Actualidade Internacional

Philipp

Tribuna Presidencial
25 Janeiro 2015
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1
  • José Mourinho
"Aquando das últimas eleições brasileiras, não faltou gente a dizer que não via grande mal na vitória dó Bolsonaro e que, não gostando do homem, jamais votaria no outro candidato preferindo a abstenção. Ignoraram a defesa da tortura, da ditadura, do desprezo ativo pelo estado de direito resumido no “ladrão bom é ladrão morto”, da brutal ignorância que o homem demonstrava de cada vez que abria a boca, pelo anúncio do nepotismo etc etc etc. Agora que o indivíduo nada faz que não seja confirmar o que tinha anunciado aparecem com a conversa que se enganaram. Nada mais hipócrita.
Há gente para quem é mais importante não votar em alguém que não é do seu quadrante ideológico mesmo que isso facilite a eleição de um canalha desrespeitador dos mais básicos direitos humanos e da mais comum decência. Parabéns, têm o que quiseram."

Pedro Marques Lopes

PS: Excelente.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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2
  • Março/22
  • Abril/19
Philipp disse:
"Aquando das últimas eleições brasileiras, não faltou gente a dizer que não via grande mal na vitória dó Bolsonaro e que, não gostando do homem, jamais votaria no outro candidato preferindo a abstenção. Ignoraram a defesa da tortura, da ditadura, do desprezo ativo pelo estado de direito resumido no “ladrão bom é ladrão morto”, da brutal ignorância que o homem demonstrava de cada vez que abria a boca, pelo anúncio do nepotismo etc etc etc. Agora que o indivíduo nada faz que não seja confirmar o que tinha anunciado aparecem com a conversa que se enganaram. Nada mais hipócrita.
Há gente para quem é mais importante não votar em alguém que não é do seu quadrante ideológico mesmo que isso facilite a eleição de um canalha desrespeitador dos mais básicos direitos humanos e da mais comum decência. Parabéns, têm o que quiseram."

Pedro Marques Lopes

PS: Excelente.
O Bolsonaro só é presidente do Brasil porque era o candidato que o PT queria que fosse eleito caso não fosse o candidato do PT o eleito, bastava o PT ter-se afastado e Ciro Gomes tinha ganho.... mas como não lhe interessava o Ciro deram a vitoria ao bolsonaro.
 

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Eu não duvido que os chineses mentiram e continuam a mentir mas o meu post sobre a Coreia do Norte em relação à China era de outro teor - condições sanitárias largamente piores em que apenas algumas elites vivem bem o que não acontece com a China em que existe um extrato social bem diferente.

Mas é curioso ler isto sobre o Vietnam e o que fizeram desde o início.


https://www.msn.com/es-xl/noticias/mundo/vietnam-sale-de-su-dura-cuarentena-sin-ninguna-muerte-%c2%bfc%c3%b3mo-lo-hizo/ar-BB13gYZU?ocid=sf
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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1
  • Junho/18
John Wick disse:
A China não são os EUA, nem a Alemanha, a Espanha ou a Itália. Estamos a falar de um país que perseguiu e matou praticantes de Falung Gong, que era uma espécie ritual espiritual através da prática de exercício e meditação, achavam que estava a tomar proporções descontroladas e podiam colocar em causa a estabilidade do regime. Óbvio que eles vão proibir tudo aquilo que achem que coloque em causa a estabilidade do poder político. O silenciamento dos médicos que foram os primeiros a dar conta do surto deste vírus tem muito a ver com isto.

Eu também que os números chineses são piores do que aqueles que oficialmente são apresentados, mas não me acredito que tenham as proporções gigantescas e aterradoras que por aqui falam. Houve um descontrolo inicial, muito pelas características do vírus que era diferente das dos surtos anteriores de SARS e não conseguiram controlar a propagação do vírus, mas a partir daí tomaram medidas muito mais agressivas e invasivas, impensáveis noutros países.

