a rolar pela praça e o corpo não estará por perto.
 
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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
6,943
6,082
1. Não podes simplificar a política argentina apenas em termos de socialismo. Tem a ver com a cultura do país. Nem o Perón tinha políticas estritamente socialistas, nem o Partido Justicialista se considera socialista. É uma amálgama com vários fações, que ocupam todos os espetros políticos e económicos sob um único partido que domina a política nacional há décadas, com poucas exceções. O Menem, que governou toda a década de 90, era neoliberal.

2. A indexação do peso ao dólar implementado pelo Menem controlou a inflação nos anos 90, a custo de enfiar o país numa profunda recessão e aumentou a pobreza. Privatizou tudo o que existia no país para ir pagando os sucessivos défices e, quando esgotou esses recursos, a Argentina deixou de conseguir cumprir com os seus credores.

3. Foi ao contrário. Foi o FMI que recuou num pagamento que já estava acordado em 2001, por considerar que não existiam garantias suficientes. Isso levou à demissão do de la Rúa e ao default da economia que fez com que o FMI ficasse a arder em tranches subsequentes, pura e simplesmente porque a Argentina já não tinha carcanhol para mais nada.

4. O Kirchner, ou melhor dizendo, os Kirchners, voltaram a renegociar as dívidas e a obter financiamento externo. Tal como o Macri o fez antes da pandemia, com nova entrada do FMI. E aqui, tal como aconteceu em Portugal, o FMI errou nas medidas a aplicar. A desindexação e estabilização do peso deveriam ter ocorrido depois do default, na minha opinião, quando o Kirchner recebe uma economia semi-limpa e com inflação baixa. Desindexar e desvalorizar uma moeda com inflação nos três dígitos, como fez o Milei, é uma receita para o desastre. O que aconteceu nos últimos 6 meses, com a desindexação ao dólar e desvalorização do peso para metade, é que o comum argentino perdeu 70% de poder de compra em meio ano. Tens zonas da Argentina atualmente em estado de crise humanitária, depois destas medidas e do despedimento coletivo operado pelo Milei. Para piorar as coisas, encerrou as cozinhas comunitárias que garantiam pelo menos alimentação a muitas famílias. É esse o comboio a descarrilar a que me refiro, que ainda quer piorar a situação com os cortes de salários e de pensões e a liberalização das rendas. A redução da inflação é virtual, pura e simplesmente porque o peso não vale hoje metade do que valia há 6 meses.

5. Olhando para a história de revoluções do país, não creio que o Milei dure mais 3 anos. Tens manifestações diárias e confrontos violentos com a polícia de choque um pouco por todo o país, que têm passado ao lado da imprensa internacional (não é por acaso, basta ver o que está a acontecer à Télam). Tens zonas em Buenos Aires barricadas para controlar insurreições. Tens aumento extremo da pobreza, da fome e de sem-abrigo. A cabeça do Milei irá aparecer um dia destes a rolar pela praça e o corpo não estará por perto.
A Argentina é um país ingovernável.
100x pior que o Brasil
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
15,937
6,125
45
Lisboa
Vais-me desculpar, mas o que sublinhei é uma inverdade tua.
É sabido e provado que sobrepopulação é causa de pobreza e retrocesso civilizacional.
Falas como se não houvesse limites para a absorção de imigração/população. Achas que se em 10 anos entrassem 20 milhões de pessoas na Suiça, os Suíços iam continuar a ter o nível de vida que conseguiram /têm ?
A UE tem duas saídas : Ou Legisla em condições sobre Imigração e sobrevive, ou adia o problema e haverá mais Brexits e Extremas direitas no poder de vários Estados membros. É o que é. Nem tu nem eu, podemos mudar esse paradigma.
Tu não percebeste o que eu escrevi. Disse exatamente que isso podia ser um problema. Só que não era ainda um problema neste momento. Nem em Portugal, nem em lado nenhum porque não se chegou a esse limite. Tanto assim é que usaste uma situação hipotética em vez de uma situação real para o enquadrar.


Em relação ao retrocesso civilizacional seria um outro tema interessante de debater fora deste contexto. Primeiro porque as zonas mais densamente povoadas não são sempre as mais atrasadas, algumas são (Bangladesh), outras muito pelo contrário (Singapura, Holanda), e nas menos densas tb não há propriamente grande relação. Segundo, porque é do conhecimento histórico que um dos grandes motivos da estagnação civilizacional durante a idade média e noutras fases de História foi precisamente o afastamento das populações dos centros urbanos.
 
