Eu conheço, unica coisa que tem são os dormitórios. De resto.Conheço perfeitamente, é quase como comparar o palmarés do Braga com o nosso.
Aqui o problema também é a subdimensao do Olival e aí concordo.
Eu conheço, unica coisa que tem são os dormitórios. De resto.Conheço perfeitamente, é quase como comparar o palmarés do Braga com o nosso.
Mas a estás a querer comparar uma academia com 4 ou 5 anos(ainda não acabada)com qualificação top por parte da UEFA com um centro de treinos com mais de 20 anos,com 4 campos relvados e um sitentetico,com uns balneários pelo meio e com umas salas que arranjaram para fazer uns ginásios?Eu conheço, unica coisa que tem são os dormitórios. De resto.
Aqui o problema também é a subdimensao do Olival e aí concordo.
Sim, porque conheço o.Mas a estás a querer comparar uma academia com 4 ou 5 anos(ainda não acabada)com qualificação top por parte da UEFA com um centro de treinos com mais de 20 anos,com 4 campos relvados e um sitentetico,com uns balneários pelo meio e com umas salas que arranjaram para fazer uns ginásios?
Conheces mesmo?Sim, porque conheço o.
Já agora nao custou uns 6 milhoes o do braga?
Sim.Conheces mesmo?
Não concordo que precisemos de um CAR. Aliás, até essa ideia surgir, nunca ouvi em nenhum lado que o CAR era uma necessidade premente. Nem mesmo agora, com a equipa A a ter estes resultados abaixo do normal, ouvi alguém dizer que um dos motivos é o facto de treinarmos num espaço obsoleto.
Mas dando essa de graça, vamos admitir que o CAR é uma necessidade absoluta. Mesmo sendo uma necessidade absoluta, qual o sentido de o fazeres num terreno no qual é impossível expandires o CAR para algo maior? E depois de construíres o CAR, o que fazes a partir daí? Esperas mais 25 anos até o CAR ser obsoleto e começas então a fazer a Cidade Desportiva noutro local? Não era mais inteligente fazer o CAR num espaço onde, aos poucos e por fases, fosse possível durante "X" tempo ir acrescentando outras valências para a Formação e Modalidades?
Dizer "eu acredito nesta direção" é um argumento demasiado ténue para justificar este investimento de milhões. Foram cheques em branco como este que a anterior direção teve e que nos levou ao estado em que nos encontramos. O CAR tem de ser debatido a fundo e os sócios têm direito a perceber qual é o plano de curto, médio e longo prazo. Não pode ser um compromisso pessoal pré-eleições a ditar o futuro do clube numa matéria de tão grande importância.
-------------------Novidades?
Eu julgo que deveria haver uma recolha de assinaturas para se discutir este tema em específico numa AG dedicada única e exclusivamente a este tema.Também me surpreende a ausência de debate numa decisão que é absolutamente estruturante para o futuro do clube. Hoje, na Assembleia, o tema foi pouco abordado e, quando foi, foi pelo ângulo errado, com a comparação Maia vs CAR, que já não é o que deve ser debatido ao dia de hoje, dado o espaço na Maia estar totalmente posto de parte.
Gostava de ter ouvido hoje do Presidente quais as vantagens de se fazer o CAR num terreno que nunca permitirá a expansão para uma Cidade Desportiva, ou algo parecido. Gostava de ter ouvido como vamos colocar no Olival toda a Formação, tanto do masculino como do feminino. Gostava de ter ouvido onde e como vai ser a nova Casa do Dragão, e como vai resolver os problemas logísticos que vão continuar a existir por termos o local de alojamento afastado do local de treino. Gostava de ter ouvido quando será possível termos um espaço ajustado às reais necessidades da Formação, e se, ao gastar milhões no CAR sem possibilidade de expansão, isso não irá tornar essa possibilidade inexequível nos próximos 30/40 anos.
