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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Com já poderás ter entendido, no que toca ao desporto não me é simpática a ideia que haja alguém a competir com outrem com vantagens injustas. Acredito que não ter nenhuma divergência de opinião a esse respeito contigo como certamente terás depreendido do meu primeiro comentário (em que tive o cuidado de meter ponto 1 o que é legitimo no desporto, ponto 2 o que é legítimo na sua existência em sociedade).

E deixa-me concordar novamente contigo noutra coisa. "Não podes responder pelas mulheres, se aceitam, se querem ou se as incomoda.". Pois não, não posso. E acrescentaria o seguinte: nem tu. Mas tanto eu como tu podemos ter uma opinião mesmo que nenhum de nós esteja com a pretensão que "fala pelas mulheres".

Por fim e depois de tanta concordância deixa-me só terminar com uma nota de discordância. O possível "incomodo" de um homem ou de uma mulher a ver um Trans a entrar numa casa de banho não é nenhum "direito adquirido" de exclusão de um espaço público de outrem porque como disseste e bem "o atenuar de um mal" (neste caso o incomodo do homem ou da mulher) não é minimamente comparável à humilhação estares a dizer a um(a) adulto(a) onde pode fazer as necessidades como se fosse um animal doméstico.

Até me obrigas a utilizar "linguagem inclusiva" (que eu sinceramente detesto) para não excluir os Trans macho (sim existem) no meu raciocínio...
Curiosamente, eles estão sempre muito preocupados com as desvantagens das mulheres ao competir com uma mulher trans no desporto. Mas basta alguém mencionar as diferenças salariais entre homens e mulheres — especialmente no que toca a prémios e remunerações no desporto — e surgem logo mil argumentos para justificar essas desigualdades e o tão falado sentimento de justiça desaparece completamente.

Quanto à participação de mulheres trans no desporto, essa decisão deve caber às federações das modalidades em questão, com base em critérios científicos e técnicos. Não devia ser uma questão ideológica, decidida pela entourage do Trump.
 

Edgar Siska

Grande Capitão JC2#
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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no entanto só se fala dos homens que transitam para mulher...
...o que é curioso...
Penso que isso esteja realizado na grande centralização dessa discussão na participação desportiva.
Uma vez que um homem trans em príncípio o que tem é uma grande desvantagem logo à partida se participasse em provas masculinas.

Logo daí veres as grandes indignações virem sobretudo cair sobre obviamente mulheres trans.
 
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Reações: MiguelDeco

tocoolant

Bancada central
7 Abril 2016
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Curiosamente, eles estão sempre muito preocupados com as desvantagens das mulheres ao competir com uma mulher trans no desporto. Mas basta alguém mencionar as diferenças salariais entre homens e mulheres — especialmente no que toca a prémios e remunerações no desporto — e surgem logo mil argumentos para justificar essas desigualdades e o tão falado sentimento de justiça desaparece completamente.

Quanto à participação de mulheres trans no desporto, essa decisão deve caber às federações das modalidades em questão, com base em critérios científicos e técnicos. Não devia ser uma questão ideológica, decidida pela entourage do Trump.
Caro Manageiro de futból, concordo com o espírito da tua resposta. A necessidade da valorização da mulher no desporto (e por extensão em outros sectores mais importantes da sociedade). Assim como concordo com a reprovação daquilo que é a doutrina Trump nesta matéria. Apenas algumas reflexões que poderás concordar ou discordar. Estou curioso para saber a tua opinião.

Na questão das desigualdades salarias eu tenho sentimentos mistos no que ao desporto diz respeito. Sempre considerei que poderemos sempre culpar as discrepâncias nos rendimentos de homens e mulheres no desporto em maior ou menor medida a factores que são comuns à discrepância de rendimentos de género noutros sectores da sociedade mas sempre vi o caso do desporto como um caso muito particular em que mal ou bem considero "natural" que as haja. Não nesta ordem de grandeza mas é natural que as haja.

Não considero que as mulheres "devam" ganhar menos ou "devam" ganhar mais por uma estrita questão de que "elas jogam pior" e como tal têm "menos mérito" ou "menos produtividade". Acho de resto que esse tipo de argumentário é simplista e injusto para não dizer que me cria alguma repulsa. Principalmente quando vem de alguns trolls que gostam de usar um meme qualquer duma jogadora que teve um mau lance para esfregar na cara de feministas um bocadinho mais "over the top".

Simplesmente acho "normal" elas ganharem menos que os homens porque enquadro o desporto de alta competição num ramo de actividade mais amplo: a indústria do entretenimento. E na indústria do entretenimento há sectores em que a mulher ganha tanto ou mais que homem "naturalmente" porque o paradigma de avaliação no entretenimento é a atenção que se consegue captar e o valor que o espectador está disposto a pagar pelo entretenimento. E a esse respeito temos que dizer que é quase inescapável. O "produto" de entretenimento do futebol feminino pode não ter o mesmo "appeal" do futebol jogado por homens.

Dizendo isto compreendo também que haja alguns contrapontos a este meu raciocínio. Há uma maior publicitação do desporto masculino "by default" o que pode abafar alguns desportos femininos onde até poderia haver mais interesse e posso também entender que o desporto pode ser visto não apenas como entretenimento mas como um bem publico que pode operar numa lógica não puramente mercantilista. Neste âmbito não sou contrário ao encaminhamento de verbas de algum desporto masculino para o feminino como se faz na NBA.