Aqui na Europa e depois nos EUA, mesmo depois de vermos o que tinha acontecido na China e o que estava a acontecer em Itália, muita gente desvalorizava a situação. O vírus chegou aos EUA e continuaram a fazer a sua vida normal, num contexto completamente diferente ao chinês, óbvio que iria fazer muitos mais estragos. E um estudo recente aponta para o metro de Nova Iorque como a principal causa da propagação do vírus de forma descontrolada em Nova Iorque.

É uma situação extremamente complexa, o vírus não olha a fronteiras, estatuto social, económico, etc., mas cada país tem as suas características e é afectado de forma diferente, independentemente do tamanho, densidade populacional, etc.
É preciso perceber que muito provavelmente quando a China faz o lockdown e dá a perceber ao mundo alguma da gravidade da situação é altamente improvável que o virus já não andasse fora desse país, e depois há ainda a questão deles terem fechados voos internos mas não internacionais.

Eu creio que se houvesse uma maior noção do descontrolo chinês e dos verdadeiros números da doença que muito do adiar da situação de paises ocidentais não tinha acontecido, e não refiro isto por causa dos governos mas sim das populações, o pânico tinha-se instalado e os governos teriam sido obrigados a lidar mais cedo com a situação por pressão interna.

Mas o que aconteceu foi até ao lockdown os paises ocidentais não perceberem muito bem o que se estava a passar, e depois acreditar que a China e demais paises asiáticos resolviam tudo sozinhos porque a doença talvez não fosse tão facilmente transmissível, para além de se calhar algum receio de chatear a China encerrado voos internacionais ou fazendo grande conversa sobre o assunto, isto para não falar dos próprios receios sobre o que isso implicaria para as suas economias.

Quanto aos verdadeiros números chineses, depende do que entenderes como muito maiores, se pensarmos que passaram mais de 12 semanas entre os primeiros casos reportados e o lockdown, e partindo do principio que tal como em alguns paises ocidentais os primeiros estudos aos anticorpos apontam para uma infecção de 20% da população sem uma quarentena imediata (o que aconteceu praticamente em todo o lado, incluindo na China), então estamos a falar de um quinto da população da China o que corresponde a 280 milhões de pessoas.

A dúvida depois é qual a taxa de mortalidade, há quem já aponte um intervalo entre 0.3 e 0.6%, isso daria entre 840 mil e 1 680 mil pessoas, a menos que estas primeiras estimativas sobre a percentagem da população e taxa de mortalidade estejam erradas.

 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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  • Março/22
  • Abril/19
@Branco acho que tinhas sido tu que tinhas tambem falado das Universidads americanas, são um viveiro disto..

https://twitter.com/andrewdoyle_com/status/1255119136117657601
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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1
  • Junho/18

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Branco disse:
É preciso perceber que muito provavelmente quando a China faz o lockdown e dá a perceber ao mundo alguma da gravidade da situação é altamente improvável que o virus já não andasse fora desse país, e depois há ainda a questão deles terem fechados voos internos mas não internacionais.

Eu creio que se houvesse uma maior noção do descontrolo chinês e dos verdadeiros números da doença que muito do adiar da situação de paises ocidentais não tinha acontecido, e não refiro isto por causa dos governos mas sim das populações, o pânico tinha-se instalado e os governos teriam sido obrigados a lidar mais cedo com a situação por pressão interna.

Mas o que aconteceu foi até ao lockdown os paises ocidentais não perceberem muito bem o que se estava a passar, e depois acreditar que a China e demais paises asiáticos resolviam tudo sozinhos porque a doença talvez não fosse tão facilmente transmissível, para além de se calhar algum receio de chatear a China encerrado voos internacionais ou fazendo grande conversa sobre o assunto, isto para não falar dos próprios receios sobre o que isso implicaria para as suas economias.