Há mesmo muito para se debater em relação a este projecto. E, tenho a certeza, se fosse dado a conhecer a todos os associados os prós e contras desta obra, só por seguidismo ou cegueira esta seria vista como a solução ideal.
Eu também sou da opinião que a academia é essencial para o futuro do clube mas a ideia do presidente e da sua direção é a criação do CAR.Infelizmente um ano se passou e continuamos sem grandes novidades relativamente a este tema que é crucial para o futuro do clube. Espero que essa opção do CAR não avance e se crie de vez uma academia ou cidade do futebol, o clube e as suas gentes merecem. Já vimos que a formação em Portugal é das melhores do mundo e temos de continuar a apostar e a incentivar a mesma.
Boas, uma pergunta sincera: és um especialista neste assunto?Sempre que há movimento neste tópico crio alguma expectativa. Já devia ter aprendido com o passado que não vale a pena, mas não consigo controlar.
O que o @DragãoAzul diz é pertinente e eu concordo em absoluto. No entanto, este continua a ser um assunto pouco debatido quando devia ser escrutinado até ao último pormenor dada a sua importância para o futuro do clube.
Se há algo de positivo que saiu desta rábula da permanência/despedimento do Vítor Bruno foi a percepção geral que, apesar do excelente trabalho em termos absolutos, o nosso Presidente não é infalível, e claramente errou no timing do despedimento do nosso anterior treinador. Ora isso significa que também neste assunto ele poderá estar errado. E está. Mas a grande diferença em relação ao tema treinador é que esse será sempre um assunto amplamente discutido por toda a nossa realidade, enquanto o tema CAR/Academia ora é indiferente à grande maioria dos sócios/adeptos, ora a informação para ter uma opinião devidamente fundamentada é escassa, o que faz com que sejam muito poucos os que podem falar com alguma propriedade sobre o tema. Mesmo nas últimas assembleias pouco se falou sobre isso, e inicialmente centrou-se num debate que hoje já não existe (Olival vs Maia).
Gostava de ver pessoas com algum impacto na realidade do FC Porto a pegar devidamente neste tema e a debatê-lo a fundo. Não podemos ficar presos a uma teimosia ou a um compromisso assumido pré-eleições quando não se tinha a noção exacta do que eram as necessidades do clube, para se tomar uma decisão de tão grande importância. Não querendo ser repetitivo, o CAR no terreno em que está projectado não só não resolve os problemas actuais do clube como o condena a nunca mais poder pensar em ter uma Cidade Desportiva. Não é o caminho.
--------------------Eu também sou da opinião que a academia é essencial para o futuro do clube mas a ideia do presidente e da sua direção é a criação do CAR.
Na última AG o próprio AVB disse que o projeto ia avançar estando ainda pendente de financiamento.
Eu julgo que ninguém aqui está a pedir para que se faça a Cidade de Futebol em 3anos ...Acho muito difícil conseguirmos ter dinheiro para uma Academia ao nível da dos rivais. Que é o que devíamos almejar.
E posto isto, se fosse ao AVB diria abertamente aos sócios que estão a estudar mais opções e que só quando a situação financeira estiver melhor é que se avança para uma decisão. Enquanto isso estudam-se possíveis soluções.
Custa mas prefiro isso do que remendos.
Em relação às tuas questões, e passando à frente o ser ou não especialista, começo pelo porquê de achar que o Presidente está errado nesta opção. Para o demonstrar, antes de tudo é preciso perceber o que se pretende da obra. Sendo nós um clube desportivo, eu diria que o principal objectivo de uma obra desta magnitude será melhorar o desempenho das nossas equipas (nas mais diversas modalidades e escalões), proporcionando-lhes sobretudo melhorias em dois âmbitos: desportivo e logístico.Boas, uma pergunta sincera: és um especialista neste assunto?
Referenciei 3 passagens tuas:
1.AVB está errado? porque?
2. A informação é escassa, mas onde anda essa informação e quem poderá ter essa informação? Temos pessoas dessas dentro do universo portista?