Última edição:

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
15,937
6,125
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Lisboa
Isso é mais que logico.
Mas o pior é tentar tornar tudo ideológico.
Hoje em dia tudo é ideologia
Tentares-te colocar numa posição supra-ideológica é a cereja no topo do bolo.
Como se o que tu dizes não fosse fácil de identificar com ideologias de extrema direita.

Limpar Gaza daquele povo todo tb não era uma posição ideológica, era uma ideia prática.

Marine le pen, ventura, abascal, tudo tecnocratas.
 

Sonic

Bancada lateral
13 Fevereiro 2024
572
987
São diferentes é preciso abordar de forma diferente.
Aquilo que eu acho da França é que obviamente tem um problema de imigração, mas também tem um problema de islamofobia.
Depois é preciso separar os problemas de imigração em dois:
- saturação, ou seja, não dá para mais. Que seria um argumento plausível se fosse verdade. Só que não é. Em lado nenhum.
- integração. Que é efetivamente um problema, mas não se resolve com expulsões. Expulsar para onde? Para o Ruanda? Para o meio do deserto? Expulsar quem? De que forma discricionária? Quando inscreveres numa lei uma palavra que seja que diferencie negativamente direitos pela religião, origem, .... será obviamente racista e xenófobo.

E França tem outro problema de princípio, que é a História. Será que aqueles que hoje querem a expulsão dos magrebinos são os mesmos que queriam os Franceses fora da Argélia?? Obviamente que não.
O Islao é de facto um problema por ali. Alias, nao é so ali mas isso é outra historia.

A França tambem está a pagar pela sua historia, de facto.

Mas a soluçao é deixar tudo arrastar para sempre com consequencias potencialmente devastadoras para os franceses (que em abono da verdade nao tem culpa disto nem da historia do país) ou tentar cortar o mal pela raiz (leia-se que cortar o mal pela raiz nao deve ser entendido como um "expulsar indiscriminadamente os muçulmanos.."?
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
5,806
7,053
A Argentina é um país ingovernável.
100x pior que o Brasil
Não diria ingovernável, mas é necessário deixar de lado ideologias e juntar medidas sociais e liberais para garantir que as pessoas não morrem à fome durante a inevitável recessão económica.

É lamentável, e isso também se aplica ao Brasil, que um dos países com maior sustentabilidade alimentar seja um dos países que mais fome tem no mundo. Programas como as cozinhas comunitárias ou as transferências de renda tinham de ser reforçados e não eliminados nesta fase. E nunca na vida poderias desindexar o peso acima dos 200%.

E tens de olhar para a despesa pública em infraestrutura como um investimento feito em conjunto com uma política monetária mais rígida e não como despesismo de estímulo como tem sido feito há quase duas décadas. Isso não significa travar completamente a economia como o Milei decidiu fazer por capricho ideológico.

And goes without saying... Eliminar a corrupção e fraude fiscal. Transversal a todos os países do mundo e com potencial de transformar para melhor qualquer economia.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
4,049
6,008
Bragança
O Islao é de facto um problema por ali. Alias, nao é so ali mas isso é outra historia.

A França tambem está a pagar pela sua historia, de facto.

Mas a soluçao é deixar tudo arrastar para sempre com consequencias potencialmente devastadoras para os franceses (que em abono da verdade nao tem culpa disto nem da historia do país) ou tentar cortar o mal pela raiz (leia-se que cortar o mal pela raiz nao deve ser entendido como um "expulsar indiscriminadamente os muçulmanos.."?
O Macron, nos debates mencionou duas vezes a possibilidade realista de a França em poucos anos ter uma guerra civil. Curiosamente já ouvi sobre essa possibilidade da boca de luso descendentes em França. Alguém conhece alguém que viva em Marselha ou tenha por lá passado ? A história do Líbano pode repetir-se.
 

Edgar Siska

Бело-голубая армия всех сильней
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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O Macron, nos debates mencionou duas vezes a possibilidade realista de a França em poucos anos ter uma guerra civil. Curiosamente já ouvi sobre essa possibilidade da boca de luso descendentes em França. Alguém conhece alguém que viva em Marselha ou tenha por lá passado ? A história do Líbano pode repetir-se.
Conheço, a minha ex.
Em Marselha mesmo.
Têm essa sensação de panela a rebentar e dizia-me claramente que o que sentia era que o RN ia ganhar as eleições.
 