Quanto aos verdadeiros números chineses, depende do que entenderes como muito maiores, se pensarmos que passaram mais de 12 semanas entre os primeiros casos reportados e o lockdown, e partindo do principio que tal como em alguns paises ocidentais os primeiros estudos aos anticorpos apontam para uma infecção de 20% da população sem uma quarentena imediata (o que aconteceu praticamente em todo o lado, incluindo na China), então estamos a falar de um quinto da população da China o que corresponde a 280 milhões de pessoas.

A dúvida depois é qual a taxa de mortalidade, há quem já aponte um intervalo entre 0.3 e 0.6%, isso daria entre 840 mil e 1 680 mil pessoas, a menos que estas primeiras estimativas sobre a percentagem da população e taxa de mortalidade estejam erradas.
Mais de 1 milhão de mortos na China? é isso?

O teu cálculo está completamente errado. Nem é possível fazer um cáclulo desses sem teres uma margem de erro de várias ordens de grandeza.
Só assim por alto cometes vários erros graves (todos com a mesma tendência de sobrestimar):

- Erro básico de epidmiologia. Vais buscar os dados de um Cluster (20% em Nova Iorque) para estimar a infecção num País de grandes dimensões. Curiosamente escolhes o valor mais alto estimado até hoje.

- A densidade populacional de Wuhan é pouco mais de metade da de Nova Iorque (centro urbano).

- A dureza dos diferentes lockdowns. O efeito prático na interrupção do grau de contágio também é exponencialmente proporcional às medidas de contenção, e o nível de viglância extrema (individual) é um factor demolidor.

- Erro muito básico de epidmiologia. O crescimento real de um surto no seu ponto zero (Wuhan) é SEMPRE muito mais lento do que o início em locais externos. Por razões muito óbvias, ter 1 foco é muito diferente de ter vários focos que aparecem a cada novo caso importado.


So aqui podes ter uma variação de 100x, 10x, no teu resultado. Não faço ideia de quanto será, mas não me ponho a fazer cálculos impossíveis de fazer.


Já agora, (e já que continuas inacreditavelmente a ignorar o factor TEMPO na investigação de uma nova doença) um dado engraçado:
- Tempo entre o 1º infetado e interrupção de voos:
China 64 dias
EUA 52 dias

...ora, tendo em conta que quando a doença chegou aos EUA já era um bocadinho mais "conhecida" do que quando apareceu....



 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
21,523
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1
  • Junho/18
Vlk disse:
Mais de 1 milhão de mortos na China? é isso?

O teu cálculo está completamente errado. Nem é possível fazer um cáclulo desses sem teres uma margem de erro de várias ordens de grandeza.
Só assim por alto cometes vários erros graves (todos com a mesma tendência de sobrestimar):

- Erro básico de epidmiologia. Vais buscar os dados de um Cluster (20% em Nova Iorque) para estimar a infecção num País de grandes dimensões. Curiosamente escolhes o valor mais alto estimado até hoje.

- A densidade populacional de Wuhan é pouco mais de metade da de Nova Iorque (centro urbano).

- A dureza dos diferentes lockdowns. O efeito prático na interrupção do grau de contágio também é exponencialmente proporcional às medidas de contenção, e o nível de viglância extrema (individual) é um factor demolidor.

- Erro muito básico de epidmiologia. O crescimento real de um surto no seu ponto zero (Wuhan) é SEMPRE muito mais lento do que o início em locais externos. Por razões muito óbvias, ter 1 foco é muito diferente de ter vários focos que aparecem a cada novo caso importado.


So aqui podes ter uma variação de 100x, 10x, no teu resultado. Não faço ideia de quanto será, mas não me ponho a fazer cálculos impossíveis de fazer.