3. Não se tem a noção exacta das necessidades do clube? Acho que AVB veio preparado para todos os assuntos ... Mas eu gostava de saber exactamente quais as necessidades do clube neste momento.
Para terminar quais as pessoas com algum impacto na realidade do FC Porto para se pegar neste assunto?
A minha opinião é que nem CAR nem a Maia tal como proposto seriam suficientes ...
Para ser na Maia teríamos que ficar com quase todo o parque desportivo de Silva Escura ... de tal forma que perfizessem no mínimo 40hectares ... E digo isto com o que vemos nos rivais ...
AVB tem a sua visão ... tem experiência como homem do futebol mas sinceramente o CAR ficaria muito aquém do que merecemos como maior clube nacional ...
Mas gostaria que isto fosse discutido e fossem apresentadas outros locais alternativos ... por quem conheça de lugares possíveis e realizáveis ... Devemos ter vários arquitectos por aqui que possam dar uma opinião mais elaborada sobre possívies locais ...
E mais deveríamos fazer isso ASAP, antes que se compre um terreno que depois não dê para fazer nada ...
Tens ideia de alguma área que pudesse servir para a solução que propões?Em relação às tuas questões, e passando à frente o ser ou não especialista, começo pelo porquê de achar que o Presidente está errado nesta opção. Para o demonstrar, antes de tudo é preciso perceber o que se pretende da obra. Sendo nós um clube desportivo, eu diria que o principal objectivo de uma obra desta magnitude será melhorar o desempenho das nossas equipas (nas mais diversas modalidades e escalões), proporcionando-lhes sobretudo melhorias em dois âmbitos: desportivo e logístico.
O Desportivo faz-se aumentando a qualidade do treino e de todos os serviços associados diretamente à performance do atleta (departamento médico, nutrição, psicologia, etc.). O Logístico faz-se aumentando o conforto dos atletas naquilo que são as suas rotinas diárias.
Olhando à realidade actual do clube, temos as equipas A e B a treinar no Olival e a Equipa A feminina a treinar entre Olival e Pedroso. O CAR iria permitir ter as 3 no mesmo espaço com melhores condições, juntando-se a estas equipas os Sub-19 masculinos.
Na Formação, onde temos 18 equipas de competição masculinas e 2 femininas, temos as nossas equipas a treinar em 4 espaços distintos: Olival (Sub-19 e Sub-13 a Sub-7), Constituição (Sub-14 a Sub-16), Pedroso (Sub-17) e Estádio Universitário (Sub-17 e Sub-19 femininos), dispersos por 5 horários distintos (09h00, 11h00, 16h00, 18h00 e 19h30). Para além destes espaços, é determinante para compreender toda a logística saber que a partir dos Sub-14 todos os atletas estão inseridos no nosso contexto de ensino, ficando divididos entre a Escola Maria Lamas e o Colégio Júlio Dinis. A esta realidade é ainda preciso acrescentar a Casa do Dragão, afastada de qualquer um destes pontos acima referidos.
Retirando os Sub-19 a esta contabilidade, que iriam para o CAR, todas as restantes equipas iriam para o Olival, num total de 19 equipas. Isto sem contar com o crescimento do futebol feminino, cujos escalões dos Sub-16 para baixo estão, à data, sob responsabilidade da Dragon Force, mas cujo objectivo é que a pouco e pouco passem para a esfera do Departamento de Formação.
Antes de olharmos para o Olival, referir que tanto o Olival como o CAR (no terreno em que está projectado), não têm possibilidade de expansão. Ou seja, o que se decidir fazer agora, será o que teremos para toda a nossa realidade nos próximos 25/30 anos.