tocoolant

Bancada lateral
7 Abril 2016
581
313
A questão da imigração/emigração é económica.
Quem ganha com emigração massiva são os interesses corporativos que conseguem força de trabalho a preços muito inferiores.
O Estado não se pode omitir do seu papel de regulador e daí eu ter dito que França teve 30 anos sem fazer nada.
É que imigração sem regras traz uma sem número de problemas a sociedade.
Principalmente de saúde pública e dignidade humana.
Nomeadamente origem dos imigrantes normalmente não tem as condições de saúde idênticas as da Europa e culturalmente a dignidade humana nesses locais é um conceito diferente( viverem 20 pessoas num T2 é normal na Índia ou Paquistão aqui não é)
Depois a pressão sobre o Estado visto que os cidadãos têm direitos adquiridos aqui, direitos que são pagos.
Entrada de gente sem regras vai exigir mais dinheiro para garantir esses direitos a mais pessoas.
Dinheiro que os Estados Europeus não têm!
Vai ser a Europa a imprimir dinheiro para financiar isso???
Impensável que a Europa desvalorize o Euro em 20.ou 30% para acomodar a despesa da emigração desenfreada.
Lamentável foi que se tenha chegado aqui e assistido aos crescimento da Extrema Direita.
Nunca foi feita uma discussão séria sobre o impacto macro que a imigração desenfreada tem nos Estados ora por não interessava a sectores empresariais ou porque ideológicamente tudo ficava com xiliques( falava se de imigração começavam a gritar racismo).
Os problemas não se resolvem com xiliques nem com sensibilidades.
Democracia não é não falar dos problemas.
Tornando nos uma sociedade de coninhas e xonés
Todo o teu comentário parte de várias premissas altamente duvidosas. Entre elas a de que a vinda de imigrantes coloca pressão económica sobre os estados.
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
6,943
6,082
Todo o teu comentário parte de várias premissas altamente duvidosas. Entre elas a de que a vinda de imigrantes coloca pressão económica sobre os estados.
Não há qualquer dúvida.
Basta irmos a um centro de saúde para perceber isso.
Para atender todos os profissionais de saude tinham que trabalhar 16h por dia.
Mais gente= mais necessidades
Ainda sobre a parte económica, o aluguer de apartamentos a 15 e 20 indivíduos( ainda que ilegal)em certas regiões do país faz com que as rendas se mantenham espetacularmente altas.
Com tudo o que isso implica e que o Estado nada faz.
Não me digam que isto é benéfico porque não é.
Só é benéfico para quem os contrata
 

Yggyfcp

Bancada central
25 Maio 2019
1,400
1,056
O Macron, nos debates mencionou duas vezes a possibilidade realista de a França em poucos anos ter uma guerra civil. Curiosamente já ouvi sobre essa possibilidade da boca de luso descendentes em França. Alguém conhece alguém que viva em Marselha ou tenha por lá passado ? A história do Líbano pode repetir-se.
Os meus pais ainda vivem nos arredores de Paris.
O meu pai esta-me sempre a dizer que ali é ca vez pior. Cada ha mais criminalidade.
Aos anos que o meu pai diz que ira haver uma guerra civil.

Eu vou a Paris em trabalho quase todos os meses, e vou sempre visitar os meus pais e vejo pelos meus olhoaquilo que se esta a tornar o bairro.

Alias eu sai de Paris (arredores departamento 93) aos meus 15 anos ja por ver que ali nao havia futuro.
 

tocoolant

Bancada lateral
7 Abril 2016
581
313
Não há qualquer dúvida.
Basta irmos a um centro de saúde para perceber isso.
Para atender todos os profissionais de saude tinham que trabalhar 16h por dia.
Mais gente= mais necessidades
Ainda sobre a parte económica, o aluguer de apartamentos a 15 e 20 indivíduos( ainda que ilegal)em certas regiões do país faz com que as rendas se mantenham espetacularmente altas.
Com tudo o que isso implica e que o Estado nada faz.
Não me digam que isto é benéfico porque não é.
Só é benéfico para quem os contrata
Mais gente = Mais receitas

Mais gente pelas quais não pagaste os cuidados pré-natais, cuidados da primeira infância, ensino primário, secundário e muitas vezes superior e que chegam aqui em idade para trabalhar e começam INSTANTANEAMENTE a descontar impostos e a produzir. PURO LUCRO sem osso.

Não, não é só benéfico para quem contrata. É benéfico para pagar estradas, pensões de velhinhos e afins. Os dados em relação a isto nem são discutíveis. E ainda para mais num país com baixa natalidade.

Em relação às rendas não é um caso de 10 nepaleses num quarto que é minimamente significativo para um problema que involve 30 problema diferentes que vão desde o mau planeamento urbanístico, desinvestimento em infraestrutura, desregulação de preços, especulação imobiliária, etc.

Mas nada disto do que eu disse interessa para quem o sentimento do "eles chegam aqui e querem é benefícios" é mais forte do que qualquer facto ou argumento lógico.
 
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