Já agora, (e já que continuas inacreditavelmente a ignorar o factor TEMPO na investigação de uma nova doença) um dado engraçado:
- Tempo entre o 1º infetado e interrupção de voos:
China 64 dias
EUA 52 dias

...ora, tendo em conta que quando a doença chegou aos EUA já era um bocadinho mais "conhecida" do que quando apareceu....
Eu apenas fiz um cálculo com base nas estimativas iniciais dos primeiros testes a anticorpos que vamos conhecendo, não sei se leste bem, mas eu deixei isso bem claro, não estava a garantir que esses já eram os números mas também não percebo como é que pareces já assumir o contrário.

Quanto ao resto, foram mais de 12 semanas entre o primeiro caso reportado e o lockdown, houve celebrações como o ano novo chinês pelo meio, e há uma diferença entre o lockdown que acontece em Wuhan e o menos limitativo que acontece no resto do país, ou seja esse «super lockdown» que referes não aconteceu em toda a China.

Quanto à densidade urbana, embora seja verdade que Wuhan tem menos densidade populacional (mas não menos população) que NY, também é verdade que não sabes ainda se a taxa de infecção não é também alta fora de zonas de menor densidade, e depois se bem me lembro a China tem muito mais zonas de densidade populacional elevada que os EUA, a menos que acredites que em mais de 2 meses a pandemia não ganhou infectados nas mesmas não percebo muito bem o que estás a defender.

Mas isto era bem simples de esclarecer, era a China deixar que especialistas estrangeiros fossem lá contabilizar os números reais, certamente para afastar quaisquer dúvidas e deixar cair mitos seria a melhor solução, algo que me diz que isso nunca irá acontecer.
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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2
  • Novembro/19
  • Deco
É um absurdo total tentar usar o modelo americano ou de nova iorque para tentar fazer uma estimativa do número "real" de mortos e infectados.

Logo à partida demonstra um claro viés de informação, vai de encontra aquilo que pensamos e procuramos selectivamente, mesmo sem qualquer tipo de fundamento científico.

Além do problema matemático que é um erro básico e sem sentido, não se leva em consideração um número muito grande de factores que influenciam o desenrolar da epidemia nos vários países. Basta olharmos para as diferenças claras entre o padrão epidemiológico em países orientais e em países ocidentais. Temos até o caso da República Checa cujo padrão é muito mais semelhante ao oriental do que ao ocidental. E porque é que isto acontece? Fundamentalmente pelo uso de máscara que reduz significativamente a transmissão e é fácil perceber que nos países orientais, a cultura do uso da máscara está perfeitamente enraizada, pelos níveis de poluição em determinadas zonas, mas principalmente porque muitos países têm zonas de densidade populacional muito elevada e há muitos anos que está estabelecida uma cultura do uso de máscara para evitar a propagação e o descontrolo de surtos de gripe e outras doenças infecciosas. Só isto provoca uma diferença significativa nos padrões epidemiológicos entre países ocidentais e orientais.

Outro factor também importante e a ter em conta é que países autoritários como a China, têm muito maior facilidade e efectividade em colocar em prática medidas de restrição da liberdade individual e invasão de privacidade. E não confundamos com o gerir bem ou mal uma pandemia, mas sim com o facto de num regime autoritário ser muito mais fácil e rápido de aplicar medidas, passar logo à acção, sem ser necessário haver uma discussão e um consenso. Isto não é opinião, está cientificamente provado e é bem retratado no livro do Jared Diamond "Como se renovam as nações".

Dentro de uma subvalorização natural dos números que acontece em todos os países fruto das características do vírus e da doença, os números da China não assim tão descabidos. 
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
21,523
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  • Junho/18
John Wick disse:
É um absurdo total tentar usar o modelo americano ou de nova iorque para tentar fazer uma estimativa do número "real" de mortos e infectados.

Logo à partida demonstra um claro viés de informação, vai de encontra aquilo que pensamos e procuramos selectivamente, mesmo sem qualquer tipo de fundamento científico.