Em relação ao Olival, o que teremos aí no futuro será o que temos agora: 4 campos para treino e um Mini-Estádio. Desses 4 campos de treino, apenas um pode receber jogos oficiais. Basicamente ficaríamos com 4 campos para treino e 2 campos para jogo para 19 equipas, sendo um desses campos de jogo de relva natural, ou seja, limitado na sua utilização. Ou seja, os problemas de espaço que temos hoje tanto para treino como para jogo iríamos continuar a ter. Não na mesma escala, mas iriam continuar a acontecer ao ponto de continuarmos a precisar de treinar e jogar em outros espaços. Para além disso, faltam valências várias ao Olival que tornam impossível dar resposta a tão grande número de equipas/atletas. A principal é o alojamento, que impacta sobretudo na gestão logística dos atletas e a nossa abrangência em termos de recrutamento. Mas há mais, como o facto da maioria dos espaços (ginásio, gabinetes, posto médico, etc.) estarem subdimensionados, já que foram construídos para servir uma realidade muito mais pequena de atletas, e não os mais de 400 que iriam passar a utilizar o Olival diariamente.
Falando agora na questão logística. Na opção CAR+Olival, para que o Olival possa ser utilizado por um maior número de equipas, os treinos têm de estar espaçados durante o dia. Isso cria um problema logístico terrível, sobretudo quando temos o contexto de alojamento e de escola muito afastado do local de treino. Dando um exemplo concreto, se formos buscar dois atletas de Barcelos, um com treino às 09h00 e outro com treino às 16h00, o primeiro terá de estar no Olival às 08h30 no máximo, enquanto o segundo terá de estar no Colégio às 08h20, uma vez que apenas terá treino à tarde. Quem conhece o trânsito no Porto sabe perfeitamente que, para que o primeiro possa estar às 08h30 no Olival, o segundo tem de ficar no Colégio uma hora antes. Ou seja, acordou às 5 e pouco da manhã, apanhou o transporte às 6h para estar no Colégio às 7h30, para ter aulas às 08h20. Depois, o regresso respeita a mesma dinâmica. Vai terminar o treino às 17h30, apanhar o transporte às 18h00, ir ter ao Colégio para ir buscar o que teve treino de manhã, e vai chegar a casa a passar das 20h00. Isto todos os dias. Depois os nossos adeptos admiram-se que tenhamos nas Fases Finais atletas cheios de cãibras e a claudicar em momentos decisivos. Isto é o que acontece atualmente com os nossos atletas e não seria muito diferente mesmo tendo o Olival apenas para a Formação. Toda esta logística é extremamente prejudicial para o rendimento desportivo, desempenho académico e até mesmo desenvolvimento físico de qualquer atleta, para não mencionar o seu bem-estar físico e mental. Mas a dispersão de horários não impacta apenas no transporte, impacta também na questão escolar. Basta pensar no transtorno que é o simples facto de se subir um atleta de escalão. Se o seu horário escolar estiver ajustado para treinar às 16h00 e se de repente tiver de treinar às 11h00, toda a sua rotina diária fica alterada de um dia para o outro.
Este levantamento serve para percebermos algo que é determinante para termos um espaço que seja o mais funcional possível: o número de campos. É o número de campos que vai determinar toda a qualidade do processo, porque permite uma menor dispersão dos horários de treino e, por isso, uma melhoria muito significativa tanto a nível desportivo como logístico. Por isso é que defendo que o cenário ideal para o clube é que o CAR seja construído num local que permita a expansão progressiva do número de campos e de valências, incluindo alojamento. A médio prazo, teremos a cidade desportiva de que precisamos, indispensável a um clube da dimensão do nosso e que pretende ser uma referência na Formação. Esta opção traz inúmeras vantagens:
- Melhor articulação de transporte, seja do serviço contratado pelo clube, seja entre as próprias famílias, permitindo mais tempo de descanso, estudo e lazer aos atletas.
- Articulação com a parte académica facilitada, independentemente do ano frequentado ou do escalão em que esteja.
- Facilidade na mudança de escalão de um atleta a meio da época, permanente ou temporária, sem que isso crie um enorme problema logístico e escolar.
- Mais tempo para os atletas fazerem o pré e pós treino, pois o campo estará sempre livre.
