JMPedroto disse:
vemos o caso de 2 marroquinos que entraram no país sem documentos falsos e vivem como refugiados a angariar para grupos extremistas, como resolverias o problema?
Eu resolveria da seguinte forma, endurecia as regras de imigração e faria cruzamento de dados com autoridades internacionais e países de origem se fosse possível.
Essa solução é puramente ideológica e nem precisavas desse exemplo específico, contado de forma bastante simplista e factualmente errado, para chegar a essa conclusão. Bastava dizeres que endurecias as regras de imigração porque tens medo de estrangeiros.
Já agora, a história completa:
Setembro de 2013
Abdesselam Tazi e Hicham El Hanafi chegam a Lisboa num voo vindo de Bissau,
com documentos falsos. Dizem que são perseguidos no seu país natal, Marrocos, e pedem asilo político. Ficam vários meses a morar no centro de refugiados da Bobadela (Loures), sendo-lhes dada autorização de residência até Outubro de 2019.
Janeiro de 2014
Os dois marroquinos mudam-se para Aveiro. Primeiro ficam num centro de acolhimento, depois alugam quartos particulares ou de hotel. Viajam para a Alemanha com frequência.
Agosto de 2015
Alertada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras por causa das frequentes deslocações da dupla para fora do país, o Ministério Público põe a PJ no seu encalce. Hicham El Hanafi tenta viajar para a Síria, mas não consegue, porque vê recusada a entrada na Turquia.
Agosto de 2016
Abdesselam Tazi é detido na Alemanha por falsificação de cartões de crédito. Cumpre seis meses de cadeia e é extraditado para Portugal, por suspeitas de terrorismo. Continua até hoje na cadeia de Monsanto.
Novembro de 2016
Hicham El Hanafi é detido em França por suspeitas de preparação de atentado terrorista. Continua preso preventivamente até hoje.
Julho de 2019
Abdesselam Tazi, de 65 anos, foi condenado a 12 anos de prisão.
Ou seja, tudo funcionou como devia ser.
O SEF alertou para actos suspeitos, a PJ investigou, a interacção com as autoridades francesas e alemãs funcionou como devia ser e os Tribunais julgaram e condenaram.