Além do problema matemático que é um erro básico e sem sentido, não se leva em consideração um número muito grande de factores que influenciam o desenrolar da epidemia nos vários países. Basta olharmos para as diferenças claras entre o padrão epidemiológico em países orientais e em países ocidentais. Temos até o caso da República Checa cujo padrão é muito mais semelhante ao oriental do que ao ocidental. E porque é que isto acontece? Fundamentalmente pelo uso de máscara que reduz significativamente a transmissão e é fácil perceber que nos países orientais, a cultura do uso da máscara está perfeitamente enraizada, pelos níveis de poluição em determinadas zonas, mas principalmente porque muitos países têm zonas de densidade populacional muito elevada e há muitos anos que está estabelecida uma cultura do uso de máscara para evitar a propagação e o descontrolo de surtos de gripe e outras doenças infecciosas. Só isto provoca uma diferença significativa nos padrões epidemiológicos entre países ocidentais e orientais.

Outro factor também importante e a ter em conta é que países autoritários como a China, têm muito maior facilidade e efectividade em colocar em prática medidas de restrição da liberdade individual e invasão de privacidade. E não confundamos com o gerir bem ou mal uma pandemia, mas sim com o facto de num regime autoritário ser muito mais fácil e rápido de aplicar medidas, passar logo à acção, sem ser necessário haver uma discussão e um consenso. Isto não é opinião, está cientificamente provado e é bem retratado no livro do Jared Diamond "Como se renovam as nações".

Dentro de uma subvalorização natural dos números que acontece em todos os países fruto das características do vírus e da doença, os números da China não assim tão descabidos.
E no entanto a China nunca nos deixará fazer algo tão simples como testes de anti corpos a populações de várias cidades do seu país, para perceber qual o rácio da população global do país que já os possui.

Até lá tanto as minhas como as tuas estimativas não são mais que conjunturas, e no fundo cada um vai acreditar no que quiser.
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
3,805
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2
  • Novembro/19
  • Deco
Branco disse:
E no entanto a China nunca nos deixará fazer algo tão simples como testes de anti corpos a populações de várias cidades do seu país, para perceber qual o rácio da população global do país que já os possui.

Até lá tanto as minhas como as tuas estimativas não são mais que conjunturas, e no fundo cada um vai acreditar no que quiser.
Eu não fiz nenhumas estimativas, nem ando incessantemente a tentar rebater os números chineses desde que a situação nos EUA se tornou caótica e em Nova Iorque, até temos camiões à porta das funerárias, com 50 cadáveres em decomposição e segundo relatos da população, um cheiro nauseabundo nas ruas e sangue a escorrer do interior dos camiões. Afinal de contas, a situação nos EUA nem é assim tão má e muitas das críticas ao Trump são exageradas. Curiosamente, quando tudo estava tranquilo nos EUA, os números na China não eram uma preocupação.
 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • Campeão Nacional 19/20
  • José Maria Pedroto
John Wick disse:
A China não são os EUA, nem a Alemanha, a Espanha ou a Itália. Estamos a falar de um país que perseguiu e matou praticantes de Falung Gong, que era uma espécie ritual espiritual através da prática de exercício e meditação, achavam que estava a tomar proporções descontroladas e podiam colocar em causa a estabilidade do regime. Óbvio que eles vão proibir tudo aquilo que achem que coloque em causa a estabilidade do poder político. O silenciamento dos médicos que foram os primeiros a dar conta do surto deste vírus tem muito a ver com isto.

Eu também que os números chineses são piores do que aqueles que oficialmente são apresentados, mas não me acredito que tenham as proporções gigantescas e aterradoras que por aqui falam. Houve um descontrolo inicial, muito pelas características do vírus que era diferente das dos surtos anteriores de SARS e não conseguiram controlar a propagação do vírus, mas a partir daí tomaram medidas muito mais agressivas e invasivas, impensáveis noutros países.