- Possibilidade de montar o treino com antecedência, não perdendo tempo efetivo de treino.
- Mais espaço fora do horário normal de treino para trabalho individualizado ou específico (p.e., para algo como o PJE, que tínhamos no passado).
- Garantia de que os escalões mais velhos não têm de partilhar o campo entre si.
- Espaço para jogos-treino a qualquer altura (semana ou fim-de-semana), sem prejudicar o horário ou espaço de treino ou jogo de outras equipas.
- Garantia que todas as equipas teriam espaço para o seu jogo ao fim-de-semana.
- Proximidade entre equipa profissional e Formação, fomentando a criação de sinergias.
- Possibilidade de todas as equipas de U14/U15 para cima treinarem em relvado natural, sem prejuízo de prepararem alguns jogos em relvado sintético quando necessário.
- Atractividade para o recrutamento de atletas, sobretudo os mais jovens. A falta de infraestruturas é a principal razão da perda de talento para os nossos rivais (e muito mais haveria a falar sobre isto...).
- Fonte de receita extraordinária através do aluguer do espaço a equipas/escolas de futebol estrangeiras em qualquer altura, mesmo que tenhamos as nossas equipas a treinar em simultâneo.
Como tem sido referido por aqui, e não só por mim, a discussão actual já não tem de ser sobre CAR ou Maia. Esse assunto está enterrado. A discussão actual tem de ser: fazer algo para tapar um buraco, aquém do necessário, sem capacidade de crescimento (CAR+Olival) e que hipoteca uma Cidade Desportiva para os próximos 30 anos, ou fazer algo mais demorado, que possa até começar por priorizar a equipa A mas que seja feito num local que depois permita ir acrescentando mais valências para que daqui a 10/15/20 anos tenhamos, de facto, uma Cidade Desportiva digna da grandeza do nosso clube. A resposta, no meu entender, é óbvia.
Quanto às outras questões, e porque já me estiquei um pouco na resposta à primeira, vou tentar ser conciso. A informação existe junto de quem vive a nossa realidade de forma mais próxima, seja de forma directa ou indirecta. AVB não vinha assim tão preparado para o que ia encontrar na Formação. Basta pensar que chegou a falar em famílias de acolhimento como alternativa à Casa do Dragão. Isso por si só é um indicador. Pessoas com impacto são Portistas com algum mediatismo, seja na televisão, seja nas redes sociais. O Tiago Silva, por exemplo, seria uma pessoa que se pegasse no assunto este teria um pouco mais de visibilidade.
@Tiago SilvaEm relação às tuas questões, e passando à frente o ser ou não especialista, começo pelo porquê de achar que o Presidente está errado nesta opção. Para o demonstrar, antes de tudo é preciso perceber o que se pretende da obra. Sendo nós um clube desportivo, eu diria que o principal objectivo de uma obra desta magnitude será melhorar o desempenho das nossas equipas (nas mais diversas modalidades e escalões), proporcionando-lhes sobretudo melhorias em dois âmbitos: desportivo e logístico.
O Desportivo faz-se aumentando a qualidade do treino e de todos os serviços associados diretamente à performance do atleta (departamento médico, nutrição, psicologia, etc.). O Logístico faz-se aumentando o conforto dos atletas naquilo que são as suas rotinas diárias.
Olhando à realidade actual do clube, temos as equipas A e B a treinar no Olival e a Equipa A feminina a treinar entre Olival e Pedroso. O CAR iria permitir ter as 3 no mesmo espaço com melhores condições, juntando-se a estas equipas os Sub-19 masculinos.