Por fim e voltando ao desporto Trans. Sim, compete às federações e não aos governos estabelecer as regras do desporto competitivo. Mas infelizmente vivemos num mundo onde tudo é politico. Teria mais mil coisas para dizer neste ponto mas estou cansado... cheers..
 
9 Março 2012
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  • Alfredo Quintana
O que tu não sabias e eu admito que também não, é que o Biden retirou apoios a Universidades, que não aceitaram o DEI, como lhe foi proposto, onde se incluíam cenas como esta. Deve ser muito triste para um doutorado em Biologia ter de abandonar tudo que sabe como cientista e chegar ao pé dos alunos e ser obrigados a dizer que existem dezenas de géneros.
É tipo as deportações do Obama...ficaram no silêncio...na altura que aconteciam, não houve notícias, alarido. Só muito depois se souberam os números.
Tu és portista. Nos melhor que ninguém sabe o poder da manipulação da imprensa. O mesmo assunto, clubes diferentes, o realce dado negativamente, quando é um clube ou outros.
Na política ainda é mais sujo
Sabes o que é realmente revelador? É que ao contrário de mim e de ti(?) para o monte de merda ambulante importa um poio laranja que el"a" dê 200 metros de avanço numa prova de 100 barreiras, ou que el"a" dê cabo de 10 costelas à minha/tua(?) filha num jogo de futebol.... Isso tira-lhe tanto o sono como a saúde do Bidão...

É isso sim um osso que dá um jeitaço do k@r@lho não largar...porque junta à suposta causa 🤭🤭🤭 a aprovação daquele grupo da manada mais moderado, quando, simultaneamente, o verdadeiro objetivo é sim agradar à malta dos capuzes...daqueles que um dia disse serem "very fine people on both sides"...mas sobretudo num dos lados!
 

Manageiro de futból

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Caro Manageiro de futból, concordo com o espírito da tua resposta. A necessidade da valorização da mulher no desporto (e por extensão em outros sectores mais importantes da sociedade). Assim como concordo com a reprovação daquilo que é a doutrina Trump nesta matéria. Apenas algumas reflexões que poderás concordar ou discordar. Estou curioso para saber a tua opinião.

Na questão das desigualdades salarias eu tenho sentimentos mistos no que ao desporto diz respeito. Sempre considerei que poderemos sempre culpar as discrepâncias nos rendimentos de homens e mulheres no desporto em maior ou menor medida a factores que são comuns à discrepância de rendimentos de género noutros sectores da sociedade mas sempre vi o caso do desporto como um caso muito particular em que mal ou bem considero "natural" que as haja. Não nesta ordem de grandeza mas é natural que as haja.

Não considero que as mulheres "devam" ganhar menos ou "devam" ganhar mais por uma estrita questão de que "elas jogam pior" e como tal têm "menos mérito" ou "menos produtividade". Acho de resto que esse tipo de argumentário é simplista e injusto para não dizer que me cria alguma repulsa. Principalmente quando vem de alguns trolls que gostam de usar um meme qualquer duma jogadora que teve um mau lance para esfregar na cara de feministas um bocadinho mais "over the top".

Simplesmente acho "normal" elas ganharem menos que os homens porque enquadro o desporto de alta competição num ramo de actividade mais amplo: a indústria do entretenimento. E na indústria do entretenimento há sectores em que a mulher ganha tanto ou mais que homem "naturalmente" porque o paradigma de avaliação no entretenimento é a atenção que se consegue captar e o valor que o espectador está disposto a pagar pelo entretenimento. E a esse respeito temos que dizer que é quase inescapável. O "produto" de entretenimento do futebol feminino pode não ter o mesmo "appeal" do futebol jogado por homens.

Dizendo isto compreendo também que haja alguns contrapontos a este meu raciocínio. Há uma maior publicitação do desporto masculino "by default" o que pode abafar alguns desportos femininos onde até poderia haver mais interesse e posso também entender que o desporto pode ser visto não apenas como entretenimento mas como um bem publico que pode operar numa lógica não puramente mercantilista. Neste âmbito não sou contrário ao encaminhamento de verbas de algum desporto masculino para o feminino como se faz na NBA.

Por fim e voltando ao desporto Trans. Sim, compete às federações e não aos governos estabelecer as regras do desporto competitivo. Mas infelizmente vivemos num mundo onde tudo é politico. Teria mais mil coisas para dizer neste ponto mas estou cansado... cheers..
De uma forma geral, acho que os salários devem refletir a capacidade económica de cada modalidade desportiva, mas os prémios atribuídos por entidades como as federações — por exemplo, pela participação em competições ou Jogos Olímpicos — devem ser iguais para todos.
 

Manageiro de futból

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o génio a atacar uma universidade conhecida por ser das melhores do mundo
só faz merda...

Mas não há problema porque o Biden fez igual, como se pode ver neste link aqui que vou partilhar abaixo.
 

Cheue

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quando era puto gozávamos uns com os outros por chupar calippos no verão.

ao menos esses parecem mesmo pilas
 
  • Haha
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