Aqui na Europa e depois nos EUA, mesmo depois de vermos o que tinha acontecido na China e o que estava a acontecer em Itália, muita gente desvalorizava a situação. O vírus chegou aos EUA e continuaram a fazer a sua vida normal, num contexto completamente diferente ao chinês, óbvio que iria fazer muitos mais estragos. E um estudo recente aponta para o metro de Nova Iorque como a principal causa da propagação do vírus de forma descontrolada em Nova Iorque.

É uma situação extremamente complexa, o vírus não olha a fronteiras, estatuto social, económico, etc., mas cada país tem as suas características e é afectado de forma diferente, independentemente do tamanho, densidade populacional, etc.
Perseguiu, matou e usou os membros dos Falung Gong como viveiro de órgãos para vender.
Não foi há muito.
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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  • Junho/18
John Wick disse:
Eu não fiz nenhumas estimativas, nem ando incessantemente a tentar rebater os números chineses desde que a situação nos EUA se tornou caótica e em Nova Iorque, até temos camiões à porta das funerárias, cada um com 50 cadáveres em decomposição e segundo relatos da população, um cheiro nauseabundo nas ruas e sangue a escorrer do interior dos camiões. Afinal de contas, a situação nos EUA nem é assim tão mau e muitas das críticas ao Trump são exageradas. Curiosamente, quando tudo estava tranquilo nos EUA, os números na China não eram uma preocupação.
Deves me estar a confundir com outro qualquer, eu nunca acreditei nos números oficiais chineses, mas acho estranho que tanta gente os aceite quase sem questionar, ou que aceite uma versão aproximada dos mesmos.

No fim de contas estamos a falar de um pais que tem mais de 1 milhão de pessoas em campos de concentração com todo o tipo de histórias de horror a sair de lá, e todos vimos o que aconteceu e ainda acontece no Tibete, mas tornaram-se (ou estão em vias disso) na maior economia do mundo, e agora é ver gente constantemente a encontrar desculpas para esta gente e achar que no dia em que eles mandarem nisto tudo é algo semelhante aos nossos direitos e liberdades actuais que vamos continuar a ter.

Este desabafo nem sequer foi para ti, não sei se correspondes a este perfil, podes genuinamente acreditar que estou a ser injusto com o governo chinês, mas dali eu acho que qualquer pessoas com bom senso deveria ao menos entreter a ideia que tudo é possivel.
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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  • Novembro/19
  • Deco
Branco disse:
Deves me estar a confundir com outro qualquer, eu nunca acreditei nos números oficiais chineses, mas acho estranho que tanta gente os aceite quase sem questionar, ou que aceite uma versão aproximada dos mesmos.

No fim de contas estamos a falar de um pais que tem mais de 1 milhão de pessoas em campos de concentração com todo o tipo de histórias de horror a sair de lá, e todos vimos o que aconteceu e ainda acontece no Tibete, mas tornaram-se (ou estão em vias disso) na maior economia do mundo, e agora é ver gente constantemente a encontrar desculpas para esta gente e achar que no dia em que eles mandarem nisto tudo é algo semelhante aos nossos direitos e liberdades actuais que vamos continuar a ter.