Na Formação, onde temos 18 equipas de competição masculinas e 2 femininas, temos as nossas equipas a treinar em 4 espaços distintos: Olival (Sub-19 e Sub-13 a Sub-7), Constituição (Sub-14 a Sub-16), Pedroso (Sub-17) e Estádio Universitário (Sub-17 e Sub-19 femininos), dispersos por 5 horários distintos (09h00, 11h00, 16h00, 18h00 e 19h30). Para além destes espaços, é determinante para compreender toda a logística saber que a partir dos Sub-14 todos os atletas estão inseridos no nosso contexto de ensino, ficando divididos entre a Escola Maria Lamas e o Colégio Júlio Dinis. A esta realidade é ainda preciso acrescentar a Casa do Dragão, afastada de qualquer um destes pontos acima referidos.
Retirando os Sub-19 a esta contabilidade, que iriam para o CAR, todas as restantes equipas iriam para o Olival, num total de 19 equipas. Isto sem contar com o crescimento do futebol feminino, cujos escalões dos Sub-16 para baixo estão, à data, sob responsabilidade da Dragon Force, mas cujo objectivo é que a pouco e pouco passem para a esfera do Departamento de Formação.
Antes de olharmos para o Olival, referir que tanto o Olival como o CAR (no terreno em que está projectado), não têm possibilidade de expansão. Ou seja, o que se decidir fazer agora, será o que teremos para toda a nossa realidade nos próximos 25/30 anos.
Em relação ao Olival, o que teremos aí no futuro será o que temos agora: 4 campos para treino e um Mini-Estádio. Desses 4 campos de treino, apenas um pode receber jogos oficiais. Basicamente ficaríamos com 4 campos para treino e 2 campos para jogo para 19 equipas, sendo um desses campos de jogo de relva natural, ou seja, limitado na sua utilização. Ou seja, os problemas de espaço que temos hoje tanto para treino como para jogo iríamos continuar a ter. Não na mesma escala, mas iriam continuar a acontecer ao ponto de continuarmos a precisar de treinar e jogar em outros espaços. Para além disso, faltam valências várias ao Olival que tornam impossível dar resposta a tão grande número de equipas/atletas. A principal é o alojamento, que impacta sobretudo na gestão logística dos atletas e a nossa abrangência em termos de recrutamento. Mas há mais, como o facto da maioria dos espaços (ginásio, gabinetes, posto médico, etc.) estarem subdimensionados, já que foram construídos para servir uma realidade muito mais pequena de atletas, e não os mais de 400 que iriam passar a utilizar o Olival diariamente.
Falando agora na questão logística. Na opção CAR+Olival, para que o Olival possa ser utilizado por um maior número de equipas, os treinos têm de estar espaçados durante o dia. Isso cria um problema logístico terrível, sobretudo quando temos o contexto de alojamento e de escola muito afastado do local de treino. Dando um exemplo concreto, se formos buscar dois atletas de Barcelos, um com treino às 09h00 e outro com treino às 16h00, o primeiro terá de estar no Olival às 08h30 no máximo, enquanto o segundo terá de estar no Colégio às 08h20, uma vez que apenas terá treino à tarde. Quem conhece o trânsito no Porto sabe perfeitamente que, para que o primeiro possa estar às 08h30 no Olival, o segundo tem de ficar no Colégio uma hora antes. Ou seja, acordou às 5 e pouco da manhã, apanhou o transporte às 6h para estar no Colégio às 7h30, para ter aulas às 08h20. Depois, o regresso respeita a mesma dinâmica. Vai terminar o treino às 17h30, apanhar o transporte às 18h00, ir ter ao Colégio para ir buscar o que teve treino de manhã, e vai chegar a casa a passar das 20h00. Isto todos os dias. Depois os nossos adeptos admiram-se que tenhamos nas Fases Finais atletas cheios de cãibras e a claudicar em momentos decisivos. Isto é o que acontece atualmente com os nossos atletas e não seria muito diferente mesmo tendo o Olival apenas para a Formação. Toda esta logística é extremamente prejudicial para o rendimento desportivo, desempenho académico e até mesmo desenvolvimento físico de qualquer atleta, para não mencionar o seu bem-estar físico e mental. Mas a dispersão de horários não impacta apenas no transporte, impacta também na questão escolar. Basta pensar no transtorno que é o simples facto de se subir um atleta de escalão. Se o seu horário escolar estiver ajustado para treinar às 16h00 e se de repente tiver de treinar às 11h00, toda a sua rotina diária fica alterada de um dia para o outro.