Este desabafo nem sequer foi para ti, não sei se correspondes a este perfil, podes genuinamente acreditar que estou a ser injusto com o governo chinês, mas dali eu acho que qualquer pessoas com bom senso deveria ao menos entreter a ideia que tudo é possivel.
Estamos de acordo em muita coisa em relação à China, só não estamos é em relação há muita hipocrisia que vem dos EUA. O meu ponto é que há muito jogo político aqui pelo meio e os EUA não são santinhos. O que acho curioso é que os números na China é que geram a indignação dos EUA e o do Trump, não os campos de concentração e "reeducação" qual 1984, nem tão pouco a perseguição a milhões de praticantes de Falung Gong que serviam para alimentar o comércio de orgãos humanos e se quisesse extrapolar ainda mais podia falar na relação dos EUA com a Arábia Saudita e do quão sadística é. Moral é algo que não existe em política, num momento ou noutro, vais ter que dobrar a espinha.
Outra coisa que me faz confusão é também este jogo político do Trump com a WHO. É evidente que a WHO cometeu erros e foi submissa com a China? Mas poderia ser diferente? Não são um país, são uma agência de saúde com um regime de donativos e contribuições, a sua prioridade é a saúde pública e não a política. Nesta situação, se não tivessem a flexibilidade de se sujeitar à submissão aos chineses não teriam o mínimo de condições para lidar com um este surto epidémico, se não o fizessem teriam uma resistência e oposição clara da China. Não sejamos hipócritas, isto é o mundo sujo da política e não é exclusivo de ninguém.
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
21,523
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1
  • Junho/18
John Wick disse:
Estamos de acordo em muita coisa em relação à China, só não estamos é em relação há muita hipocrisia que vem dos EUA. O meu ponto é que há muito jogo político aqui pelo meio e os EUA não são santinhos. O que acho curioso é que os números na China é que geram a indignação dos EUA e o do Trump, não os campos de concentração e "reeducação" qual 1984, nem tão pouco a perseguição a milhões de praticantes de Falung Gong que serviam para alimentar o comércio de orgãos humanos e se quisesse extrapolar ainda mais podia falar na relação dos EUA com a Arábia Saudita e do quão sadística é. Moral é algo que não existe em política, num momento ou noutro, vais ter que dobrar a espinha.
Outra coisa que me faz confusão é também este jogo político do Trump com a WHO. É evidente que a WHO cometeu erros e foi submissa com a China? Mas poderia ser diferente? Não são um país, são uma agência de saúde com um regime de donativos e contribuições, a sua prioridade é a saúde pública e não a política. Nesta situação, se não tivessem a flexibilidade de se sujeitar à submissão aos chineses não teriam o mínimo de condições para lidar com um este surto epidémico, se não o fizessem teriam uma resistência e oposição clara da China. Não sejamos hipócritas, isto é o mundo sujo da política e não é exclusivo de ninguém.
Sim, é óbvio que o Trump tenta constantemente desviar atenções e culpar os outros, mas o Trump está limitado por regras democráticas que impedem que ele consiga distorcer a informação ao ponto de evitar a critica dos media, que aliás estão contra ele tanto com ou sem razão, portanto se existe escrutinio constante é na sociedade americana.

Eu tenho mais ou menos uma ideia aproximada do que se passa nos EUA independentemente do que o Trump diz ou quer, eu consigo objectivamente perceber daquilo que ele é realmente responsável ou não, tal como vários outros (tanto dentro como fora dos EUA) adiou e desvalorizou no principio mas depois disso fechou e geriu a coisa normalmente fora as suas imbecilidades nas conferências de imprensa, na prática a qualidade da sua gestão na crise médica está na mediania dos paises ocidentais.

E até acho que a sua gestão económica da crise arrisca-se a ser bem superior à europeia, muito por culpa desta última, mas isso ainda falta confirmar.

Ou seja, eu não acho no meio disto tudo o Trump relevante, foi apenas um dirigente internacional que geriu de forma mediana o seu pais quando a pandemia lá chegou, e se depois tentou responsabilizar a China e a WHO é preciso também ser objectivo o suficiente para perceber o que faz sentido ou não nessas criticas, independentemente de percebermos a forma como ele está a tentar se desviar dos ataques dos media.

No caso da WHO eu tenho evitado criticar, já referi que existem erros iniciais por demasiada proximidade com a retórica chinesa, mas a dado momento que a pandemia se torna um fenómeno global é algo que a organização não tem condições para fazer muito mais, e acho mal que o Trump tenha cortado o financiamento, embora suspeite que na prática isso não vai acontecer porque aparentemente eles já tinham pago a sua quota deste ano em Janeiro, até ao próximo ano ou outro presidente vai retroceder ou até o próprio Trump arranjará uma desculpa para fazer isso, é só show off.