Este levantamento serve para percebermos algo que é determinante para termos um espaço que seja o mais funcional possível: o número de campos. É o número de campos que vai determinar toda a qualidade do processo, porque permite uma menor dispersão dos horários de treino e, por isso, uma melhoria muito significativa tanto a nível desportivo como logístico. Por isso é que defendo que o cenário ideal para o clube é que o CAR seja construído num local que permita a expansão progressiva do número de campos e de valências, incluindo alojamento. A médio prazo, teremos a cidade desportiva de que precisamos, indispensável a um clube da dimensão do nosso e que pretende ser uma referência na Formação. Esta opção traz inúmeras vantagens:
- Melhor articulação de transporte, seja do serviço contratado pelo clube, seja entre as próprias famílias, permitindo mais tempo de descanso, estudo e lazer aos atletas.
- Articulação com a parte académica facilitada, independentemente do ano frequentado ou do escalão em que esteja.
- Facilidade na mudança de escalão de um atleta a meio da época, permanente ou temporária, sem que isso crie um enorme problema logístico e escolar.
- Mais tempo para os atletas fazerem o pré e pós treino, pois o campo estará sempre livre.
- Possibilidade de montar o treino com antecedência, não perdendo tempo efetivo de treino.
- Mais espaço fora do horário normal de treino para trabalho individualizado ou específico (p.e., para algo como o PJE, que tínhamos no passado).
- Garantia de que os escalões mais velhos não têm de partilhar o campo entre si.
- Espaço para jogos-treino a qualquer altura (semana ou fim-de-semana), sem prejudicar o horário ou espaço de treino ou jogo de outras equipas.
- Garantia que todas as equipas teriam espaço para o seu jogo ao fim-de-semana.
- Proximidade entre equipa profissional e Formação, fomentando a criação de sinergias.
- Possibilidade de todas as equipas de U14/U15 para cima treinarem em relvado natural, sem prejuízo de prepararem alguns jogos em relvado sintético quando necessário.
- Atractividade para o recrutamento de atletas, sobretudo os mais jovens. A falta de infraestruturas é a principal razão da perda de talento para os nossos rivais (e muito mais haveria a falar sobre isto...).
- Fonte de receita extraordinária através do aluguer do espaço a equipas/escolas de futebol estrangeiras em qualquer altura, mesmo que tenhamos as nossas equipas a treinar em simultâneo.
Como tem sido referido por aqui, e não só por mim, a discussão actual já não tem de ser sobre CAR ou Maia. Esse assunto está enterrado. A discussão actual tem de ser: fazer algo para tapar um buraco, aquém do necessário, sem capacidade de crescimento (CAR+Olival) e que hipoteca uma Cidade Desportiva para os próximos 30 anos, ou fazer algo mais demorado, que possa até começar por priorizar a equipa A mas que seja feito num local que depois permita ir acrescentando mais valências para que daqui a 10/15/20 anos tenhamos, de facto, uma Cidade Desportiva digna da grandeza do nosso clube. A resposta, no meu entender, é óbvia.
Quanto às outras questões, e porque já me estiquei um pouco na resposta à primeira, vou tentar ser conciso. A informação existe junto de quem vive a nossa realidade de forma mais próxima, seja de forma directa ou indirecta. AVB não vinha assim tão preparado para o que ia encontrar na Formação. Basta pensar que chegou a falar em famílias de acolhimento como alternativa à Casa do Dragão. Isso por si só é um indicador. Pessoas com impacto são Portistas com algum mediatismo, seja na televisão, seja nas redes sociais. O Tiago Silva, por exemplo, seria uma pessoa que se pegasse no assunto este teria um pouco mais de visibilidade.