As minhas criticas ou estimativas em relação à China existem à margem de tudo isto, tenho sérias dúvidas em relação a sequer uma versão aproximada dos dados oficiais, e acredito que mesmo com toda a censura do mundo mais tarde ou mais cedo vamos todos realmente começar a ter uma ideia do que se passou (e ainda anda a passar) dentro desse país no que à pandemia diz respeito.
 

Devenish

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11 Outubro 2006
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  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Há 75 morreu em Berlim, Adolf Hitler, suicidando–se com um tiro de pistola no bunker da chancelaria com a sua família. No caso português, urge lembrar que Salazar decretou três dias de luto nacional com bandeiras a meia haste, o único governante a fazê–lo na Europa, nem Franco o fez. O psicopata e genocida fugiu ao julgamento merecido e apenas a História lhe fez justiça. Foi um monstro racista, xenófobo e nacionalista que fez do antissemitismo bandeira e semeou a destruição, o caos e a violência, com milhões de mortos.
 

Morais

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4 Maio 2017
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Devenish disse:
Há 75 morreu em Berlim, Adolf Hitler, suicidando–se com um tiro de pistola no bunker da chancelaria com a sua família. No caso português, urge lembrar que Salazar decretou três dias de luto nacional com bandeiras a meia haste, o único governante a fazê–lo na Europa, nem Franco o fez. O psicopata e genocida fugiu ao julgamento merecido e apenas a História lhe fez justiça. Foi um monstro racista, xenófobo e nacionalista que fez do antissemitismo bandeira e semeou a destruição, o caos e a violência, com milhões de mortos.
Aqui na América Latina com destaque para o Sul do Brasil e sobretudo na Argentina existem muitas estórias ou teorias que ele continuou vivo após a II Grande Guerra eu particularmente não creio nisso mas que existem muitos rumores lá isso existem,embora com muito pouca fundamentação em minha modesta opinião.
Certo é que hoje não estaria mais vivo tal criatura o problema é que essa espécie não foi totalmente erradicada e andam por aí aos molhos,felizmente não matam mais ninguém mas mordem aqui e ali.Todo o cuidado é pouco para essas criaturas e nada de andar distraído.
 

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Morais disse:
Aqui na América Latina com destaque para o Sul do Brasil e sobretudo na Argentina existem muitas estórias ou teorias que ele continuou vivo após a II Grande Guerra eu particularmente não creio nisso mas que existem muitos rumores lá isso existem,embora com muito pouca fundamentação em minha modesta opinião.
Certo é que hoje não estaria mais vivo tal criatura o problema é que essa espécie não foi totalmente erradicada e andam por aí aos molhos,felizmente não matam mais ninguém mas mordem aqui e ali.Todo o cuidado é pouco para essas criaturas e nada de andar distraído.
Há fotos tiradas com ele morto - coloquei uma delas no meu facebook, aqui não vale a pena porque dá trabalho (pouco mas dá e a figura em causa não merece).
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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Devenish disse:
Há fotos tiradas com ele morto - coloquei uma delas no meu facebook, aqui não vale a pena porque dá trabalho (pouco mas dá e a figura em causa não merece).
Eu tenho ideia que os restos dele foram destruidos, posso estar enganado mas parte do que alimenta teorias de conspiração sobre depois ter ido para a américa latina é isso mesmo, não sei é se fizeram depois qualquer tipo de análise que permitiu provar que de facto era ele, mas tenho ideia que sim.
 

Morais

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A ossada do Josef Mengell foi achada e identificada no litoral santista por Romeu Tuma curiosamente um dos maiores ocultadores de ossadas do regime militar brasileiro pois era chefe do DOPS e depois virou político na Era Collor.